Goste-se ou não do perfil, António Guterres toda a vida primou pela seriedade e pela inteligência. Nunca se lhe conheceu qualquer mácula, em termos de honestidade, e é sabido que é um Católico praticante, com elevados padrões morais e éticos. O humanismo cristão sempre foi a sua pedra de toque.
António Guterres foi veemente e convicto na condenação da barbárie do ataque de 7 de outubro do Hamas.
Do mesmo modo, António Guterres, fiel aos seus princípios, ao espírito fundador da ONU, ao Direito Internacional, exige de Israel o cumprimento do Direito Internacional humanitário e proporcionalidade na resposta.
Lembrou, e bem, que há um contexto histórico para a situação actual e recordou as décadas de desespero do Povo Palestino.
Tudo o que disse foi justo, equilibrado e, acima de tudo, irrefutável.
A reacção de Israel é todo um tratado sobre o que Israel é actualmente. Um Estado que viola reiteradamente as Resoluções da ONU, mas exige ter o Secretário Geral ao serviço da sua narrativa. Um Estado que exige que o mundo aceite sem perguntas as suas acções de vingança sanguinária e desproporcionada. Um Estado que se vê como inquestionável, às custas da horrível tragédia sofrida pelo seu Povo.
Que nunca falte a coragem, a verticalidade e a voz a Guterres.
Raul Almeida,
eleito na Assembleia Municipal (AM) do Porto, antigo deputado da AM de Ovar
https://www.ovarnews.pt/?p=75270
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