Feiras do Livro - A de Ovar começa no dia 29
Aumento de 20 por cento nas vendas
prova que modelo actual é válido
O aumento médio de 20 por cento nas vendas das Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, que encerraram domingo, "prova que o modelo actual continua a ser válido", disse hoje à Agência Lusa fonte da organização.
"O balanço é francamente positivo", avaliou António Baptista Lopes, presidente da direcção Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) - organizadora em parceria com a União de Editores Portugueses (UEP) - sobre os resultados da 77ª edição dos certames de Lisboa e Porto, que estiveram abertos ao público desde 24 de Maio.
Nos últimos dois anos, os editores e livreiros presentes nos certames queixaram-se de quebra de vendas e fraca afluência de público, e alguns chegaram a criticar o modelo de realização da feira, considerando-o desactualizado e esgotado.
Apesar do número de expositores ter sofrido um corte de vinte em cada cidade - 189 em Lisboa e 101 no Porto - relativamente a 2006, "verificou-se um aumento muito significativo nas vendas e no número de visitantes", disse Baptista Lopes.
"O balanço positivo prova que o modelo actual - centrado no livro, nos autores e nos leitores - continua a ser o melhor para celebrar e promover a leitura", sustentou, salientando ainda o "trabalho de organização e de excelente colaboração dos editores".
No caso da Feira do Livro de Lisboa, "o regresso do certame à zona sul do Parque Eduardo VII, junto à Praça Marques de Pombal, com bons acessos de transportes e melhor visibilidade pública, e o facto de não terem decorrido outros grandes eventos culturais ou desportivos em paralelo", explicam, no entender do responsável, os bons resultados.
No Porto, onde o volume de vendas também cresceu vinte por cento, um total de 300 mil pessoas visitaram o Pavilhão Rosa Mota, onde o certame decorreu pela última vez devido às obras de manutenção que a Câmara Municipal vai levar a cabo em breve.
A organização considera ainda que no caso do Porto, uma das razões que podem estar na origem do êxito do certame, este ano, foi a adaptação do regulamento à lei do preço fixo, que permitiu que os editores pudessem vender livros com mais de 18 meses a qualquer preço, além da introdução, pela primeira vez, de livros estrangeiros.
"Ainda não sabemos onde se irá realizar a Feira do Livro do Porto em 2008, mas deverá ser também num recinto fechado, para que os visitantes fiquem protegidos em caso de chuva", indicou o presidente da APEL.
Outro grande atractivo das feiras do livro foi a presença de muitos escritores: "Eram frequentes as longas filas para pedir autógrafos, sobretudo nos fins de semana e feriados", comentou Batista Lopes sobre os inúmeros autores presentes nos certames, nomeadamente José Saramago, Lídia Jorge, António Lobo Antunes, José Luís Peixoto, Batista Bastos e Margarida Rebelo Pinto.
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