sábado, abril 08, 2023
A Procissão do Enterro do Senhor ou do Senhor Morto, uma das mais antigas e majestosas da Cidade de Ovar, voltou a sair à rua esta Sexta-feira Santa encerrando uma semana que, pela primeira vez integrou a Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa e Páscoa.
A procissão desta sexta-feira é de um dos compromissos estatutários da Irmandade dos Passos e compõe-se de dois andores: – o do esquife do Senhor e o de Nossa Senhora da Soledade, fazendo-se a sepultura de Cristo na Capela do Calvário, seguindo o andor de Nossa Senhora para a Igreja.
O Cântico da Verónica era ouvido na sexta-feira por três vezes: na Igreja (no Cenáculo, no final do sermão e antes da saída do Enterro do Senhor); no pátio superior da Capela do Calvário, ao recolher o esquife com a imagem do Senhor Morto; e novamente na Igreja, após sermão das lágrimas (na presença da Virgem).
Em tempo recuados, até 1828, realizava-se também o auto do descimento da cruz em sexta-feira santa, autorrepresentado à custa da Irmandade dos Passos por atores portuenses “sem qualidades cénicas à altura do assunto”.
No Calvário, a imagem do Senhor Morto passava “do esquife para um caixão que era depois metido numa cova aberta no chão areento e mais tarde, quando se fizeram as capelas, sepultado na sacristia. Foi com certeza devido a este facto, que devia impressionar mal os estranhos, que por aí se disse e diz ainda hoje (1922) em ar de zombaria que os vareiros enterram o Senhor na areia! (Manuel Lírio, Os Passos).
A Procissão do Enterro do Senhor é uma procissão noturna anterior à construção das Capelas dos Passos. Partindo da Capela dos Passos do Calvário, a Procissão faz o percurso da Paixão de Cristo com dois andores – o esquife com Cristo Morto e Nossa Senhora da Soledade – regressando ao mesmo local. Na Sexta-feira Santa, os padres tinham por brio conduzir o esquife com o Senhor Morto.
https://www.ovarnews.pt/enterro-de-senhor-encerrou-ciclo-processional-em-ovar/
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