Abriu neste preciso dia 30 de julho, do distante ano de 1933, o primeiro café em Ovar.
Era o Café Paraíso e a sua abertura ficou a dever-se ao espírito empreendedor de Eduardo Sousa. Situava-se no edifício da Rua Manuel Arala no qual, mais tarde, viria a funcionar a relojoaria Ovarense - que durante largas décadas foi uma das mais prestigiadas ourivesarias da cidade.
A relojoaria encerrou definitivamente poucos anos antes da Pandemia.
Voltando ao Café "Paraíso", naquele local ficaria escassos quatro anos, mas viria a conhecer uma segunda vida entre 1937 e 1979, na Praça da República, em frente à Câmara Municipal de Ovar, onde secencontra instalada a actual sucursal do BPI.
Na nova localização, foi propriedade (salvo melhor informação) dos irmãos David (Vilão), António (Toneca) e Manuel Resende (Manelzinho que também foi jogador de futebol na Associação Desportiva Ovarense), também industriais da panificação na vila de Ovar.
Na história ficariam as tertúlias entre as mentes que desenhavam o futuro, assistidos pelos carismáticos empregados do café "Paraíso" (e também do "Progresso"), como o Clemente e seu irmão Augusto, o Amorim, o Luís que viria a fundar o café Avenida, o Serafim, dono do actual restaurante O Bosque, e a figura principal, com quarto na Pensão Primavera, o Cabral.
Hoje, o edifício da rua Manuel Arala reinventa-se como habitação multifamiliar - preservando e prolongando à ampliação proposta o seu traçado de gosto neoclássico.
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