Credores abriram caminho à falência da Universal Motors
A Assembleia de Credores da Universal Motors aprovou, ao fim da tarde de ontem, por maioria (64 por cento dos presentes) um relatório da administradora judicial que concluiu pela impossibilidade de viabilizar a empresa onde nos anos 60 funcionou a subsidária portuguesa da multinacional americana ITT/Rabor.
Face a esta tomada de posição, o Tribunal de Ovar vai declarar a falência da empresa de motores eléctricos, já que o prazo legal de seis meses para a aprovação de quaisquer medidas de viabilização esgotou-se à meia-noite de ontem.
A Universal Motors sucedeu em 1999 à Efacec, que é agora a principal credora de um passivo acumulado de 7 milhões de euros e proprietária das instalações fabris.
A empresa tem 95 trabalhadores a quem deve dois subsídios do ano passado. Faltam ainda parte dos ordenados de Janeiro e Fevereiro.
Segundo a gestora judicial, Maria Manuela, existe uma proposta para, eventualmente, manter uma parte da produção de motores e alguns dos trabalhadores. "A decisão será tomada pelo liquidatário judicial", ressalvou.
António Vinha, representante dos trabalhadores, viu gorado o seu pedido ao tribunal para a viabilização da empresa. "Há produtos que se fabricam aqui e não existe em mais nenhum lado da Europa. Isso manteve a laboração e facturar para ter salários quase em dia", lembrou.
A Universal Motores SA é detida maioritariamente por uma holding 'offshore' desconhecendo-se qem são exactamente os actuais accionistas.(«NA»)
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