Tradição revisitada
Troupe de Reis dos Bombeiros
reaparece ao fim de 30 anos
Esta noite quando se reeditar o tradicional cantar dos Reis, o cine-teatro local vai assistir ao reaparecimento da troupe dos Bombeiros Voluntários de Ovar. Ligada aos primórdios da tradição vareira dos cânticos reiseiros, há trinta anos que a associação humanitária tinha arrumado os instrumentos, mas este ano decidiu organizar-se e voltar. «A ideia tomou forma no seio da nossa fanfarra, com o impulso do bombeiro e reiseiro Álvaro Pinho Branco», conta Dinocrato Formigal, presidente da direcção. Depois de compostos e ensaiados os temas, a troupe iniciou a peregrinação habitual pelas casas e artérias da cidade. Para lá do reacender da tradição, um dos objectivos, não esconde o responsável, «é a angariação de fundos para a compra de uma plataforma auto-escada, equipamento muito necessário».
Seria até perigoso que a troupe fosse única e exclusivamente composta por soldados da paz, «pois se acontecesse uma emergência, não sei como seria», lembra Dinocrato Formigal. Assim, emprestam vozes e dotes musicais, para lá de bombeiros e bombeiras, elementos da fanfarra e familiares do pessoal da corporação ovarense, num total de quase seis dezenas de pessoas.
A troupe foi ensaiada por Rogério Pacheco e os três temas que têm sido apresentados são da autoria de Edwiges Helena, ela própria uma histórica da tradição. Quando os bombeiros lhe bateram à porta com o projecto, muito embora tivesse mais quatro troupes a seu cargo, «não consegui dizer que não». Foi o seu avô, António Dias Simões quem iniciou a tradição do Cantar dos Reis em Ovar, «mas nesse tempo, os temas não eram originais como agora», frisa.(«DA»)
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