Se fosse dia um de Abril, nem acreditávamos.
Temos pena, porque sempre acompanhámos e apreciámos muito o trabalho do Zé Luís, desde os temas da Rádio Antena Vareira.
Eis os seus motivos:
«Não existiu nenhum motivo drástico ou grave que tenha motivado esta decisão (até porque já estava a ser ponderada há algum tempo), mas sim uma opção pessoal e profissional, e que se prende essencialmente com estratégias profissionais noutros ramos de actividade e também com novas opções de vida pessoal.
Comecei a minha carreira como DJ nos finais de Julho de 1984, numa altura em que, ser DJ era realmente uma arte, um estatuto, uma vocação, e portanto apenas um grupo restrito conseguia efectivamente um lugar na cabine. Numa altura em que não existiam "escolas de dj", pelo simples facto que, ser DJ não é algo que se possa aprender ou ensinar; ou se nasce com "bass blood" ou não. Qualquer DJ de 2 ou 3 gerações como eu, assinará por baixo desta afirmação.
Não havia CDs, CDJs, MP3, controladores e nem computadores! Somente pratos (gira-discos), vinil e cassetes.
Hoje os tempos são outros, e, provavelmente, já há mais "djs" do que clubes para actuar. Neste sentido, compete aos DJs que viveram a raíz da profissão, zelar para manter um estatuto de diferença, destacando-se pela qualidade, profissionalismo e irreverência.
Quem me conhece, sempre me atribuiu uma especial e rara característica: a versatilidade.
Esforcei-me sempre por ter uma visão sobre os espaços onde actuei, e nunca levei “sets” já preparados, ou sequências já programadas; fiz sempre a "leitura" da casa e do público, tentando perceber o que as pessoas queriam ouvir, criando uma ligação intimista com o “party people”».
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