Câmara Municipal processada por causa
de paióis do aeródromo de Maceda
A Câmara Municipal de Ovar está a ser processada por diversas empresas, por, alegadamente, não ter cumprido o que prometeu.
O presidente da Câmara Municipal de Ovar compreende que assim seja, por causa das dificuldades que determinadas empresas localizadas na Zona Industrial estão a encontrar para licenciar ou expandir as suas actividades e criar mais riqueza e empregos. Quando se pensava que a situação estaria resolvida, dá-se o regresso de um velho problema, numa altura em que os problemas sociais agravam-se no concelho e cada novo posto de trabalho criado vale ouro.
Neste impasse há vários anos, encontram-se os lotes da primeira fase da Zona Industrial de Ovar, porque segundo uma informação do Ministério da Defesa Nacional, «estes colidem com as zonas de protecção dos paióis do Aeródromo de Manobras n.º de Ovar, em Maceda».
Em causa está a distância de segurança entre os paióis e a zona edificada, mas Manuel de Oliveira pretende reabrir o dossier que o anterior presidente, Armando França, julgava ter solucionado quando assinou com a Tutela um acordo de deslocalização dos referidos paióis, que se encontram, aliás, na sua maioria, desactivados. «A Câmara Municipal de Ovar assinou um protocolo com a Força Aérea para desactivar essas estruturas e libertar aquela região da zona industrial, mas nada foi feito para cumprir o protocolado», lamenta Manuel Oliveira.
O autarca confirma a existência de diversos processos judiciais movidos por empresas contra a Câmara Municipal de Ovar, já que as expectativas que tinham – e a Edilidade também, acabaram goradas. «Esta é uma situação que se está a tornar insustentável para a Câmara que vai por todos os meios reabrir e renegociar todo o processo», assegurou o presidente que não faz ideia o que contêm os paióis neste momento.
«A câmara tem condições para estar a assumir compromissos financeiros com as empresas alegadamente prejudicadas com esta situação», adverte o autarca. Os pedidos de indemnização podem assumir quantias de vários milhares de euros, o que não viria nada a calhar para o cofres da autarquia, que não foge à regra das dificuldades económicas.(«DA»)
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