segunda-feira, abril 29, 2024
Vai ser preciso esperar por fundos comunitários para se avançar com uma reabilitação de 5,6 milhões de euros na Escola Secundária de Esmoriz, onde a comunidade educativa reclama obras profundas há mais de 20 anos.
A escola esmorizense foi inaugurada há 39 anos e, embora acolhendo mais de 600 alunos do 8.º ao 12.º ano de escolaridade, nunca foi sujeito a obras profundas de manutenção e beneficiação ao longo de quatro décadas, tendo a respetiva associação de pais alertado sucessivamente para várias deficiências no edifício, inclusive falhas de segurança detetadas em simulacros de incêndio.
A tutela do imóvel passou para a Câmara de Ovar em abril de 2022 e agora a autarquia anuncia que já aprovou o projeto de requalificação da escola, estando a sua execução condicionada “à obtenção de parecer favorável por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil” – que ainda em 2018 identificou dificuldades no acesso dos carros de bombeiros ao recinto e no funcionamento das mangueiras de água devido à corrosão das canalizações.
“A empreitada tem uma estimativa orçamental de 5.634.453,59 euros e aguarda-se a aprovação da candidatura a financiamento comunitário”, diss a câmara à Lusa. “Só após esse passo, poderá ser lançada a obra a concurso (…) e, por essa razão, não é possível neste momento apontar uma data de início da obra”, acrescenta.
Sobre as mudanças a introduzir na escola, a câmara refere cinco grandes objetivos, começando pela melhoria das condições térmicas, que “não eram uma prioridade” por altura da construção do edifício, na década de 80.
“Está prevista a substituição de toda a caixilharia exterior dos edifícios, incluindo a remoção dos gradeamentos externos, a impermeabilização das coberturas e respetivo isolamento, assim como a aplicação de isolamento pelo exterior, através do sistema de capoto”, adianta a autarquia.
Outra componente da obra diz respeito a acessibilidades, nomeadamente por veículos de emergência. O projeto prevê, por isso, “uma nova estrutura de rampas exteriores que se estende da portaria principal ao pavilhão gimnodesportivo, permitindo também o acesso à área de refeitório e bar”, pelo que todos os blocos e setores terão “acessibilidade ao piso térreo”.
Um terceiro foco da empreitada é a criação de um anfiteatro com capacidade para 63 pessoas e uma área de exposições, “sendo que a biblioteca existente será também reformulada”.
As duas outras apostas da obra são a requalificação de todas as instalações sanitárias, mediante a substituição de louças e a adaptação desses equipamentos aa utilizadores com mobilidade reduzida, e ainda a reorganização dos espaços escolares, o que, além de novas disposições para refeitório, cozinha, bar, laboratórios e pavilhão, também contemplará novo mobiliário e o arranjo das zonas exteriores.
https://www.ovarnews.pt/?p=80204
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