«Fomos apanhadas de surpresa. Tivemos conhecimento da intenção da fundação através de uma carta. Em 54 anos de carnaval, nunca tinha havido este tipo de precedente, é uma situação inédita», adianta Laurentina Coutninho, delegada das «Joanas».
A responsável conta que o grupo se «sentiu enxovalhado»» e daí ter decidido avançar com a acção judicial. «Como é que um grupo que desfila em penúltimo lugar, num total de 24, pode atrasar um corso?», questiona.
Como as Joanas não têm personalidade jurídica, a acção foi movida pelos 58 elementos do grupo. O processo que deu entrada em tribunal e que já foi contestado pela fundação, destaca o currículo da formação carnavalesca: nove vitórias em 15 anos de vida: «Modéstia à parte, o nosso grupo trouxe um brilho aos grupos de passerelle, mudando a forma de actuar, de desfilar e de vestir», refere Ana Azevedo, outro elemento do grupo.
Este ano, ganharam o primeiro prémio na sua categoria, com uma homenagem à sétima arte. As 58 mulheres vestiram-se à anos 50. «O desfile deste ano correu mal e, portanto, a fundação tiveram que encontrar um bode expiatório», remata Ana Azevedo.
O presidente da Fundação do Carnaval de Ovar, José Américo, não quis comentar o caso. «Lamento e não faço mais declarações. O processo está em tribunal, a fundação vai defender-se e estamos já a pensar no Carnaval de 2007», disse.
(in «Público» de hoje)
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