domingo, dezembro 12, 2004

Festival de teatro fecha com «bis»
de «A Casa de Bernarda Alba»


O XI Festival de Teatro de Ovar – Festovar terminou em grande no passado fim-de-semana, com a exibição pelo segundo fim-de-semana consecutivo da nova peça da Contacto, companhia organizadora do evento. «A estreia de “A Casa de Bernarda Alba” esteve esgotada e, por isso, tivemos que marcar um data adicional para satisfazer todos aqueles espectadores que queriam ver a nossa nova peça», explica Manuel Ramos Costa, encenador principal da Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar (Contacto). A apresentação inicial estava marcada para o passado dia 27 de Novembro, mas a procura dos ingressos bateu todos os records e superou as melhores expectativas da direcção da Contacto, que logo procurou resolver a situação e fazer com que ninguém ficasse sem ver a «A Casa da Bernarda Alba» por falta de lugar. Manual Ramos Costa explica que a Contacto acabou por marcar um data extra, no fim-de-semana seguinte, para «mostrar o nosso novo trabalho a quem não pôde vê-lo no dia da estreia», em que os cem lugares disponibilizados pela Casa da Contacto revelaram-se insuficientes. «Por um lado ainda bem que assim foi», assume o encenador. «Mais uma vez ficou evidente a falta que faz à cidade uma sala/auditório de qualidade, há muito projectada mas cuja construção ainda não se vislumbra», lamenta Manuel Ramos Costa. O encenador vareiro não tem dúvidas de que já vai sendo tempo da Câmara Municipal de Ovar tratar de iniciar a construção do prometido Centro de Artes, projectado para o terreno contíguo à Biblioteca Municipal de Ovar. «O número crescente de público de Ovar interessado merece um auditório digno onde possa assistir a manifestações de cultura desta natureza e de outras», acrescenta.
O Festovar não podia ter terminado da melhor maneira ao alongar-se para além da data prevista para dar resposta às solicitações. Por outro lado, segundo o responsável, o balanço da edição do certame deste ano é «muito positivo, porque todas as sessões estiveram sempre cheias de público, quer ao sábado, quer ao domingo».(«DA»)

Sem comentários: