quarta-feira, junho 20, 2007

«NÃO DÁ NADA»

«Não dá nada» é a expressão mais ouvida e dita pelos pescadores em tempo, que em outros tempos, era tempo de abundância, de compensação monetária, de estômagos cheios e de olhares sorridentes.

Hoje o mar, como dizem preocupados e a olhar a incerteza, “nada tem”, e o que tem, quando levado ao mercado, não compensa os custos suportados com o elementar da actividade e que logo surgem com uma qualquer ida ao mar.
A preocupação instalou-se e a incerteza no futuro é já uma triste realidade. No areal, imponentes, estão aparelhados os vários barcos existentes na zona.
Para quando o seu uso e a sua actividade é considerada pelos pescadores de oportuna? Cada um sabe de si e o olhar à volta tem acontecido. «Os de Espinho e os de Ovar, nada apanham», diz um proprietário de um dos barcos.
Serve a expressão, dita com frequência, como uma ténue justificação do não aventurar a entrada no mar e do evitar custos, que estão implícitos com o exercício da actividade.
Mas, uma outra verdade é inquestionável. Se o pescador quer peixe tem de o procurar no mar. Na terra, e à espera do peixe, estão as batatas e as couves. E não é de acreditar que o peixe tenha deixado de estar no mar.

in «A Voz de Esmoriz» com foto do «Olhar Ovarense»

2 comentários:

Susana Pinto disse...

Obrigado pela referência que fez ao meu Fotoblogue. Tenho visto fotos minhas espalhadas por blogues vareiros (enão só), sem que os seus autores tenham a delicadeza de, pelo menos, colocar o respectivo "link". Já nem falo dos créditos! (Mas a assinatura está lá).

Abraço,
FMOP

Fernando Pinto disse...

Obrigado pela referência que fez ao meu Fotoblogue. Tenho visto fotos minhas espalhadas por blogues vareiros (e não só), sem que os seus autores tenham a delicadeza de, pelo menos, colocar o respectivo "link". Já nem falo dos créditos! (Mas a assinatura está lá).

Abraço,
FMOP