«NÃO DÁ NADA»
«Não dá nada» é a expressão mais ouvida e dita pelos pescadores em tempo, que em outros tempos, era tempo de abundância, de compensação monetária, de estômagos cheios e de olhares sorridentes.
Hoje o mar, como dizem preocupados e a olhar a incerteza, “nada tem”, e o que tem, quando levado ao mercado, não compensa os custos suportados com o elementar da actividade e que logo surgem com uma qualquer ida ao mar.
A preocupação instalou-se e a incerteza no futuro é já uma triste realidade. No areal, imponentes, estão aparelhados os vários barcos existentes na zona.
Para quando o seu uso e a sua actividade é considerada pelos pescadores de oportuna? Cada um sabe de si e o olhar à volta tem acontecido. «Os de Espinho e os de Ovar, nada apanham», diz um proprietário de um dos barcos.
Serve a expressão, dita com frequência, como uma ténue justificação do não aventurar a entrada no mar e do evitar custos, que estão implícitos com o exercício da actividade.
Mas, uma outra verdade é inquestionável. Se o pescador quer peixe tem de o procurar no mar. Na terra, e à espera do peixe, estão as batatas e as couves. E não é de acreditar que o peixe tenha deixado de estar no mar.
in «A Voz de Esmoriz» com foto do «Olhar Ovarense»
2 comentários:
Obrigado pela referência que fez ao meu Fotoblogue. Tenho visto fotos minhas espalhadas por blogues vareiros (enão só), sem que os seus autores tenham a delicadeza de, pelo menos, colocar o respectivo "link". Já nem falo dos créditos! (Mas a assinatura está lá).
Abraço,
FMOP
Obrigado pela referência que fez ao meu Fotoblogue. Tenho visto fotos minhas espalhadas por blogues vareiros (e não só), sem que os seus autores tenham a delicadeza de, pelo menos, colocar o respectivo "link". Já nem falo dos créditos! (Mas a assinatura está lá).
Abraço,
FMOP
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