A Comissão Política Concelhia do PSD de Ovar critica duramente a gestão socialista do executivo municipal que, em seu entender, colocou a câmara numa situação de bancarrota, com uma dívida que, pelas estimativas dos sociais-democratas, ultrapassa os 30 milhões de euros. A estrutura política considera grave a edilidade «esconder esta situação dos partidos legitimamente representados nos órgãos autárquicos», argumentando ainda que o executivo socialista «tem vindo a enganar a população que paga os seus impostos, nomeadamente as tarifas de recolha de resíduos sólidos (indexadas à factura dos SMAS), desde Agosto de 2000».
Em comunicado, a concelhia social-democrata dá conta da existência de duas facturas vencidas e não pagas pelo município de Ovar à ERSUC - Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro, SA, «num valor que ascende a três milhões de euros». Daí as questões: «Onde está o dinheiro cobrado pela Câmara Municipal de Ovar aos munícipes pela recolha de resíduos sólidos e que não foi pago à ERSUC? Onde é que a câmara gastou esse dinheiro?».
O PSD de Ovar apoia-se na fiscalização feita pela Tribunal de Contas aos contratos de natureza financeira celebrados pelas autarquias locais, entre 1 de Julho de 2003 e 31 de Maio de 2004, e que não foram submetidos à avaliação prévia do próprio tribunal. A autarquia vareira aparece então em 17.º lugar, num universo de 278 municípios, na lista classificativa das câmaras mais endividadas. Feitas as contas, a estrutura social-democrata conclui que «só nos últimos dois anos, o município de Ovar comprometeu-se em mais de cinco milhões de euros». «O Tribunal de Contas vem dar razão ao PSD de Ovar quando diz que a capacidade de endividamento da câmara é zero», sustenta.(«Público»)
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