Gestor judicial da Universal suspenso
Cada vez mais, a falência da Universal Motors parece iminente. O prazo para a recuperação da empresa ovarense de motores eléctricos termina no próximo dia 28 e tudo indica que, até lá, não será possível salvar a fábrica e os cerca de 90 postos de trabalho. É que o gestor judicial, Elmano Vaz, encarregado de apresentar um relatório sobre o património da Universal e um estudo de viabilização na Assembleia Geral de Credores, marcada para amanhã, foi ontem suspenso de funções.
A anterior Administração da empresa havia feito recair sobre Elmano Vaz um incidente de suspeição, que o Tribunal de Ovar considerou improcedente. Porém, como decvidiram recorrer da decisão, foi necessário suspender o gestor. O processo terá voltado, assim, à estaca zero, a poucos dias de terminar o prazo para a recuperação. Isso porque o processo entrou em julgado no dia 28 de Dezembro e se, passados seis meses, nenhuma solução tiver sido apresentada, a falência é decretada pelo tribunal. Segundo um credor contactado pelo JN, tudo se encaminhava para que Elmano Vaz apresentasse um estudo de viabilização, apoiado por uma comissão de credores e com a participação de técnicos dos quadros da empresa. "A suspensão do gestor só conseguiu que a comissão de credores possa dar um passo atrás", disse.
Falta saber se a assembleia de amanhã se realiza, pois presume-se que não há solução a apresentar e prevêem-se, devido à greve anunciada na Função Pública, falhas de funcionamento do tribunal.(«JN»)
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