Correia de Campos demitiu-se em nome da confiança entre cidadãos e SNS
António Correia de Campos apresentou hoje o pedido de demissão do cargo de ministro da Saúde por considerar a sua substituição imediata “um elemento indispensável para restaurar a relação de confiança” entre cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De acordo com a carta de demissão apresentada hoje ao primeiro-ministro, José Sócrates, Correia de Campos chegou à conclusão de que “não estão reunidas as condições” para continuar no Governo.
“Circunstâncias diversas complexas, mas cumulativas, estão a minar a relação de confiança que deve existir entre os cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), instituição ao meu cargo, e um dos mais válidos instrumentos de equidade social criados após o 25 de Abril”, escreveu António Correia de Campos.
O ministro demissionário acrescentou que sente a sua substituição imediata no cargo como “um elemento indispensável para restaurar essa relação de confiança”.
“As instituições têm vida própria para além dos protagonistas”, concluiu. Só não têm vida para além delas, aqueles que entretanto já morreram por não terem conseguido chegar a tempo de receberem competentes cuidados médicos na sequência da atabalhoada política de encerramento de urgências...
O primeiro ministro pediu hoje ao Presidente da República a exoneração dos ministros da Saúde, Correia de Campos, e da Cultura, Isabel Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás.
Para os substituir, José Sócrates indicou Ana Jorge para a Saúde, José António Pinto Ribeiro para a Cultura e Carlos Lobo para a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.
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