domingo, outubro 22, 2006

E ele a dar-lhe
Cada português vai às urgências
mais de uma vez por ano


Há seis milhões de episódios urgentes nos hospitais e outros tantos atendimentos fora de hora nos centros de saúde. Quase metade das idas a estes serviços não se justificam, dizem os especialistas

É o exemplo mais paradigmático daquilo que não está bem no reino dos Serviços de Urgência (SU) em Portugal. Num raio de poucos quilómetros, na zona envolvente de Santa Maria da Feira, seis urgências hospitalares espalham-se pelo terreno, a escassos minutos de distância entre si. O intercâmbio de doentes é de tal ordem que os lençóis que protegem as macas espalhadas pelos corredores exibem, indiscriminadamente, os logótipos dos hospitais da Feira, de Ovar, de Espinho, de Oliveira de Azeméis, de São João da Madeira, de Estarreja.
Mas a caótica situação tem morte anunciada. Se a polémica proposta que uma comissão de peritos apresentou em Setembro for para a frente - outras houve, apresentadas no passado, que se ficaram pelo papel -, a partir de Janeiro as portas de quatro destes serviços de urgência vão fechar. Sobreviverá Oliveira de Azeméis, mas com um mero serviço de urgência básico (SUB), preparado para estabilizar doentes graves e dar resposta a situações a requerer menos cuidado, e o Hospital de São Sebastião, na Feira - que vai crescer para poder absorver a maior parte dos pacientes dos que encerram.

Se ainda lhes apetecer ler o resto, façam o favor do o fazer aqui.

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