segunda-feira, agosto 29, 2022
O MARIA – Movimento de Amigos da Ria de Aveiro esteve já a prestar declarações no âmbito de um inquérito aberto pelo Ministério Público sobre os termos em que está a decorrer a empreitada de desassoreamento em curso na Ria de Aveiro.
O advogado do Movimento, Pedro Tróia, acompanhou a diligência no âmbito deste inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público de Aveiro, que está ainda numa fase preliminar e que, muito provavelmente, ouvirá outras testemunhas nas próximas semanas.
“Trata-se de um procedimento habitual neste tipo de inquéritos para recolha e registo de informação”, disse Paulo Ramalheira, citando o advogado que acompanhou o MARIA nesta diligência do Ministério Público.
Através de uma reportagem emitida no programa a Prova dos Factos, da RTP1, no passado dia 17 de junho, ficou a saber-se que o Ministério Publico abriu um inquérito na sequência de duas queixas apresentadas ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro.
O Movimento de Amigos da Ria de Aveiro apurou, entretanto, que a abertura do inquérito em curso foi objeto de um despacho do Ministério Público datado do dia 02 do passado mês de Fevereiro.
A obra de desassoreamento em curso na Ria de Aveiro, iniciada em abril de 2019 e com um custo superior a 23 milhões de euros, deveria ter ficado concluída em julho de 2020, mas após uma sucessão de atrasos nunca explicados continua sem um fim à vista.
A empreitada tem sido objeto de duras críticas das diferentes comunidades da Ria de Aveiro e ainda de investigadores da Universidade de Aveiro, que, de um modo geral, consideram que a obra resulta num fracasso e num desastrado desperdício de dinheiros públicos.
https://www.ovarnews.pt/?p=65153
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