Boas notícias para dorminhocos e não só
Torpor ao despertar afecta mais
o cérebro que a falta de sono
Os psicólogos constataram que os indivíduos testados logo depois de despertarem de um sono normal de oito horas ou de um período mais curto de sono profundo tinham desempenhos piores do que os que não dormiam há 24 horas.
"Durante um curto período, os efeitos desse entorpecimento ao despertar são por vezes tão severos ou mesmo piores do que nas pessoas intoxicadas pelo álcool", afirmou Kenneth Wright, cujos trabalhos surgem hoje publicados no Journal of the American Medical Association (JAMA).
Os indivíduos estudados mostraram-se mais inaptos a efectuar cálculos mentais simples ou outros testes elementares durante os três primeiros minutos seguintes ao despertar.
Os efeitos desse entorpecimento, conhecido como inércia do sono, dissipam-se em geral em dez minutos, mas continuam a sentir-se durante um período de duas horas, segundo este investigador.
Wright cita um estudo de Thomas Balkin, do Walter Reed Army Research Institute, que mostra que a região frontal do córtex cerebral, sede do raciocínio e das emoções, é mais lenta a arrancar depois de um período de sono do que as outras partes do cérebro.
As conclusões destes trabalhos têm implicações em várias profissões sensíveis, como os trabalhadores de saúde, transportes ou segurança, que muitas vezes acordam bruscamente para prestar serviços de que dependem vidas humanas, sublinhou Kenneth Wright.
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