segunda-feira, dezembro 31, 2007
FELIZ 2008!
Neste momento festivo, quero desejar a todos os frequentadores assíduos e ocasionais do «Notícias de Ovar», um Ano Novo repleto de prosperidades. Que 2008 traga, enfim, a concretização de todos os nossos sonhos e projectos pessoais e profissionais.
BOM ANO!!
domingo, dezembro 30, 2007
Nesta quadra de boa vontade
vamos apoiar a APADO
A APADO de Ovar tem uma opção que ajudará, por certo, muitos dos nossos animais. Todos os de boa vontade têm a possibilidade de serem padrinhos de um cão do canil. Para além de o poderem visitar e passear sempre que queiram, podem ajudar na assistência médica se necessário, na aquisição de qualquer mimo, que pode ser uma coleira, uma trela, uma casota, etc...
Contacte a APADO e ajude esta instituição a minorar a dor destes animais provocada pelo abandono cruel e sistemático dos que durante algum tempo os cães consideravam os seus maiores amigos. («APADO»)
vamos apoiar a APADO
A APADO de Ovar tem uma opção que ajudará, por certo, muitos dos nossos animais. Todos os de boa vontade têm a possibilidade de serem padrinhos de um cão do canil. Para além de o poderem visitar e passear sempre que queiram, podem ajudar na assistência médica se necessário, na aquisição de qualquer mimo, que pode ser uma coleira, uma trela, uma casota, etc...
Contacte a APADO e ajude esta instituição a minorar a dor destes animais provocada pelo abandono cruel e sistemático dos que durante algum tempo os cães consideravam os seus maiores amigos. («APADO»)
sábado, dezembro 29, 2007
Urgência do São Sebastião no limite
Quem o diz é o próprio director do HSS - Hugo Meireles - em entrevista à RTP. Ontem, pela primeira vez, o director do Hospital São Sebastião admitiu esperas superiores a 6 horas, relatando afluências diárias à urgência na casa dos 600 doentes. Estes números que surgem após o encerramento dos serviços de urgência de Espinho e Ovar, mostram que algo continua a funcionar mal nos Centros de Saúde, uma vez que a maioria dos atendimentos não se referem a verdadeiras situações de emergência médica.
Mais uma vez fica claro que a informação é a melhor solução... grande parte da população de Ovar desconhece o serviço de consulta aberta no Centro de Saúde e desloca-se directamente à urgência do Hospital. Embora muitos o queiram negar o processo que está a ser levado a cabo para a modernização dos serviços de saúde, e que me parece ser a melhor solução, não é alvo de informação suficiente à população e a consequência está à vista.
(«krónikas feirenses»)
Quem o diz é o próprio director do HSS - Hugo Meireles - em entrevista à RTP. Ontem, pela primeira vez, o director do Hospital São Sebastião admitiu esperas superiores a 6 horas, relatando afluências diárias à urgência na casa dos 600 doentes. Estes números que surgem após o encerramento dos serviços de urgência de Espinho e Ovar, mostram que algo continua a funcionar mal nos Centros de Saúde, uma vez que a maioria dos atendimentos não se referem a verdadeiras situações de emergência médica.
Mais uma vez fica claro que a informação é a melhor solução... grande parte da população de Ovar desconhece o serviço de consulta aberta no Centro de Saúde e desloca-se directamente à urgência do Hospital. Embora muitos o queiram negar o processo que está a ser levado a cabo para a modernização dos serviços de saúde, e que me parece ser a melhor solução, não é alvo de informação suficiente à população e a consequência está à vista.
(«krónikas feirenses»)
sexta-feira, dezembro 28, 2007
José Almada: «Homenagem»
A par de Fausto e do seu desaparecido primeiro disco, de 1970, há um outro disco, mítico, da música popular portuguesa.
Da autoria de José Almada, gravado também em 1970, para as produções Zip, o disco, intitulado «Homenagem», e que pode ser visto aqui, contém seis composições de cada lado, todas de alto gabarito , nas letras e nas músicas e que colocam o LP entre os melhores de sempre da música popular portuguesa de todas as épocas. Particularmente a de finais dos anos sessenta, altura do aparecimento dos baladeiros.
A primeira dessas composições, «Homenagem», marca a toada do álbum e uma das últimas é a canção «Oh Pastor que choras», também cantado por Fausto no seu primeiro disco. A versão de José Almada, porém, é superior a esta, no modesto entender da «Grande Loja do Queijo Limiano», de onde rebuscamos este post.
E agora, a questão, é saber onde está José Almada.
Sabendo que na altura da gravação, estaria por Guimarães, por onde terá andado a seguir e onde é que se pode encontrar este grande músico esquecido, José Almada Guedes Machado, autor de Homenagem?
Será este que aqui figura - e tudo indica que sim?
Há uma «Homenagem» pública, se assim for. E já há vários, a prestá-la. E nós juntamo-nos a ela, porque ficamos a saber que José Almada vive em Ovar e que continua interessado na música. Mas...não encontra interessados em gravá-la e vendê-la.
O disco em causa pode ser escutado aqui.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
«Pintura Criativa»
Appio Cláudio, natural de Ovar, radicado na Chamusca desde 1974.
Participou em numerosas exposições individuais e colectivas na Chamusca, Torres Novas, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha, Santarém, Lisboa e Almada.
Tem obras em colecções privadas e públicas em Portugal e Espanha.
Embora utilize algum figurativismo, desenvolve uma pintura de fusão com fortes mensagens de cunho humanista.
"Cheiro: a tinhas de óleo"
(«Conselho Superior»)
Appio Cláudio, natural de Ovar, radicado na Chamusca desde 1974.
Participou em numerosas exposições individuais e colectivas na Chamusca, Torres Novas, Entroncamento, Vila Nova da Barquinha, Santarém, Lisboa e Almada.
Tem obras em colecções privadas e públicas em Portugal e Espanha.
Embora utilize algum figurativismo, desenvolve uma pintura de fusão com fortes mensagens de cunho humanista.
"Cheiro: a tinhas de óleo"
(«Conselho Superior»)
domingo, dezembro 23, 2007
"Eu gostava que natal rimasse com solidariedade"
Natal
Rima com
Postal,
Lindo castiçal,
Copo de Cristal.
Em casa recente
Um cheiro a pinhal.
Lá fora,
Noite de vendaval.
A mãe de avental,
Sorrisos, canções,
Recital,
Talvez…
Natal
Também rima com
Doentes,
Hospital
Com o mal
Dos sem-abrigo
E dos que estão
Detidos
Por direito criminal
Mas o que eu gostava
Era bom que Natal
Rimasse sempre
Com SOLIDARIEDADE!
João Pedro Lobo, 9º B (2003) – EB 2/3 António Dias Simões - Ovar
in «Práctica Pedagógica»)
Rima com
Postal,
Lindo castiçal,
Copo de Cristal.
Em casa recente
Um cheiro a pinhal.
Lá fora,
Noite de vendaval.
A mãe de avental,
Sorrisos, canções,
Recital,
Talvez…
Natal
Também rima com
Doentes,
Hospital
Com o mal
Dos sem-abrigo
E dos que estão
Detidos
Por direito criminal
Mas o que eu gostava
Era bom que Natal
Rimasse sempre
Com SOLIDARIEDADE!
João Pedro Lobo, 9º B (2003) – EB 2/3 António Dias Simões - Ovar
in «Práctica Pedagógica»)
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Este campeão do Mundo vestiu
a camisola da AD Ovarense
Quem não se lembra dele com o n.º 2 nas costas na geração de ouro e equipa campeã da Europa (1998) e do Mundo (1991) de sub-21? Gil Gomes - "O Homem Golo", que teve uma passagem pelo futebol da Ovarense.
O futebol desde sempre é mais difícil do que parece. Para se chegar perto de uma boa carreira é preciso muita sorte aliada a um bom acompanhamento. Ser jogador de futebol é e sempre foi o sonho de muitos jovens, poucos conseguem pois a maioria limitam-se a falar,escrever sobre jogadores ou pessoas que tentaram vencer no futebol.
Para Gil Gomes, o sonho iniciou-se muito cedo (1980) em Angola onde representou e fez formação em vários clubes até ser chamado a Portugal onde ingressou nas camadas jovens do Benfica. A visibilidade de jogar no clube da Luz levou a que num momento, Gil viu-se perto da ribalta e sempre no seu estilo pacato, calmo e sem euforias, foi vendo o seu esforço a ser recompensado com a chamada à Selecção Portuguesa de sub-21.
Naquela altura, com os seus 1,77m e 70 kg, Gil era um avançado móvel, que actuava preferencialmente na posição de ponta de lança mas que fruto da sua constante luta pela bola o fazia deambular à procura da mesma. Em 1989, teria o primeiro grande momento da sua carreira quando fez parte do que viria a ser baptizada como "geração de ouro" do futebol Português, onde brilhou ao lado de nomes como Rui Costa, Luís Figo, Jorge Costa, Abel Xavier,Toni, Rui Bento, João Vieira Pinto, Cao, Paulo Torres, Emílio Peixe e Brassard entre outros. Foi campeão da Europa e depois do Mundo em 1991 em Sub-21, entre outros inúmeros troféus ganhos.
Tudo parecia correr sobre rodas e às mil maravilhas, mas a pouco e pouco Gil Gomes foi perdendo influencia ao longo das 5 épocas vestido de águia à peito e em 1991 já com Sven Goran Eriksson e Toni na equipa da Luz, Gil rumou à Ovarense e nunca mais assentou o seu futebol mais que um ano na mesma equipa. Seguiu-se uma autêntica tournée pelo Mundo fora - 1993 Tours(França), 1994 Sp. Braga, 1995 E. Amadora, 1996 Yverdon e F.C.Will (Suiça), 1997 Philadelphia Kix e Jacksonville Cyclones (EUA), 1998 Shefield Wednesday (Inglaterra), 1999 Avellino Calcio (Italia), 2000 Hendon FC (Inglaterra), 2002 Middlewichtown (Inglaterra), 2003 Salford City (Inglaterra),2004 Hide Town (Inglaterra) e 2005/06 New East England como treinador-jogador.
Como é possível verificar por esta infindável lista de de clubes, Gil Gomes é seguramente o jogador mais "internacional" da geração de ouro portuguesa, correndo inúmeros países, continentes e campeonatos, mesmo assolado por várias lesões e por falsas promessas dos inevitáveis empresários.
Chegamos rapidamente à conclusão que o futuro brilhante e auspicioso que muitos daqueles jogadores da geração de ouro, não atingiram o estrelato de jogar em grandes palcos e nos grandes emblemas europeus, no entanto, de todos os jogadores que escreveram o seu nome em letras douradas no futebol luso, Gil Gomes foi aquele que arrecadou mais troféus individuais, que podem e devem ser consultados na sua página pessoal. Este estatuto de verdadeiro globetrotter fez com que Gil ao contrário de muitos seus colegas de selecção e profissão com a carreira terminada, não estagnasse a sua vontade de aprender e crescer ainda mais como figura do futebol Mundial e Nacional.
Gil Gomes é um exemplo a seguir para muitos ex-jogadores, além de ser um verdadeiro poliglota, como grande campeão que é soube dar um rumo à sua vida e carreira, permanecendo ligado ao futebol como um verdadeiro apaixonado pela "bola". Lançou-se no enriquecimento como treinador ao reunir inúmeras qualificações como treinador e estágios técnicos de aperfeiçoamento com figuras como Alex Ferguson e Carlos Queirós no Man Utd, José Mourinho no Chelsea, entre tantos nomes das estrelas da Premmier League.
Actualmente, encontra-se em Inglaterra onde é treinador das camadas jovens do Man Utd e cresce a olhos vistos como treinador ao mesmo tempo que acompanha o crescimento do filho que já se encontra na academia deste clube onde começa a confirmar que filho de peixe sabe nadar.
Gil Gomes é o verdadeiro exemplo que os verdadeiros campeões são aqueles que também o são fora do campo e este é certamente um nome que já deu muito ao futebol, sobretudo nacional e que irá certamente voltar à ribalta desta feita como treinador.
Cá te esperamos Gil!
(do «Jogo de Área»)
a camisola da AD Ovarense
Quem não se lembra dele com o n.º 2 nas costas na geração de ouro e equipa campeã da Europa (1998) e do Mundo (1991) de sub-21? Gil Gomes - "O Homem Golo", que teve uma passagem pelo futebol da Ovarense.
O futebol desde sempre é mais difícil do que parece. Para se chegar perto de uma boa carreira é preciso muita sorte aliada a um bom acompanhamento. Ser jogador de futebol é e sempre foi o sonho de muitos jovens, poucos conseguem pois a maioria limitam-se a falar,escrever sobre jogadores ou pessoas que tentaram vencer no futebol.
Para Gil Gomes, o sonho iniciou-se muito cedo (1980) em Angola onde representou e fez formação em vários clubes até ser chamado a Portugal onde ingressou nas camadas jovens do Benfica. A visibilidade de jogar no clube da Luz levou a que num momento, Gil viu-se perto da ribalta e sempre no seu estilo pacato, calmo e sem euforias, foi vendo o seu esforço a ser recompensado com a chamada à Selecção Portuguesa de sub-21.
Naquela altura, com os seus 1,77m e 70 kg, Gil era um avançado móvel, que actuava preferencialmente na posição de ponta de lança mas que fruto da sua constante luta pela bola o fazia deambular à procura da mesma. Em 1989, teria o primeiro grande momento da sua carreira quando fez parte do que viria a ser baptizada como "geração de ouro" do futebol Português, onde brilhou ao lado de nomes como Rui Costa, Luís Figo, Jorge Costa, Abel Xavier,Toni, Rui Bento, João Vieira Pinto, Cao, Paulo Torres, Emílio Peixe e Brassard entre outros. Foi campeão da Europa e depois do Mundo em 1991 em Sub-21, entre outros inúmeros troféus ganhos.
Tudo parecia correr sobre rodas e às mil maravilhas, mas a pouco e pouco Gil Gomes foi perdendo influencia ao longo das 5 épocas vestido de águia à peito e em 1991 já com Sven Goran Eriksson e Toni na equipa da Luz, Gil rumou à Ovarense e nunca mais assentou o seu futebol mais que um ano na mesma equipa. Seguiu-se uma autêntica tournée pelo Mundo fora - 1993 Tours(França), 1994 Sp. Braga, 1995 E. Amadora, 1996 Yverdon e F.C.Will (Suiça), 1997 Philadelphia Kix e Jacksonville Cyclones (EUA), 1998 Shefield Wednesday (Inglaterra), 1999 Avellino Calcio (Italia), 2000 Hendon FC (Inglaterra), 2002 Middlewichtown (Inglaterra), 2003 Salford City (Inglaterra),2004 Hide Town (Inglaterra) e 2005/06 New East England como treinador-jogador.
Como é possível verificar por esta infindável lista de de clubes, Gil Gomes é seguramente o jogador mais "internacional" da geração de ouro portuguesa, correndo inúmeros países, continentes e campeonatos, mesmo assolado por várias lesões e por falsas promessas dos inevitáveis empresários.
Chegamos rapidamente à conclusão que o futuro brilhante e auspicioso que muitos daqueles jogadores da geração de ouro, não atingiram o estrelato de jogar em grandes palcos e nos grandes emblemas europeus, no entanto, de todos os jogadores que escreveram o seu nome em letras douradas no futebol luso, Gil Gomes foi aquele que arrecadou mais troféus individuais, que podem e devem ser consultados na sua página pessoal. Este estatuto de verdadeiro globetrotter fez com que Gil ao contrário de muitos seus colegas de selecção e profissão com a carreira terminada, não estagnasse a sua vontade de aprender e crescer ainda mais como figura do futebol Mundial e Nacional.
Gil Gomes é um exemplo a seguir para muitos ex-jogadores, além de ser um verdadeiro poliglota, como grande campeão que é soube dar um rumo à sua vida e carreira, permanecendo ligado ao futebol como um verdadeiro apaixonado pela "bola". Lançou-se no enriquecimento como treinador ao reunir inúmeras qualificações como treinador e estágios técnicos de aperfeiçoamento com figuras como Alex Ferguson e Carlos Queirós no Man Utd, José Mourinho no Chelsea, entre tantos nomes das estrelas da Premmier League.
Actualmente, encontra-se em Inglaterra onde é treinador das camadas jovens do Man Utd e cresce a olhos vistos como treinador ao mesmo tempo que acompanha o crescimento do filho que já se encontra na academia deste clube onde começa a confirmar que filho de peixe sabe nadar.
Gil Gomes é o verdadeiro exemplo que os verdadeiros campeões são aqueles que também o são fora do campo e este é certamente um nome que já deu muito ao futebol, sobretudo nacional e que irá certamente voltar à ribalta desta feita como treinador.
Cá te esperamos Gil!
(do «Jogo de Área»)
quarta-feira, dezembro 19, 2007
O magnífico espólio de Cascais de Pinho
pode ser admirado no Museu de Ovar
Nunca é de mais lembrar que, até 12 do próximo mês de Janeiro, o Museu de Ovar mostra o fantástico legado que o vareiro Cascais de Pinho foi coleccionando ao longo dos anos da sua vida.
A colecção foi organizada pela irmã, Deolinda Cascais de Pinho - que tive a honra de ter como minha profesora de História, e é, seguramente a primeira e última vez que pode ser vista em Ovar, pois seguirá para lugares diversos após o fecho. Ler mais aqui.
pode ser admirado no Museu de Ovar
Nunca é de mais lembrar que, até 12 do próximo mês de Janeiro, o Museu de Ovar mostra o fantástico legado que o vareiro Cascais de Pinho foi coleccionando ao longo dos anos da sua vida.
A colecção foi organizada pela irmã, Deolinda Cascais de Pinho - que tive a honra de ter como minha profesora de História, e é, seguramente a primeira e última vez que pode ser vista em Ovar, pois seguirá para lugares diversos após o fecho. Ler mais aqui.
Corrupção e a lei
Marques Vidal, juiz e Ex-director da polícia judiciária, afirma que o poder político sempre quis tirar à PJ a totalidade da investigação criminal, acabando com a rede de informações indispensável à resolução de crimes graves como os que estão a acontecer na noite do Porto e de Lisboa. Sobre o combate à corrupção, diz que os políticos, do PS ao CDS, passando pelo PSD, não querem fazer leis que os possam queimar.
José Marques Vidal nasceu em 1930 em Pedações, no concelho de Águeda. Casado, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra e a partir de 1956 foi magistrado do Ministério Público nas comarcas de Arouca, Ovar e Porto e foi juiz de Direito em Moimenta da Beira e S. Pedro do Sul. Passou por vários cargos no Ministério da Justiça e em 1985 foi nomeado director da Polícia Judiciária no primeiro Governo de Cavaco Silva, cargo que ocupou até 1991. Foi auditor jurídico do Ministério das Obras Públicas e Transportes e no Ministério de Defesa Nacional. Jubilou-se em 1996 como juiz conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo.
Ler esta interessante entrevista completa, de um homem que foi juiz em Ovar, no «As quadras foram soltas».
Marques Vidal, juiz e Ex-director da polícia judiciária, afirma que o poder político sempre quis tirar à PJ a totalidade da investigação criminal, acabando com a rede de informações indispensável à resolução de crimes graves como os que estão a acontecer na noite do Porto e de Lisboa. Sobre o combate à corrupção, diz que os políticos, do PS ao CDS, passando pelo PSD, não querem fazer leis que os possam queimar.
José Marques Vidal nasceu em 1930 em Pedações, no concelho de Águeda. Casado, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra e a partir de 1956 foi magistrado do Ministério Público nas comarcas de Arouca, Ovar e Porto e foi juiz de Direito em Moimenta da Beira e S. Pedro do Sul. Passou por vários cargos no Ministério da Justiça e em 1985 foi nomeado director da Polícia Judiciária no primeiro Governo de Cavaco Silva, cargo que ocupou até 1991. Foi auditor jurídico do Ministério das Obras Públicas e Transportes e no Ministério de Defesa Nacional. Jubilou-se em 1996 como juiz conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo.
Ler esta interessante entrevista completa, de um homem que foi juiz em Ovar, no «As quadras foram soltas».
terça-feira, dezembro 18, 2007
1º Open Pool Feminino foi cá
E terminou o primeiro Open de Pool Feminino, realizado em Ovar. A final deste Open teve a presença das duas portistas, Mariana Marinho e Vânia Franco, da qual saiu vencedora Mariana Marinho. Parabéns Mariana!
Quanto à cegonha da ABB... depois da vitória perante a Eliana Sousa do Leixões por 5-2, seguia-se um caminho mais árduo. A actual campeã nacional, Vânia Franco, mais uma vez não perdoou e manteve-se firme perante a cegonhinha! Mas melhor que um bom resultado, é um bom jogo, um jogo bem disputado e cheio de fair-play. («ABBFeminino»)
E terminou o primeiro Open de Pool Feminino, realizado em Ovar. A final deste Open teve a presença das duas portistas, Mariana Marinho e Vânia Franco, da qual saiu vencedora Mariana Marinho. Parabéns Mariana!
Quanto à cegonha da ABB... depois da vitória perante a Eliana Sousa do Leixões por 5-2, seguia-se um caminho mais árduo. A actual campeã nacional, Vânia Franco, mais uma vez não perdoou e manteve-se firme perante a cegonhinha! Mas melhor que um bom resultado, é um bom jogo, um jogo bem disputado e cheio de fair-play. («ABBFeminino»)
I Regata do Pai Natal
9 de 10 embarcações inscritas marcaram presença na 1ª REGATA DO PAI NATAL realizada na NADO.
Cerca de 30 pessoas animaram o acontecimento! O dia estava lindo! A brisa fraca que se fazia sentir, exigia muito concentração e alguma técnica para que os participantes conseguissem colocar as suas máquinas em adamento.
O Ágil liderou quase toda a prova, perdendo a sua posição nos metros finais... acontece!
Marcaram presenças seguintes embarcações:
Turquoise; Bofi; Ágil; Erismature; Carpe Diem; Amarras; Xpto; North Cape; Balalu.
(«NADO»)
9 de 10 embarcações inscritas marcaram presença na 1ª REGATA DO PAI NATAL realizada na NADO.
Cerca de 30 pessoas animaram o acontecimento! O dia estava lindo! A brisa fraca que se fazia sentir, exigia muito concentração e alguma técnica para que os participantes conseguissem colocar as suas máquinas em adamento.
O Ágil liderou quase toda a prova, perdendo a sua posição nos metros finais... acontece!
Marcaram presenças seguintes embarcações:
Turquoise; Bofi; Ágil; Erismature; Carpe Diem; Amarras; Xpto; North Cape; Balalu.
(«NADO»)
domingo, dezembro 16, 2007
Severiano Teixeira em Ovar
OMinistro Nuno Severiano Teixeira assinala,
esta segunda-feira, o Dia da Defesa Naciobal,
no Aeródromo de Manobras n.º1 de Ovar, em Maceda.
A expectativa é grande porque fontes bem colocadas
dentro do ministério dizem que vai haver estreia de fatiotas.
(A foto é do «we have kaos in the garden»)
A nossa Ovarense apaga hoje 86 velas
Num momento particularmente difícil da sua história, a AD Ovarense vai assinalar a passagem de mais um aniversário. A festa é já no próximo domingo e vai continuar, entre outras surpresas, com a presença do ex-atleta Rafael Gonçalves.
Será importante a presença do maior número possível de sócios, simpatizantes e amigos, para mostrar que o clube está vivo e tem futuro.
Num momento particularmente difícil da sua história, a AD Ovarense vai assinalar a passagem de mais um aniversário. A festa é já no próximo domingo e vai continuar, entre outras surpresas, com a presença do ex-atleta Rafael Gonçalves.
Será importante a presença do maior número possível de sócios, simpatizantes e amigos, para mostrar que o clube está vivo e tem futuro.
sábado, dezembro 15, 2007
Aqui já neva
Alerta para tempo frio
Portugal continental está hoje sob aviso Amarelo devido à previsão de tempo frio. O Instituto de Meteorologia anunciou que este aviso se deve manter até domingo com as temperaturas a chegarem aos seis graus negativos.
O aviso Amarelo é o segundo de uma escala que vai até quatro e o Instituto de Meteorologoa colocou no dia de hoje sob alerta os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Aveiro, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja.
Para Bragança estão previstas as temperaturas mais baixas com os termómetros a chegarem aos seis graus negativos.
De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia para Portugal continental as temperaturas deverão continuar a descer até à próxima segunda-feira, sendo que no domingo grande parte do continente estará com temperaturas mínimas negativas ou iguais a zero.
Face a esta situação será conveniente que a população tome algumas precauções e desta forma será de interesse a consulta da página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil que apresenta alguns conselhos relacionados com o tempo frio e a forma de prevenir qualquer incidente.
Entre outros, a Autoridade Nacional de Protecção Civil aconselha as pessoas a vestirem várias camadas de roupa, evitarem o consumo excessivo de electricidade, para não sobrecarregar a rede, e a terem cuidado com lareiras, braseiras e aquecedores de gás devido ao risco de acidentes domésticos.
Alerta para tempo frio
Portugal continental está hoje sob aviso Amarelo devido à previsão de tempo frio. O Instituto de Meteorologia anunciou que este aviso se deve manter até domingo com as temperaturas a chegarem aos seis graus negativos.
O aviso Amarelo é o segundo de uma escala que vai até quatro e o Instituto de Meteorologoa colocou no dia de hoje sob alerta os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Aveiro, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora e Beja.
Para Bragança estão previstas as temperaturas mais baixas com os termómetros a chegarem aos seis graus negativos.
De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia para Portugal continental as temperaturas deverão continuar a descer até à próxima segunda-feira, sendo que no domingo grande parte do continente estará com temperaturas mínimas negativas ou iguais a zero.
Face a esta situação será conveniente que a população tome algumas precauções e desta forma será de interesse a consulta da página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil que apresenta alguns conselhos relacionados com o tempo frio e a forma de prevenir qualquer incidente.
Entre outros, a Autoridade Nacional de Protecção Civil aconselha as pessoas a vestirem várias camadas de roupa, evitarem o consumo excessivo de electricidade, para não sobrecarregar a rede, e a terem cuidado com lareiras, braseiras e aquecedores de gás devido ao risco de acidentes domésticos.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Vai-se a Urgência, chega ele
Com o encerramento do serviço de Urgência do Hospital de Ovar, é este rapaz quem vai operar a ambulância SBV do INEM em Ovar. No seu blog pessoal, ele conta que foi transferido de Coimbra para cumprir esta missão.
Sem querer duvidar das suas capacidades enquanto profissional, muito pelo contrário, espero siceramente que nunca precisemos dos seus préstimos...
Eis o endereço do seu blog pessoal («Há dias assim»)
«Os desencantadores
das cidades antigas
Lisboa (...) conserva, porém nos meios populares que mergulham as raízes no mar, alguns tipos originais, que se recortam da trivialidade. De entre eles, destaca-se o da varina, mulheres naturais, ou de ascendência próxima, de Ovar, Aveiro e Estarreja, que evoluiram gradualmente no sentido lisboeta, sem perderem contudo o seu tipo. O traje é gárrulo, o pisar ondulante, rítmico até à sugestão artística, o busto é airoso, de ancas finas e peito túrgido, a cabeça é patrícia, sob um lenço polícromo que só cobre a nuca e cai em ponta sobre a espádua elegante. Na sua maioria a varina é bonita, de pele branca que o sol não chega a crestar e de olhos vivos e maliciosos: a ascendência remota dizem os sábios que é fenícia, tal a proa de certos barcos das costas norte de Portugal.
A varina percorre a cidade vendendo peixe, mas muito mais se topa, na pureza primitiva do tipo, nos mercados da Ribeira Nova e da Praça da Figueira, à margem do rio nas lotas e na descarga do peixe. Sedução para os artistas, a varina é um precioso mistério para os sábios, uma realidade viva para os desencantadores das cidades antigas. O seu bairro é a Madragoa».
(Fotografias: Joshua Benoliel 1912 e Fernando Martinez Posal 1948 e Agnes Varda 1953;
Texto de Norberto de Araújo em Lisboa, Edições SPN, Lisboa, in «Dias que voam»)
das cidades antigas
Lisboa (...) conserva, porém nos meios populares que mergulham as raízes no mar, alguns tipos originais, que se recortam da trivialidade. De entre eles, destaca-se o da varina, mulheres naturais, ou de ascendência próxima, de Ovar, Aveiro e Estarreja, que evoluiram gradualmente no sentido lisboeta, sem perderem contudo o seu tipo. O traje é gárrulo, o pisar ondulante, rítmico até à sugestão artística, o busto é airoso, de ancas finas e peito túrgido, a cabeça é patrícia, sob um lenço polícromo que só cobre a nuca e cai em ponta sobre a espádua elegante. Na sua maioria a varina é bonita, de pele branca que o sol não chega a crestar e de olhos vivos e maliciosos: a ascendência remota dizem os sábios que é fenícia, tal a proa de certos barcos das costas norte de Portugal.
A varina percorre a cidade vendendo peixe, mas muito mais se topa, na pureza primitiva do tipo, nos mercados da Ribeira Nova e da Praça da Figueira, à margem do rio nas lotas e na descarga do peixe. Sedução para os artistas, a varina é um precioso mistério para os sábios, uma realidade viva para os desencantadores das cidades antigas. O seu bairro é a Madragoa».
(Fotografias: Joshua Benoliel 1912 e Fernando Martinez Posal 1948 e Agnes Varda 1953;
Texto de Norberto de Araújo em Lisboa, Edições SPN, Lisboa, in «Dias que voam»)
quinta-feira, dezembro 13, 2007
O Furadouro no Inverno
Os autocaravanistas invadem os parques de estacionamento da praia, mas também deixam as suas impressões. Ora vejam:
«Passado o periodo sazonal das praias, o parque norte pertence em exclusivo ás Autocaravanas durante o fim de semana (isto por enquanto, já que há pressões do P.Campismo). Quiçá alguém se lembre um dia de organizar uma concentração aqui por estas bandas.No minimo já pode contar com duas ou mais dezenas de ACs sem qualquer registo.Todos os fins de semana há concentração sem convocação. O local é muito agradável, e como se pode constatar pelas imagens, até tem infraestruras sanitárias para desenrascar». («Autocaravanista»)
«Passado o periodo sazonal das praias, o parque norte pertence em exclusivo ás Autocaravanas durante o fim de semana (isto por enquanto, já que há pressões do P.Campismo). Quiçá alguém se lembre um dia de organizar uma concentração aqui por estas bandas.No minimo já pode contar com duas ou mais dezenas de ACs sem qualquer registo.Todos os fins de semana há concentração sem convocação. O local é muito agradável, e como se pode constatar pelas imagens, até tem infraestruras sanitárias para desenrascar». («Autocaravanista»)
quarta-feira, dezembro 12, 2007
A nossa «Mata» no «Google Earth»
Um pouco de história: Esta extensão de pinhal foi plantada sobre dunas em finais do séc. XIX entre o Furadouro e Maceda. Porquê? Bem, aparentemente, para nos livrar das areias atiradas pelas fortes ventanias de Inverno.
Este nosso pinhal, conhecido popularmente pela "Mata", é centro de prostituição abundante. Há quem se lembre de «num giro matinal (e pueril) pela conhecida como "Estrada da Mata" há aproximadamente dez anos ter visto uma dezena de prostitutas a dormir no meio dos pinheiros, imagem que não deixava de ter o seu quê de poético...»
O que vale é que «elas» não se vêm no «Google»...
Um pouco de história: Esta extensão de pinhal foi plantada sobre dunas em finais do séc. XIX entre o Furadouro e Maceda. Porquê? Bem, aparentemente, para nos livrar das areias atiradas pelas fortes ventanias de Inverno.
Este nosso pinhal, conhecido popularmente pela "Mata", é centro de prostituição abundante. Há quem se lembre de «num giro matinal (e pueril) pela conhecida como "Estrada da Mata" há aproximadamente dez anos ter visto uma dezena de prostitutas a dormir no meio dos pinheiros, imagem que não deixava de ter o seu quê de poético...»
O que vale é que «elas» não se vêm no «Google»...
terça-feira, dezembro 11, 2007
Noite do Porto
Moita Flores diz que situação «ultrapassa
todos os limites» e pede repressão «muito forte»
O criminologista Moita Flores considerou hoje que os crimes associados à noite do Porto estão a ultrapassar "todos os limites" e reclamou uma acção de repressão "muito forte".
Em declarações à agência Lusa, o também presidente da Câmara de Santarém defendeu a constituição de equipas mistas da PSP e da Polícia Judiciária (PJ) "para uma acção de repressão muito forte" que ponha termo à sequência de homicídios.
"Isto já está a ultrapassar todos os limites", frisou Moita Flores, realçando "o nível de profissionalismo muito elevado" destes homicidas.
O criminalista sublinhou que se está em presença de um tipo de criminalidade "novo" em Portugal.
Moita Flores só vê uma ténue analogia destes crimes com os perpetrados pelas FP25 e alguns outros no quadro da exploração e tráfico de mulheres.
Segundo o criminologista, a investigação policial não deve limitar-se à averiguação dos homicídios mas também, e sobretudo, a toda a movimentação das organizações criminosas que os suportam.
Moita Flores recordou declarações proferidas, hoje mesmo, pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, que disse esperar a resolução destes casos "para breve".
"Espero bem que sim, mas as detenções têm de ser bem sustentadas em provas", alertou Moita Flores.
"É preferível que se demore um pouco mais, mas que se arranje boas provas para, de uma vez por tudo, começar a partir isto", acrescentou o criminalista.
Moita Flores diz que situação «ultrapassa
todos os limites» e pede repressão «muito forte»
O criminologista Moita Flores considerou hoje que os crimes associados à noite do Porto estão a ultrapassar "todos os limites" e reclamou uma acção de repressão "muito forte".
Em declarações à agência Lusa, o também presidente da Câmara de Santarém defendeu a constituição de equipas mistas da PSP e da Polícia Judiciária (PJ) "para uma acção de repressão muito forte" que ponha termo à sequência de homicídios.
"Isto já está a ultrapassar todos os limites", frisou Moita Flores, realçando "o nível de profissionalismo muito elevado" destes homicidas.
O criminalista sublinhou que se está em presença de um tipo de criminalidade "novo" em Portugal.
Moita Flores só vê uma ténue analogia destes crimes com os perpetrados pelas FP25 e alguns outros no quadro da exploração e tráfico de mulheres.
Segundo o criminologista, a investigação policial não deve limitar-se à averiguação dos homicídios mas também, e sobretudo, a toda a movimentação das organizações criminosas que os suportam.
Moita Flores recordou declarações proferidas, hoje mesmo, pelo director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, que disse esperar a resolução destes casos "para breve".
"Espero bem que sim, mas as detenções têm de ser bem sustentadas em provas", alertou Moita Flores.
"É preferível que se demore um pouco mais, mas que se arranje boas provas para, de uma vez por tudo, começar a partir isto", acrescentou o criminalista.
Descontos para o «Espaço Tenda»
O presidente da Junta de Freguesia de Ovar defende que a empresa concessionária do «Espaço Tenda» devia fazer preços especiais de acesso aos espectáculos para quem desfila nos corsos. A dificuldade, segundo parece, reside no facto de não haver actualmente identificação para quem desfila. Nada que não se contorne, não é?
(Foto do «Felizmente há luar»)
O presidente da Junta de Freguesia de Ovar defende que a empresa concessionária do «Espaço Tenda» devia fazer preços especiais de acesso aos espectáculos para quem desfila nos corsos. A dificuldade, segundo parece, reside no facto de não haver actualmente identificação para quem desfila. Nada que não se contorne, não é?
(Foto do «Felizmente há luar»)
Até o João Gobern se rende a um grande disco
"Eterna Juventude"
"Se alguém me dissesse, na última dúzia de anos, que ainda acabaria por me render a um album dos Duran Duran, confesso que desdenharia, divertido ou irritado, de tal profecia.E, no entanto, aí está "RED CARPET MASSACRE", capaz de me fazer recuar no preconceito de alinhar com a bandinha de Simon Le Bon &Cª, Desde o primeiro momento: "The Valley"parece colocada estrategicamente para recuperar a batida sensual e os retoques atmosféricos que ajudaram a implantar o grupo, no princípio dos anos 80, e o tema título,além da ironia, retoma a passada de"Wild Boys" e "Union of the snake".
Vem depois "Nite-Runner",já debaixo da alçada colaboradora( ou mais do que isso) de Timbaland e Justin Timberlake.
Pouco me importa que Simon le Bon possa soar como Nelly Furtado- a canção agarra aos primeiros acordes e não alarga o cerco.
O melhor está para vir: "Falling Down" é uma das melhores canções DO ANO, juntando-se á galeria das eleitas do grupo,um mid tempo soberbo como "Save a Prayer"ou Ordinary World". E, nem lhe falta um contraponto a fazer lembrar "Electrical Storn"dos U2.
Daí,em diante poderia adoptar-se a táctica de deixar correr o marfim,que o público já estaria conquistado.
Mas, os durões Duran, neste caso,até dançam e fazem dançar-aceitam o rap em "Skin Drivers",mergulham no som de Timbaland em "Tempted", mas não se esquecem da identidade que ainda transparece em "She is too much" e "Last Man Standing" apesar de alguns truques nos arranjos. No Conjunto, equivale a uma ressureição. E, como é sabido de outras histórias, não se ganha nada em adiar o respectivo reconhecimento. Quem diria,Duran?"
in «Correio da Manhã»
"Eterna Juventude"
"Se alguém me dissesse, na última dúzia de anos, que ainda acabaria por me render a um album dos Duran Duran, confesso que desdenharia, divertido ou irritado, de tal profecia.E, no entanto, aí está "RED CARPET MASSACRE", capaz de me fazer recuar no preconceito de alinhar com a bandinha de Simon Le Bon &Cª, Desde o primeiro momento: "The Valley"parece colocada estrategicamente para recuperar a batida sensual e os retoques atmosféricos que ajudaram a implantar o grupo, no princípio dos anos 80, e o tema título,além da ironia, retoma a passada de"Wild Boys" e "Union of the snake".
Vem depois "Nite-Runner",já debaixo da alçada colaboradora( ou mais do que isso) de Timbaland e Justin Timberlake.
Pouco me importa que Simon le Bon possa soar como Nelly Furtado- a canção agarra aos primeiros acordes e não alarga o cerco.
O melhor está para vir: "Falling Down" é uma das melhores canções DO ANO, juntando-se á galeria das eleitas do grupo,um mid tempo soberbo como "Save a Prayer"ou Ordinary World". E, nem lhe falta um contraponto a fazer lembrar "Electrical Storn"dos U2.
Daí,em diante poderia adoptar-se a táctica de deixar correr o marfim,que o público já estaria conquistado.
Mas, os durões Duran, neste caso,até dançam e fazem dançar-aceitam o rap em "Skin Drivers",mergulham no som de Timbaland em "Tempted", mas não se esquecem da identidade que ainda transparece em "She is too much" e "Last Man Standing" apesar de alguns truques nos arranjos. No Conjunto, equivale a uma ressureição. E, como é sabido de outras histórias, não se ganha nada em adiar o respectivo reconhecimento. Quem diria,Duran?"
in «Correio da Manhã»
segunda-feira, dezembro 10, 2007
«Essential Eighties»: Memorável
A festa da Fénix do último sábado foi o que prometeramos: Memorável. Mas não foi só por causa da música, que essa é do melhor quilate. Desta vez a surpresa que tínhamos reservada foi a revelação de um novo «Light-Jockey». A sensação foi tal que não sabemos se o vamos conseguir «segurar» por muito tempo, pois as propostas «chovem» de vários pontos do país. Vai, vai e sê feliz...
De repente, toda a gente diz bem destes...
Duran Duran: pop + pop
O teledisco de Falling Down, dos Duran Duran, já aqui mereceu o devido destaque. As suas imagens são o pretexto para uma nova reflexão sobre as iconografias pop — texto publicado no Diário de Notícias (25 Nov.), com o título 'Reinvenções pop segundo os Duran Duran'.
Em 1981, a canção Girls on Film foi uma peça decisiva na afirmação dos Duran Duran. Era o terceiro single do álbum de estreia da banda, intitulado apenas Duran Duran, e tornou-se objecto de generalizada polémica por causa do respectivo teledisco, dirigido pela dupla Godley & Creme (Kevin Godley e Lol Creme): a MTV passou-o em versão amputada e a BBC baniu-o dos seus canais.
O teledisco propunha uma deliciosa paródia visual que colocava os Duran Duran num cenário onde se cruzavam lutadores do “sumo” japonês com uma galeria de modelos que, por assim dizer, desafiavam a força dos corpos masculinos com os argumentos próprios das suas poses. Com mais ou menos interdições, Girls on Film acabaria por conquistar um lugar emblemático na história dos clips musicais, vindo mesmo a arrebatar, em 1984, um Grammy para o melhor video/versão curta, atribuído à edição conjunta de Girls on Film e Hungry Like the Wolf (do álbum Rio, de 1982); foi, aliás, a primeira vez que tal categoria surgiu no gigantesco palmarés anual dos Grammy.
Passados 26 anos, os Duran Duran decidiram revisitar as suas próprias memórias com o teledisco de Falling Down (do novo álbum Red Carpet Massacre), magnífico exercício de uma pop cristalina que, como se prova, não menospreza as suas raízes figurativas. Dirigido por Anthony Mandler, Falling Down revisita o universo da moda, tendo como cenário uma clínica para super-modelos, com os Duran Duran a tocar numa das suas salas e o vocalista Simon Le Bon, em impecável fato branco, a assumir a personagem de director da clínica.
Curiosamente, o teledisco vai buscar a sua inspiração mais próxima a um trabalho fotográfico: o fabuloso portfolio que Steven Meisel publicou na edição do passado mês de Julho da Vogue italiana. Chamava-se “Super Mods Enter Rehab” e, como o título sugere, colocava um conjunto de modelos nos espaços de uma clínica de desintoxicação das mais variadas formas de dependência. As imagens de Meisel oscilavam entre um realismo cru, muito físico, e um sentido de efabulação poética centrado nas tragédias mais íntimas dos corpos. Agora, Falling Down propõe-nos uma reinvenção algo irónica e distanciada das imagens de Meisel, explorando todas as potencialidades do teledisco como formato, não apenas de “ilustração” da música, mas também de criação de pequenas ficções de vocação mais ou menos simbólica.
A história iconográfica da pop faz-se destas interacções e, sobretudo, desta capacidade de expor a sedução e também as contradições das imagens do nosso próprio presente. Falling Down confronta-nos com a coexistência perversa das canções com o imaginário da moda, num jogo de atracção e repulsa que a música, de uma só vez, celebra e relativiza. Que seja uma banda veterana a relançar tal vocação, eis o que merece ser sublinhado, quanto mais não seja para resistirmos às muitas “revoluções” inócuas que todos os dias nos são vendidas em nome de uma visão simplista da “juventude”. E porque estas coisas nunca são indiferentes, importa também acrescentar que Meisel, o fotógrafo inspirador dos Duran Duran, é autor das imagens de um outro momento vital da história da iconografia pop: o livro Sex (1992), de Madonna.
(João Lopes in «sound and vision»)
Volei do Aliança em destaque na RTP Açores
O resultado não foi o desejado, mas aqui fica o registo. Mais aqui.
O resultado não foi o desejado, mas aqui fica o registo. Mais aqui.
sábado, dezembro 08, 2007
A Ria de Aveiro... ou de Ovar
como muitos ainda chamam
Mil anos passaram e tanto Ovar como Aveiro deixaram de tocar as fímbrias das ondas… Segundo Manuel Silva, docente da Universidade de Aveiro, “no tempo dos Romanos isto era uma espécie de enseada aberta”.
O tempo passou e nasceu a ria de Aveiro «que se estende por cerca de 48Km de comprimento, e uma largura máxima de 11Km, no sentido Este – Oeste.» Dos 11000ha que abraça, 6000ha estão permanentemente alagados e desdobra-se em quatro principais canais ramificados em esteiros «qq ue circundam um sem número de ilhas e ilhotes» como citou o Vereador da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Capão Filipe.
Esta região, rica em tradições, possuindo um enorme património natural tem vindo a crescer devido ao investimento feito pela Câmara Municipal no nno que diz respeito ao turismo como destacou Luís Capão Filipe: «A Ria é sem dúvida, um grande factor de diferenciação que distingue a região doutros destinos nacionais e até internacionais. Não só a laguna enquanto elemento natural mas também todo o património cultural, natural, etnográfico, arquitectónico e geológico a ela ligado.»
História de Vida
As suas tradições são únicas no país e a forma como ela submerge e se deita sobre a cidade faz com que esta seja conhecida como a Veneza de Portugal.
Após ser questionado acerca das tradições da Ria Vereador da Câmara Municipal respondeu «desde sempre as populações ribeirinhas da região de Aveiro procuraram na Ria um meio de garantir a sua sobrevivência: a apanha do moliço, a pesca, a actividade salícola, a construção naval na própria Ria, são disso exemplo. Devido à sua especificidade e ao facto de serem características apenas desta região, tornaram-se tradicionais e típicas desta zona.» Uma das tradições mais relevantes era feita a bordos dos barcos moliceiros, «usando ancinhos de ferro que arrancavam o moliço desta laguna. Em seguida o moliço, conhecido pela maior parte dos portugueses por “lodo”, era estendido em eiras à magnífica luz do sol que banha esta região para secar e seguidamente ser vendido aos lavradores para regular a acidez dos solos e para fertilizar as terras arenosas de Aveiro.»
Para muitos dos moliceiros esta tradição começou a perder-se devido à força da corrente mexer com as areias fazendo com que não haja moliço. Esta força começou a aumentar com as obras do porto de abrigo, que arrastaram as algas da nossa Ria” como nos citou o Sr. M Mota, pescador da Ria de Aveiro.
De acordo com o Sr. José Augusto, os barcos moliceiros «neste momento servem apenas para as regatas que se realizam na região. Os custos para manter um barco destes são muito elevados. Questionado sobre possíveis apoios das autarquias responde-nos que: “ninguém apoia os moliceiros! Nós acabamos por desistir. Se eu quiser sair com o barco e levar uns amigos e a família para fazer um piquenique na Ria, eles não me deixam tirar o barco do porto. Só posso ir eu e o meu camarada, que somos matriculados.”
No entanto, o vereador da Câmara Municipal de Aveiro conta-nos uma história diferente. “Tem-se verificado um esforço, por parte da autarquia local, para procurar dar resposta a questões no âmbito da preservação e promoção da Ria de Aveiro, bem como, como do moliceiro e do moliceiro através de vários fundos doados a associações da região.”
O que se constata realmente é que a actividade está parada porque não existe moliço na ria e este foi substituído por químicos, dando assim razão a este último.
Meio de Sobrevivência
As espécies de peixes, moluscos e mariscos presente nas águas da laguna são de elevado valor comercial e por isso meio de sobrevivência da população ribeirinha deste município.
Estas espécies pescadas segundo os pescadores são: a lampreia, o choco, o linguado, o berbigão, o mexilhão, a enguia, a amêijoa e as enxovas.
O mundo da pesca nesta região, como narrou o Sr. Mota “já esteve bem melhor. Desde que vieram fundear a Ria e que em vez de retirarem a lama a deixaram ficar a ria ficou estragada”
Outra perspectiva apresentada é que este é o meio de sobrevivência “…de muita malta. Antes era mais a malta idosa que estava por aqui. Os mais jovens começaram no bacalhau, e chegavam aos 39, 40 anos e já não queriam andar no mar pelo que nos agarrávamos à Ria. Agora, que os navios do bacalhau e as fábricas estão a fechar, isto passou a ser o meio de sobrevivência de muita gente!” – explicou o Sr. José Augusto.
Para Luís Capão Filipe “A Ria, com todas as suas características, permitiu ao homem, desde cedo, tirar proveito do que esta lhe oferecia, não só para garantir a sua sobrevivência, mas também como forma de lazer e diversão.”
As Suas Pérolas
Existem vários ecossistemas de referência nesta região, entre eles, as Dunas de S. Jacinto e o Percurso Bioria, ou de Salreu.
Questionadas as duas partes só o Percurso de Salreu se prontificou a responder às questões propostas.
De acordo com o Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, Manuel Marques “este percurso foi publicitado pela Câmara Municipal de Estarreja, que colocou, ao longo de todo o itinerário, painéis que explicam aspectos deste ecossistema. O que é hoje conhecido como o Percurso de Salreu, trata-se de um caminho rural e que dá uma volta de, aproximadamente, 8 km por uma área conhecida como o Baixo Vouga Lagunar. É um itinerário completamente plano que passa por zonas denominadas sapal e paul. A palavra sapal vem de sapo, espécie que proporciona uma harmoniosa melodia que nos envolve durante todo o percurso e que sofre influência directa das marés. Paul é toda a zona que está permanentemente submersa e que não sofre influência das marés. Muitas das vezes é abrigada por caniços que bailam ao vento”
Relativamente às espécies que habitam esta região temos as animais e vegetais predominantemente de zonas húmidas “ como por exemplo: o arroz, o salgueiro, o amieiro e as acácias. Relativamente às espécies animais existem a cegonha branca, os patos, marrequinhas , garças, gaivotas e depois há duas ou três espécies de aves de rapina como águia de asa redonda e principalmente a águia sapeira. Por fim, há as que se encontram em vias de extinção que é o caso do pimpão, o bigueirão, as enguias e ainda as espécies típicas da região como a vaca marinhoua e os cavalos” C
como disse Manuel Marques
Este termina dizendo: “A Ria é muito linda! Isto é acima de tudo uma região que nós nos habituamos a amar!”
O Suposto Final
Quando todos pensavam que ela não sobreviveria, após tantos ataques externos com produtos tóxicos, a Ria teve uma força inalcançável que a fez renascer das cinzas, com o auxílio dos seus fãs e sempre apoiantes.
“Alguns dos principais poluentes da região são os pesticidas usados na agricultura e as unidades industriais que lançavam aqui, de forma selvagem, os seus afluentes, desde aqueles mais exuberantes lançados pela fábrica de papel de Cacia, até aos mais escondidos, mas muito mais poluentes, como o caso do mercúrio lançado na Ria pelo complexo químico de Estarreja.” Citou o professor.
Nasceu, então, a SIMRIA (Saneamento Integrado dos Municípios da Ria) “com o objectivo de satisfazer as necessidades de recolha, tratamento e rejeição dos efluentes domésticos e industriais pertencentes ao Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro, promovendo a requalificação ambiental da sua zona de abrangência, nomeadamente, dos ecossistemas da Ria de Aveiro e Barrinha de Esmoriz, num quadro de sustentabilidade económica, financeira, técnica e social” como afirmou o engenheiro Jorge Cunha director da SIMRIA.
Este projecto dividiu-se em “… três fases distintas, de maneira a socorrer os 11 municípios que abrangem: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Espinho, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar e Vagos” explica o engenheiro e “Assim, e em virtude da actividade da SIMRIA são, hoje, bem visíveis os benefícios ao nível da qualidade da água da Ria de Aveiro.”
No entanto “esta zona, como todos sabemos, possui cotas muito baixas e se se continuar a verificar a subida do nível das águas do mar, como resultado das alterações climáticas, é natural que daqui a alguns anos esse aumento venha a submergir uma parte da Ria de Aveiro ” como narrou o professor Manuel Marques. Sendo assim este pesadelo pode tornar-se realidade mas “…só daqui a muitos anos…” citou.
Joana Sousa in «O Poder do Jornalismo»
como muitos ainda chamam
Mil anos passaram e tanto Ovar como Aveiro deixaram de tocar as fímbrias das ondas… Segundo Manuel Silva, docente da Universidade de Aveiro, “no tempo dos Romanos isto era uma espécie de enseada aberta”.
O tempo passou e nasceu a ria de Aveiro «que se estende por cerca de 48Km de comprimento, e uma largura máxima de 11Km, no sentido Este – Oeste.» Dos 11000ha que abraça, 6000ha estão permanentemente alagados e desdobra-se em quatro principais canais ramificados em esteiros «qq ue circundam um sem número de ilhas e ilhotes» como citou o Vereador da Câmara Municipal de Aveiro, Luís Capão Filipe.
Esta região, rica em tradições, possuindo um enorme património natural tem vindo a crescer devido ao investimento feito pela Câmara Municipal no nno que diz respeito ao turismo como destacou Luís Capão Filipe: «A Ria é sem dúvida, um grande factor de diferenciação que distingue a região doutros destinos nacionais e até internacionais. Não só a laguna enquanto elemento natural mas também todo o património cultural, natural, etnográfico, arquitectónico e geológico a ela ligado.»
História de Vida
As suas tradições são únicas no país e a forma como ela submerge e se deita sobre a cidade faz com que esta seja conhecida como a Veneza de Portugal.
Após ser questionado acerca das tradições da Ria Vereador da Câmara Municipal respondeu «desde sempre as populações ribeirinhas da região de Aveiro procuraram na Ria um meio de garantir a sua sobrevivência: a apanha do moliço, a pesca, a actividade salícola, a construção naval na própria Ria, são disso exemplo. Devido à sua especificidade e ao facto de serem características apenas desta região, tornaram-se tradicionais e típicas desta zona.» Uma das tradições mais relevantes era feita a bordos dos barcos moliceiros, «usando ancinhos de ferro que arrancavam o moliço desta laguna. Em seguida o moliço, conhecido pela maior parte dos portugueses por “lodo”, era estendido em eiras à magnífica luz do sol que banha esta região para secar e seguidamente ser vendido aos lavradores para regular a acidez dos solos e para fertilizar as terras arenosas de Aveiro.»
Para muitos dos moliceiros esta tradição começou a perder-se devido à força da corrente mexer com as areias fazendo com que não haja moliço. Esta força começou a aumentar com as obras do porto de abrigo, que arrastaram as algas da nossa Ria” como nos citou o Sr. M Mota, pescador da Ria de Aveiro.
De acordo com o Sr. José Augusto, os barcos moliceiros «neste momento servem apenas para as regatas que se realizam na região. Os custos para manter um barco destes são muito elevados. Questionado sobre possíveis apoios das autarquias responde-nos que: “ninguém apoia os moliceiros! Nós acabamos por desistir. Se eu quiser sair com o barco e levar uns amigos e a família para fazer um piquenique na Ria, eles não me deixam tirar o barco do porto. Só posso ir eu e o meu camarada, que somos matriculados.”
No entanto, o vereador da Câmara Municipal de Aveiro conta-nos uma história diferente. “Tem-se verificado um esforço, por parte da autarquia local, para procurar dar resposta a questões no âmbito da preservação e promoção da Ria de Aveiro, bem como, como do moliceiro e do moliceiro através de vários fundos doados a associações da região.”
O que se constata realmente é que a actividade está parada porque não existe moliço na ria e este foi substituído por químicos, dando assim razão a este último.
Meio de Sobrevivência
As espécies de peixes, moluscos e mariscos presente nas águas da laguna são de elevado valor comercial e por isso meio de sobrevivência da população ribeirinha deste município.
Estas espécies pescadas segundo os pescadores são: a lampreia, o choco, o linguado, o berbigão, o mexilhão, a enguia, a amêijoa e as enxovas.
O mundo da pesca nesta região, como narrou o Sr. Mota “já esteve bem melhor. Desde que vieram fundear a Ria e que em vez de retirarem a lama a deixaram ficar a ria ficou estragada”
Outra perspectiva apresentada é que este é o meio de sobrevivência “…de muita malta. Antes era mais a malta idosa que estava por aqui. Os mais jovens começaram no bacalhau, e chegavam aos 39, 40 anos e já não queriam andar no mar pelo que nos agarrávamos à Ria. Agora, que os navios do bacalhau e as fábricas estão a fechar, isto passou a ser o meio de sobrevivência de muita gente!” – explicou o Sr. José Augusto.
Para Luís Capão Filipe “A Ria, com todas as suas características, permitiu ao homem, desde cedo, tirar proveito do que esta lhe oferecia, não só para garantir a sua sobrevivência, mas também como forma de lazer e diversão.”
As Suas Pérolas
Existem vários ecossistemas de referência nesta região, entre eles, as Dunas de S. Jacinto e o Percurso Bioria, ou de Salreu.
Questionadas as duas partes só o Percurso de Salreu se prontificou a responder às questões propostas.
De acordo com o Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, Manuel Marques “este percurso foi publicitado pela Câmara Municipal de Estarreja, que colocou, ao longo de todo o itinerário, painéis que explicam aspectos deste ecossistema. O que é hoje conhecido como o Percurso de Salreu, trata-se de um caminho rural e que dá uma volta de, aproximadamente, 8 km por uma área conhecida como o Baixo Vouga Lagunar. É um itinerário completamente plano que passa por zonas denominadas sapal e paul. A palavra sapal vem de sapo, espécie que proporciona uma harmoniosa melodia que nos envolve durante todo o percurso e que sofre influência directa das marés. Paul é toda a zona que está permanentemente submersa e que não sofre influência das marés. Muitas das vezes é abrigada por caniços que bailam ao vento”
Relativamente às espécies que habitam esta região temos as animais e vegetais predominantemente de zonas húmidas “ como por exemplo: o arroz, o salgueiro, o amieiro e as acácias. Relativamente às espécies animais existem a cegonha branca, os patos, marrequinhas , garças, gaivotas e depois há duas ou três espécies de aves de rapina como águia de asa redonda e principalmente a águia sapeira. Por fim, há as que se encontram em vias de extinção que é o caso do pimpão, o bigueirão, as enguias e ainda as espécies típicas da região como a vaca marinhoua e os cavalos” C
como disse Manuel Marques
Este termina dizendo: “A Ria é muito linda! Isto é acima de tudo uma região que nós nos habituamos a amar!”
O Suposto Final
Quando todos pensavam que ela não sobreviveria, após tantos ataques externos com produtos tóxicos, a Ria teve uma força inalcançável que a fez renascer das cinzas, com o auxílio dos seus fãs e sempre apoiantes.
“Alguns dos principais poluentes da região são os pesticidas usados na agricultura e as unidades industriais que lançavam aqui, de forma selvagem, os seus afluentes, desde aqueles mais exuberantes lançados pela fábrica de papel de Cacia, até aos mais escondidos, mas muito mais poluentes, como o caso do mercúrio lançado na Ria pelo complexo químico de Estarreja.” Citou o professor.
Nasceu, então, a SIMRIA (Saneamento Integrado dos Municípios da Ria) “com o objectivo de satisfazer as necessidades de recolha, tratamento e rejeição dos efluentes domésticos e industriais pertencentes ao Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro, promovendo a requalificação ambiental da sua zona de abrangência, nomeadamente, dos ecossistemas da Ria de Aveiro e Barrinha de Esmoriz, num quadro de sustentabilidade económica, financeira, técnica e social” como afirmou o engenheiro Jorge Cunha director da SIMRIA.
Este projecto dividiu-se em “… três fases distintas, de maneira a socorrer os 11 municípios que abrangem: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Espinho, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar e Vagos” explica o engenheiro e “Assim, e em virtude da actividade da SIMRIA são, hoje, bem visíveis os benefícios ao nível da qualidade da água da Ria de Aveiro.”
No entanto “esta zona, como todos sabemos, possui cotas muito baixas e se se continuar a verificar a subida do nível das águas do mar, como resultado das alterações climáticas, é natural que daqui a alguns anos esse aumento venha a submergir uma parte da Ria de Aveiro ” como narrou o professor Manuel Marques. Sendo assim este pesadelo pode tornar-se realidade mas “…só daqui a muitos anos…” citou.
Joana Sousa in «O Poder do Jornalismo»
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