BE exige medidas para travar desemprego
Num requerimento ao ministro do Trabalho, Vieira de Silva, Mariana Aiveca, deputada do BE, refere que a situação nas empresas Universal Motors, e SCBO, sitas em Ovar, "não pode ser atribuída, de forma simples, a razões de mercado".
No caso da Universal Motors, a Administração da empresa tem responsabilidades, mas também o grupo em que esta se insere a EFACEC, acusa.
Recorde-se que as suas acções registaram o quarto melhor desempenho da Euronext Lisbon ao valorizarem 79% no espaço de 12 meses. A imprensa relata ainda que, em 2004, o "resultado líquido do exercício atingiu os 10,1 milhões de euros - também o novo máximo -, permitindo pôr um fim aos resultados transitados negativos. No entanto, o lucro podia ter sido ainda maior caso a empresa não efectuasse uma provisão de 2,1 milhões de euros para fazer face à dívida da Universal Motors".
A verificação da estrutura accionista da EFACEC esclarece que este forte grupo tem como accionistas principais os grupos Grupo Mello e TMG, cada um com 25,40 por cento.
Assim, "há deveres de corresponsabilidade pela situação da Universal Motors", opina Mariana Aiveca, que aponta o receio de que os terrenos da empresa "sejam alvo da gula especulativa" e "se transforme num centro comercial cujo interesse é manifestado pela Sonae".
A situação da SCBO / Philips Portuguesa e da Yasaki também merece as "maiores preocupações" do Bloco de Esquerda, que lembra terem aumentado os casos de recurso ao Banco Alimentar contra a Fome já aumentou por parte dos desempregados.
"Acabar progressivamente com a pobreza associada ao trabalho, reduzir as desigualdades sociais no mundo do trabalho e promover a cidadania laboral são os três objectivos essenciais do Governo neste domínio de intervenção política", diz o programa do novo Governo, citado pelo Bloco de Esquerda.
"Mas a verdade é que continua a faltar concretização. Não bastam proclamações para sossegar espíritos quando a fome e o desemprego alastram", comenta.
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