Cemitério de Esmoriz pode
esgotar lotação em 2006
A Junta de Freguesia de Esmoriz está "extremamente preocupada" com o actual cenário do cemitério da cidade. Alcides Alves, presidente da autarquia esmorizense, prevê que o espaço esteja totalmente lotado dentro de "ano e meio, no máximo", revelando que anda "há oito anos" a chamar a atenção da câmara local para o assunto. "É preciso acautelar o futuro, mas a câmara não se tem preocupado com esta situação", adianta. E acrescenta: "Para resolver o problema, ou o presidente da câmara faz uma lei em que proíbe morrer em Esmoriz ou então constrói um novo cemitério".
O político vai mais longe e admite que, caso o cemitério atinja a sua máxima lotação, poderá ser obrigado "a depositar os cadáveres à porta da câmara". "Em Esmoriz, morrem por mês, em média, 10 pessoas. Se assim continuar, teremos cemitério para mais um ano", sublinha, a propósito. Na opinião do autarca, a resolução do caso poderá passar pela compra de um terreno a sul, que daria para ampliar o cemitério. "A junta já se disponibilizou a colaborar nessa aquisição", revela. Alcides Alves salienta, por outro lado, que, neste caso, a responsabilidade é da edilidade, enquanto a junta se ocupa da gestão do local. "Temos a 'batata quente' na mão, só que a junta de freguesia sozinha não consegue fazer nada e esta é uma competência da câmara municipal, que tem assobiado para o lado". "Já substituímos a câmara nas suas responsabilidades em 500 mil euros por ano", concretiza.
Mesmo assim, a Junta de Esmoriz continua a investir nesta área e, nesse sentido, cedeu um terreno, em direito de superfície, a uma instituição local, mais concretamente à Comissão de Festas de Esmoriz, para a construção de uma casa mortuária, ao lado da capela da praia esmorizense. "O padre Campos doou um espaço à junta para a construção da capela mortuária", afirma o autarca, ao lembrar que a futura estrutura ficará a cerca de três quilómetros da igreja da cidade. («Público»)
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