quarta-feira, maio 04, 2005

Base Aérea de Maceda:
Um diamante por lapidar


A Base Aérea de Maceda, também identificada na terminologia militar como Aeródromo de Manobras nº 1, é, na minha opinião, uma das maiores potencialidades a explorar no Concelho de Ovar. Contudo, sabe-se que esta instalação militar ocupa uma vasta área do nosso território e constitui uma das principais condicionantes ao desenvolvimento do Concelho de Ovar.
Então, porque será que nunca foi pensada uma alternativa de uma forma séria e credível, em que os interesses do município e da região possam ser compatibilizados com o uso militar?
Confesso que não encontro resposta para esta pergunta, mas é também certo que já foram efectuadas algumas tentativas, embora ténues, de abertura da base à comunidade.
Mas, o que de facto me despertou para esta questão com maior profundidade foi, sem dúvida, a utilização deste aeródromo como alternativa ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, durante o Campeonato Europeu de Futebol EURO 2004.
Para isso, foi mesmo necessária a instalação de um sistema de aterragem por instrumentos, o designado “Instrument Landing System” (ILS), que implicou um investimento de dois milhões de euros repartidos entre Maceda e o Montijo, e que visa permitir que aquelas infra-estruturas possam ser usadas, com segurança, por aeronaves civis. Em termos técnicos, este sistema é uma ajuda, via rádio, totalmente automática e sem interferência humana em terra, que é instalada na pista para permitir aterragens de precisão.
Este pode ter sido um primeiro passo para a abertura da base ao tráfego civil.
Consultei diversos especialistas nesta matéria e, salvo melhor opinião, julgo que o Concelho de Ovar, assim como a região, poderiam ter muito a lucrar com o aproveitamento da Base Aérea de Maceda para fins múltiplos: militares, comerciais e civis.(Artigo de opinião de Álvaro Santos, publicado no «Público», de 02.05.2005. Ler mais.)

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