Francamente, sr. Felipe...
Confesso que me deu a volta às tripas ouvir os improprérios que saíram da boca do noss seleccionador nacional, Luís Felipe Scolari, no final da conferência de imprensa do jogo que ditou a histórica vitória de Portugal sobre a Rússia.
Um seleccionador da equipa nacional não pode ter este tipo de linguagem, seja em conferência de imprensa, seja em público ou a entrar para o autocarro. Porque, acima de tudo, na quarta-feira, ele demonstrou uma enorme falta de decoro e zero de capacidade de encaixe para com uma crítica dada à estampa pelo jornal «Recorde».
É engraçado também verificar que o mesmo senhor, após a desastrosa jornada vivida no Lichenstein não abriu a boca para balbuciar mais do que monossílabos. Depois do desastre táctico de que foi o principal culpado e todos vimos, passou a rir e foi-se embora, sem mais explicações.
Isto se fosse num país a sério e se tivéssemos um presidente da FPF a sério, o sr. Scolari, provavelmente já não seria seleccionador português. No fundo, já estamos habituados, mas isso não impede que exerçamos o nosso direito à indignação.
Recordo aqui, a título de exemplo, o que aconteceu ao verdadeiro «gentleman» que se chama Eriksson, actual seleccionador da Inglaterra, que por ter alegadamente dormido com a secretária da federação britânica, esteve em vias de vir para a rua. Como se o público tivesse alguma coisa a ver com quem vai o homem para a cama...
Uma lição o seleccionador português aprendeu, com toda a certeza, e nunca mais vai abrir a boca para largar dislates porque nunca se sabe quando um gravador está «on-record»...
P.S.: Sr. Scolari, não basta levar alguns jornalistas a passear pelo Brasil para os ter a todos na mão...
Sem comentários:
Enviar um comentário