Administrador demitido e trabalhadores sem receber
Foi com incontida surpresa que os trabalhadores da Universal Motors tomaram conhecimento da demissão de Guilherme Santos, administrador da empresa, ocorrida na semana passada. O próprio também terá sido apanhado de surpresa. «Na verdade não estava a contar», assume o jurista que foi o rosto da administração da empresa nos últimos cinco anos.
O despedimento terá ocorrido no seguimento de uma acalorada discussão com um administrador e aconteceu «por telefone». Guilherme Santos não esconde que saiu com alguma mágoa, atendendo às circunstâncias em que tudo aconteceu, mas garante que tudo fez para viabilizar a empresa. A tal ponto que «alguns trabalhadores já me contactaram para que eu volte, mas isso é impossível».
Sobre o que aconteceu naquela noite, Guilherme Santos não adianta muito, mas sempre foi dizendo que «depois de tudo o que fiz pela viabilização da fábrica, entendo não pactuar com determinadas situações». No que respeita aos ordenados em atraso, o antigo administrador contava proceder aos pagamentos até ao passado dia 30, «porque a empresa trabalhou, tínhamos conquistado a confiança de fornecedores e clientes». «A empresa encontrava-se numa curva ascendente, mas entenderam prescindir os meus serviços», lamenta, para acrescentar que, apesar de tudo, «saio de cabeça erguida, porque não fui acusado de nada».
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