A justificação do professor
O ex-secretário da Junta de Freguesia de Ovar, José Manuel Gomes, explica finalmente os motivos que o levaram a abandonar o barco da Junta de Freguesia de Ovar. A demissão ficou a dever-se ao facto de não suportar mais os desmandos da presidente Esmeralda Souto. Em causa estarão «algumas decisões ultimamente tomadas, unilateralmente, pela Presidente da Junta, desrespeitando os elementos do executivo e ainda as frequentes incompatibilidades que se manifestavam, nomeadamente, nas reuniões, dando por vezes a ideia de que a Junta de Freguesia era um feudo pessoal». O ex-autarca não concretiza as acusações a uma gestão polémica e com muito para explicar a todos os eleitos no órgão.
O professor lamenta ainda que a chefe do executivo, «com um passado político altamente meritório tenha o hábito de se incompatibilizar com os cidadãos que com ela trabalham».
José Manuel Gomes terá explicado os motivos para o pedido de renúncia directamente à Presidente a quem disse tudo o que tinha a dizer - «não tem emenda» - e entregou as chaves do edifício.
O autarca foi obrigado a enviar duas cartas com o pedido de renúncia, já que a primeira, datada de 16 de Abril, ficou na gaveta, não tendo sido dada informação na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia que reuniu a 26 de Abril. Esta atitude, que o ex–secretário configura de sonegação de documento face à Lei, obrigou-o ao envio de uma segunda carta com data de 28 desse mesmo mês, reafirmando a vontade de renúncia e chamando a atenção para o não cumprimento da Lei e do Estatuto dos Eleitos Locais.
Só um mês depois, o caso chegou até à Assembleia.
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