O Município de Ovar efetua permanentemente na monitorização das zonas costeiras do concelho, sinalizando todas as ocorrências ao Núcleo de Monitorização Costeira de Risco, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no âmbito do Programa Global de Monitorização Sistemática da Zona Costeira de Portugal Continental. Com este reporte, a autarquia pretende contribuir para o desenvolvimento de respostas eficientes e preventivas para o combate da erosão costeira.
Só em 2024, a Câmara Municipal de Ovar já reportou 25 ocorrências. Em 2023, o número de registos foi de 73. No Furadouro foram referidos, no ano passado, 35 eventos, seguindo-se Cortegaça com 27, nove em Esmoriz e dois em Maceda. Desde que a plataforma arrancou, em 2018, o Município de Ovar já deu conta de mais de 285 ocorrências, o que representa 17% de todas as ocorrências submetidas em Portugal Continental.
“A Câmara está muito atenta aos problemas na orla costeira”, refere Domingos Silva, presidente da Câmara Municipal de Ovar, sublinhando que, para a autarquia, “o Programa Global de Monitorização Sistemática da Zona Costeira de Portugal Continental é crucial, pois fornece elementos técnico-científicos relevantes”, e é com base nesses dados que “se podem construir respostas para os problemas da nossa costa”.
O Programa de Monitorização da Faixa Costeira de Portugal Continental alicerça-se numa ação integrada de diferentes intervenientes, tais como Administrações de Região Hidrográfica (ARH), Autarquias e respetivos Serviços Municipais de Proteção Civil e Autoridade Marítima Nacional, que corporizam um trabalho de proximidade e estão responsáveis pela recolha e gestão de dados de observações de campo. Depois, cabe ao Núcleo de Monitorização Costeira de Risco a coordenação, desenvolvimento e operacionalização da recolha e partilha de dados de monitorização.
Recorde-se que o concelho de Ovar detém aproximadamente 17 mil metros de costa, com graves problemas de erosão costeira na sua maioria.
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