Esmoriz
Mostra fotográfica de
cem anos de Barrinha
Abriu ontem em Esmoriz, Ovar, a exposição "Recordação ou a realidade", que tem como fundo a Barrinha. Os sons do mar, as fotos, as dunas e até um lago semelhante à bacia lagunar, são oferecidos aos visitantes que podem encetar uma viagem fotográfica que tem como ponto de partida o longínquo ano de 1904.
Com mais de oitenta fotografias desde 1904 até aos nossos dias, a exposição pretende continuar a chamar a atenção para os problemas ambientais da Barrinha de Esmoriz, Ovar, outrora um paraíso procurado por gente dos quatro cantos do país. "A ideia é mostrar, em particular aos mais novos, como era este paraíso destruído pela incúria e ganância do homem", explica Arménio Moreira do Movimento Cívico Pró-Barrinha (MCPB).
O grande objectivo desta exposição, segundo o ambientalista, é mostrar que apesar das agressões de que tem sido alvo, ao longo dos anos, a Barrinha continua a assumir-se como habitat importante para as aves migratórias que e também algumas outras espécies que ali permanecem.
Com o agradável ruído dos pássaros e das ondas do mar como música de fundo, esta exposição que está patente na zona pedonal (perto do monumento dos pescadores) até ao fim da época balnear, apresenta, também, alguma da fauna e flora da maior bacia lagunar do norte do país. Nela é apresentada também uma cronologia dos acontecimentos da Barrinha desde os anos sessenta.
Parte significativa das fotos é de José Sá Ferreira, que nas décadas de 60 e 70 foi um dos maiores activistas locais e que escreveu páginas e páginas sobre os perigos que já nessa altura a barrinha enfrentava. Outras das fotos são de um estúdio local, da Biblioteca Municipal de Ovar e também de muitos particulares.
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