Descarga poluente clandestina
tinge o rio Cáster de preto
Uma descarga poluente tingiu, ontem, de preto as águas do rio Cáster, em Ovar, ao mesmo tempo que no ar pairava o cheiro pestilento. O vereador da Câmara responsável pelo Ambiente, José Américo, já não sabe mais o que fazer e por isso defende coimas mais pesadas aos infractores que, segundo ele, deviam também ser obrigados a prestar serviços à comunidade, sempre que sejam identificados.
Ontem à tarde, mais uma vez, as águas do Cáster, junto à Avenida Sá Carneiro, ficaram negras, transportando dejectos que eram ainda visíveis no centro da cidade, a cerca de trezentos metros de distância. José Américo disse ao «Comércio» que tudo se deve à "falta de educação cívica de alguns" munícipes, que a coberto da noite, e aproveitando algumas gotas de chuva que caiam, aproveitam para despejar as fossas. "Temos apostado na educação ambiental, temos fiscalizado, temos feito de tudo mas admito que não conseguimos mudar as mentalidades mesquinhas de alguns que não têm qualquer noção do mal que fazem, quer para si, quer para os outros", explica. Segundo o responsável ambiental do concelho, a autarquia e a Equipa de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR têm aplicado coimas "muito duras, mas não adianta". Por isso, defende "coimas ainda mais pesadas, e ao mesmo tempo obrigar os infractores a prestar serviços à comunidade, nomeadamente limpando rios e florestas".
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