segunda-feira, setembro 12, 2022

O Tapete de Flores é um pouco do Furadouro oferecido a quem visita as Festas do Mar
Os tapetes floridos ou coloridos na Avenida da República, no Furadouro, são fruto do trabalho executado pelos moradores e não só, durante a noite de sábado para domingo. Este é um dos principais motivos de atracção das Festas do Mar cujo programa se conclui esta segunda-feira.

Mas este domingo foi dia da iniciativa promovida pelos Amigos do Tapete das Festas do Mar que não defraudaram as expectativas. Liderados por João Rocha, que já organiza o tapete desde 1993, pela manhã o tapete estava praticamente concluído. "Interrompemos uma ou duas vezes, como foi no caso da Pandemia, mas voltamos porque quem mora aqui é humilde e pobre mas gosta de respeitar e receber os veraneantes de braços abertos".

O proprietário da Casa Rocha explica que "este trabalho é dedicado a quem nos visita para que possa sentir que é bem recebido e que encontra um pouco da nossa cultura. O Furadouro é uma terra pobre mas tem um bocadinho do que é seu para oferecer a quem cá vem", salienta.

João Rocha organizou a aquisição dos materiais para que "quem chega para realizar o trabalho tenha tudo o que é preciso". E nisto, refere-se ao "serrim, flores e corantes para colorir o serrim". Este ano, atenta, "o tapete ficou muito mais caro do que é habitual". O serrim que custava cerca de 80 euros, este ano levou 160 euros do orçamento. "Está tudo mais caro, claro", reconhece João Rocha, apontando outra parcela das contas deste ano: "As flores custaram 500 euros e foram menos do que o habitual".

Ao longo do tapete colorido estavam colocadas pequenas caixas que apelavam ao contributo de todos. "Se as pessoas colaborarem eu agradeço, mas se não puderem, eu cá estarei para pagar sozinho".

Este ano, o tapete homenageou "um amigo que faleceu o ano passado, o António Silva que colaborava com o nosso tapete e por quem tinha uma grande consideração. Foi uma forma de o manter connosco", diz João Rocha.

Para executar o tapete há uma equipa de cerca de 30 pessoas. "Temos gente que vem colaborar durante toda a noite, de muitos lugares e freguesias de Ovar, mas não só, também de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da da Madeira, pessoas que gostam de colaborar e ajudar e enquanto houver bairrismo é bom, apesar do Furadouro estar um pouco desprezado".

Em dia de festa, João Rocha pediu à "Senhora da Piedade que tenha compaixão de todos os que contribuem e também dos que não contribuem, porque o que precisamos neste momento é de paz, amor, alegria e saúde".

 
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