Até o João Gobern se rende a um grande disco
"Eterna Juventude"
"Se alguém me dissesse, na última dúzia de anos, que ainda acabaria por me render a um album dos Duran Duran, confesso que desdenharia, divertido ou irritado, de tal profecia.E, no entanto, aí está "RED CARPET MASSACRE", capaz de me fazer recuar no preconceito de alinhar com a bandinha de Simon Le Bon &Cª, Desde o primeiro momento: "The Valley"parece colocada estrategicamente para recuperar a batida sensual e os retoques atmosféricos que ajudaram a implantar o grupo, no princípio dos anos 80, e o tema título,além da ironia, retoma a passada de"Wild Boys" e "Union of the snake".
Vem depois "Nite-Runner",já debaixo da alçada colaboradora( ou mais do que isso) de Timbaland e Justin Timberlake.
Pouco me importa que Simon le Bon possa soar como Nelly Furtado- a canção agarra aos primeiros acordes e não alarga o cerco.
O melhor está para vir: "Falling Down" é uma das melhores canções DO ANO, juntando-se á galeria das eleitas do grupo,um mid tempo soberbo como "Save a Prayer"ou Ordinary World". E, nem lhe falta um contraponto a fazer lembrar "Electrical Storn"dos U2.
Daí,em diante poderia adoptar-se a táctica de deixar correr o marfim,que o público já estaria conquistado.
Mas, os durões Duran, neste caso,até dançam e fazem dançar-aceitam o rap em "Skin Drivers",mergulham no som de Timbaland em "Tempted", mas não se esquecem da identidade que ainda transparece em "She is too much" e "Last Man Standing" apesar de alguns truques nos arranjos. No Conjunto, equivale a uma ressureição. E, como é sabido de outras histórias, não se ganha nada em adiar o respectivo reconhecimento. Quem diria,Duran?"
in «Correio da Manhã»
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