da Igreja Matriz de Ovar
TEXTO: M. Pires Bastos
Da actual Igreja Matriz de Ovar conhecem-se dois projectos anteriores ao definitivo.
Do primeiro, de 1804, se escreveu no número anterior. Hoje apresentamos o segundo, pouco posterior a 1830, que a gravura anexa reproduz.
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Dado que o projecto final, pouco posterior a este, sofreu novos e importantes acrescentos, dando ao templo a imponência e a harmonia que hoje se lhe reconhece, é lógico concluir que para isso terão surgido razões de grande peso.
Qual o verdadeiro autor da alteração? O próprio arquitecto, ou seus continuadores, por razões estéticas? O brio dos vareiros responsáveis, não satisfeitos ainda com a pouca imponência da nova Matriz? O Governo, logo que entrou na liça, ao ser oficializada a comparticipação do real da água? Não o sabemos.
Como não sabemos se foi o frontispício que aumentou para acompanhar o aumento da Igreja, ou se, pelo contrário, o corpo da Igreja foi elevado para corresponder a um projecto mais ambicioso.
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Com o contrato das torres e do coro só foi feito em 1836, tudo leva a crer que as «graves desinteligências entre os contratantes» surgidas de imediato (P.e M. Lírio, obra cit.) estão relacionadas com esse aumento.
As principais novidades do traçado definitivo em relação com o anterior residem na inserção de janelas nas torres e no acrescentamento de um grande espaço central entre os relógios e a zona sineira.
(in «Artigos do João Semana»)
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