e na EB António Dias Simões
O secretário de Estado da Educação, Diogo Feyo, foi hoje a duas escolas de Ovar, em «horas difíceis», garantir que foram tomadas as opções para que o início das aulas corresse o melhor possível.
Num panorama em que, segundo dados recolhidos pelo seu gabinete, só 46 por cento das escolas abriram na região centro, no arranque oficial do ano lectivo, Diogo Feyo foi recebido num dos estabelecimentos de ensino com um cartaz onde se lia «Isto é uma farsa».
O secretário de Estado recebeu também um documento que reflecte a preocupação dos pais, cujos representantes sugeriram que, face à situação, «as aulas acabem também mais tarde para os professores poderem dar os programas».
Referindo que a descentralização do Ministério tem por objectivo «a proximidade nas horas fáceis e difíceis«, o secretário de Estado destacou que o Ministério da Educação «tem tido uma postura de verdade» no problema da colocação dos professores e procurou minimizar os efeitos do processo de inovação que lhe deu origem.
«Todos sabemos que a inovação do processo tem virtualidades e são conhecidos os problemas, mas foram reforçadas as equipas técnicas, as reclamações foram vistas uma a uma, e dois terços foram deferidas«, lembrou, confirmando 20 de Setembro como data de publicação das listas definitivas.
«Tenho confiança nos professores, nos pais, nos auxiliares e nos alunos para que o ano lectivo corra bem», declarou, garantindo que o Ministério está a acompanhar a situação das escolas e tudo fará para que seja possível estarem a funcionar com normalidade no dia 23.
Diogo Feyo aproveitou a visita às escolas para expor os objectivos em relação ao sistema de Educação, «que precisa de estabilidade e não pode viver de políticas de reforma e contra- reforma».
O Plano Nacional de Prevenção do Abandono Escolar foi uma das áreas prioritárias que definiu, o qual passará pela valorização do desporto escolar e adaptação dos planos curriculares às expectativas dos jovens e também por uma maior atenção aos alunos de risco.
A criação da figura do «tutor escolar» é uma das inovações previstas, que terá a missão de fazer o acompanhamento especial sobre alunos em dificuldades, em articulação com centros de apoio sócio-educativo, sendo ainda reforçada a participação do trabalho dos psicólogos nas escolas.
Outras medidas que avançou foi uma próxima actuação sobre o ensino do Português, da Matemática e das Ciências, e o lançamento do programa «Pais nas Escolas», para envolver mais os educadores no processo educativo.
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