Não é que defendamos a institucionalização das quotas de representação feminina.
Na verdade, não têm de existir, mas sem essa tal discriminação positiva, haverá sempre um maior número de homens nas estruturas partidárias. Nos parlamentos da norte da Europa, por exemplo, onde existem quotas, há mais mulheres; ao contrário, na Grã-Bretanha, que não tem quotas, a política continua a ser um mundo de homens, tirando essa excepção chamada Margaret Thatcher, nos idos de 80.
Será um exercício interessante verificar quantas mulheres estarão em locais elegíveis aos órgãos autárquicos no nosso concelho, quando as listas forem total e amplamente divulgadas. Para já, parece que, pelo menos à presidência da Câmara Municipal não há nenhuma. Para já...
Nas juntas, o caso muda de figura, e não foram necessárias quotas. Em Ovar, Esmeralda Souto (PS) pretende suceder a si própria, em Válega, PP (Arlete Pereira), e em Arada, a CDU (Ana Silva), também apresentam mulheres para a liderança da Junta. Mas quem apresenta mais apostas no feminino é o PSD: Maria Luisa Ramos (Esmoriz), Antónia Costa e Silva (S. Vicente de Pereira) e Isabel Pinho (Válega), são cabeças de lista. Mesmo assim, cenas como a que a foto publicada documenta - tirada num parlamento asiático... - são difíceis de acontecer por cá. É que, além do mais, somos muito mais pacíficos...
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