Obviamente, demito-me
O primeiro-ministro anunciou ontem à noite, no final de uma curta reunião do Conselho de Ministros, inesperadamente convocada, que vai demitir-se do cargo. A intenção foi já comunicada a Jorge Sampaio, mas só amanhã deverá ser formalizada a queda do XVI Governo, numa reunião em Belém.
É a resposta de Santana Lopes aos fundamentos apresentados por Jorge Sampaio para dissolver a Assembleia da República. Sampaio, que assentou toda a sua argumentação na crise política desencadeada pelo Governo, avisou que as competências do Governo ficariam, uma vez tomada a decisão, «politicamente limitadas, com as consequências que isso impõe».
«Não saímos, não desertamos, assumimos as nossas responsabilidades», afirmou ontem Santana Lopes a meio do discurso, instalando a dúvida sobre se, afinal, permaneceria no cargo, após um dia em que cedo correu a informação de que sairia. Acabou por confirmar que, a partir de agora, dirige um governo de gestão. «Mal seria se o Governo ouvisse as palavras do sr. presidente e ficasse na mesma atitude», sublinhou.(«JN»)
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