Aniversário dos Bombeiros de Esmoriz
marcado por fortes críticas à Câmara
Os bombeiros de Esmoriz e Ovar "arrasaram", ontem, a Câmara local por causa do incumprimento dos protocolos financeiros alegadamente com dois anos de atrasos. "Não se pode gerir uma casa com dois anos de atrasos nos pagamentos", afirmou Carlos Pereira, presidente dos Bombeiros de Esmoriz que ontem comemoram 74 anos, enquanto o seu congénere dos bombeiros de Ovar pediu "respeito por estes homens (bombeiros) ". As "hostilidades" foram abertas pelo anfitrião Carlos Pereira, que vincou que "tudo tem um limite e há regras elementares que os bombeiros não prescindem". Em dia de aniversário o presidente da Direcção do Bombeiros de Esmoriz insistiu que se torna "imprescindível" que a Câmara e as Juntas de Maceda, Cortegaça e Esmoriz, cumpram com os protocolos assinados com a corporação, alertando que "se não existirem meios financeiros é quase impossível responder eficazmente" às solicitações. "Apelo veemente aos responsáveis autárquicos para fazerem os pagamentos de forma atempada", rematou. Carlos Pereira aproveitou para falar da piscina coberta para mais uma vez pedir responsabilidades à autarquia: "Começo a ficar farto de andar de mão estendida como um pedinte". As palavras de Carlos Pereira foram secundadas pelos presidente dos Bombeiros de Ovar, Dinocrato Formigal, que lembrou aos autarcas o quanto custam aos cofres das Câmaras uma corporação de bombeiros municipais, aconselhando a preservar e incentivar o voluntariado. "Já não basta ser voluntário, porque só falta qualquer dia ir socorrer com os carros próprios", ironizou, acrescentando que "é preciso apoio, mas não é moral, é assumir os compromissos". Pediu por isso "aos políticos para porem os olhos para a força dos bombeiros; Haja respeito".(«Comércio»)
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