terça-feira, dezembro 11, 2012

Os Magníficos Beirais da Quinta de S. Tomé


Num das das suas rondas por terras do Norte, o blogger de «artelivrosevelharias» descobriu um beiral de telhões de faiança na nossa cidade.

«Foi na bela casa de quinta do século XVIII, a Quinta de S. Tomé, hoje localizada no centro da cidade. Situa-se relativamente perto da Casa Museu de Júlio Dinis, onde o escritor residiu alguns anos, e não posso deixar de pensar que ela poderia servir de cenário à ação de um dos seus populares romances.

Para além do beiral há os azulejos, os do exterior com um lindo friso floral, certamente aplicados no século XIX ou XX, e um silhar de escadaria na entrada principal da casa.

Neste beiral, surpreende a quantidade e o estado de conservação dos telhões, assim como a harmonia do conjunto que forma com os restantes elementos da casa, basicamente em azul e branco; quanto ao motivo das telhas já é nosso velho conhecido.

Efetivamente, é o mesmo motivo das que vimos num beiral em Fafe e noutro na Ribeira do Porto, mas não apresentam a terminação em relevo branco que se observa no de Fafe.

As cantarias em pedra dão sobriedade e robustez às duas frentes, a que nem sequer falta um brasão em pedra de Ançã, as armas do Morgado de Pigeiros.

Atrevo-me a atribuir o fabrico destes telhões à Fábrica das Devezas em Vila Nova de Gaia, já que são em tudo semelhantes aos que se encontram na Casa-Museu Teixeira Lopes e sabemos da ligação deste escultor e da família a essa fábrica de Gaia, com filial aqui na Pampilhosa».

Texto e fotos retirados «artelivrosevelharias». Com a devida vénia.

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