Despedimentos em “O Primeiro de Janeiro” são inaceitáveis
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera que a forma como foram despedidos os jornalistas e outros trabalhadores de “O Primeiro de Janeiro” é inaceitável, por ilícita, e reitera o seu apelo para que todos se mantenham firmes na defesa dos seus postos de trabalho.
O SJ, em comunicado, lembra que a Autoridade para as Condições de Trabalho efectuou, a seu pedido, uma acção inspectiva em “O Primeiro de Janeiro”, tendo confirmado a existência de um despedimento ilícito. Assim, o SJ “apela publicamente às entidades competentes” para que “fiscalizem de forma rigorosa todos os passos” que o grupo Folha Cultural, detentor do título, vai dar em relação ao jornal e aos seus trabalhadores.
É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:
Jornalistas de “O Primeiro de Janeiro” não são descartáveis
A Administração da empresa Sedico – Serviços de Edição de Comunicação, SA, comunicou verbalmente hoje aos jornalistas e outros trabalhadores ao serviço do jornal “O Primeiro de Janeiro” o seu despedimento, em termos que o Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera inaceitáveis, prolongando deste modo a situação de ilegalidade que criou. Assim, o SJ aconselha aqueles profissionais a que continuem a comparecer nos seus postos de trabalho.
1.A comunicação foi feita durante a tarde de hoje, depois da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) ter realizado, a pedido do SJ, uma acção inspectiva nas instalações da Redacção, onde verificou a existência de um despedimento ilícito, conforme o SJ havia denunciado.
2.Entretanto, continuam a circular informações acerca da intenção da empresa Fólio, Comunicação Global, Lda., de manter a publicação de “O Primeiro de Janeiro”, a qual será relançada “dentro de dias”, de acordo com a informação prestada no editorial da edição de hoje, circulando igualmente o rumor de que o jornal reaparecerá já na próxima segunda-feira!
3.Isso significa que o detentor do jornal e da empresa empregadora dos jornalistas, na realidade uma entidade concreta chamada grupo Folha Cultural, pretende descartar-se imoralmente dos jornalistas que explorou até agora em condições de trabalho extremamente desfavoráveis.
4.Se o detentor do título considera que este deve manter-se no mercado – e o SJ também o considera! – não tem outra alternativa se não a de viabilizar o jornal com os mesmos profissionais que sacrificadamente o ajudaram a manter até agora e que têm seguramente capacidades para relançar a sua publicação.
5.Os jornalistas e os restantes trabalhadores ao serviço de “O Primeiro de Janeiro” não são coisas descartáveis ao sabor das engenharias financeiras, pelo que, expressando publicamente a sua viva solidariedade para com estes profissionais, o SJ reitera o apelo para que se mantenham firmes na defesa dos seus postos de trabalho e, sobretudo, do direito de continuarem a fazer o jornal ao qual entregaram o melhor das suas vidas.
6.O SJ apela publicamente às entidades competentes, para que fiscalizem de forma rigorosa todos os passos que o grupo Folha Cultural vai dar em relação a “O Primeiro de Janeiro”. Pela sua parte, o SJ não deixará de denunciar todos os indícios de práticas ilegais nem de defender o regresso dos jornalistas à Redacção.
PS.: Sabendo que o proprietário do «PJ» é igualmente o dono do único semanário actualmente em publicação na nossa «praça», esperamos que os profissionais deste estejam a salvo deste tipo de «manobras».
1 comentário:
As voltas que a vida dá...
"(...) Eduardo Costa começou a sua carreira jornalística há 12 anos, com o envio de um texto de sua autoria para o «Correio de Azeméis». A peça, que se debruçava sobre problemas ecológicos, parece ter agradado ao então director da publicação, que mais tarde o veio a convidar para dirigir o jornal. (...) in http://molhobico.blogs.sapo.pt/18570.html
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