sexta-feira, março 31, 2006

Certificação do Pão-de-ló
divide fabricantes de Ovar


A certificação do pão-de-ló de Ovar, bolo húmido e fofo, que terá nascido em 1700 num convento que existia nas imediações da cidade, é um objectivo que mora há já algum tempo nos paços do concelho. Depois de algumas diligências sem resultados práticos, a câmara janta esta noite com a maioria das cerca de três dezenas de fabricantes do doce emblemático e exclusivo, confeccionado com ovos, açúcar e farinha de trigo.
A vereadora da Cultura, Conceição Vasconcelos, explica qual a intenção do encontro: "A certificação é importante para que haja a valorização e diferenciação do produto. Para que não ande todo o mundo a fazer o pão-de-ló sem respeitar as regras". A Câmara de Ovar pretende, desta forma, iniciar o processo. Nesse sentido, falou com entendidos na matéria, ou seja, a Associação Produtora de Ovos-Moles de Aveiro (APOMA) e que hoje estará presente no encontro para dar o seu testemunho, para saber o que fazer.
Conceição Vasconcelos acredita que grande parte dos produtores do pão-de-ló está sensibilizada para o assunto. "Ninguém revelará segredo nenhum. Será feito um caderno de especificações do produto e os fabricantes terão de obedecer a determinados critérios", refere.

"Não quero vender em grandes superfícies"

Luís Duarte é o mais antigo fabricante do pão-de-ló de Ovar. A receita anda na família desde 1800. "Tenho a patente registada, clientes específicos e não quero vender em grandes superfícies", garante. A certificação do doce que patenteou em 1950 não faz parte dos seus planos. E há uma razão para isso, com documentos à mistura. O produtor recorda que, há sensivelmente 10 anos, pediu a certificação do doce vareiro ao ministério respectivo. "Disseram-me para retirar o pedido e enumeraram os inconvenientes", lembra. Foi o que fez. O principal inconveniente apontado, e que até hoje Luís Duarte tem em consideração, foi de que a receita tinha de ser dada com todos os pormenores e, desta forma, os ingredientes e a própria confecção se tornariam públicos na Europa. "Dessa forma, a União Europeia podia fazer o pão-de-ló de Ovar", concretiza.
O fabricante defende que o doce típico deve ser vendido apenas na cidade de Ovar. "Se quiser comer leitão, com as suas características, vou à Bairrada", compara. Luís Duarte tem sérias dúvidas de que a certificação possa travar a proliferação de cópias do doce típico de Ovar em vários locais, como nas lojas de conveniência dos postos de abastecimento de combustível. "Publicita-se a venda do pão-de-ló nas janelas e portas, de produtos fabricados em garagens", lamenta. "A minha posição será esta até que me demonstrem o contrário", confessa.
Diferente é a posição de Alda Almeida, que fabrica pão-de-ló há seis anos e está a favor da certificação. "Traz vantagens a quem vende e principalmente a quem compra". Na sua opinião, é essencial "garantir a qualidade do produto": "Certificada a receita, temos de a respeitar", acrescenta. A fabricante desconfia do pão-de-ló que é vendido em confeitarias do Porto e tem dúvidas sobre o doce que encontra nas prateleiras dos hipermercados. Nesse sentido, a certificação tem as suas vantagens. Põe um travão "às pessoas que vendem e não pagam os seus impostos e ajuda os comerciantes de porta aberta".

"As cópias não são bem digeridas"

Paulo Paciência entende que é importante garantir as características e a genuinidade do pão-de-ló de Ovar. "É importante garantir a qualidade do produto e não deixar fugir as características que tão bom nome lhe deram", defende o fabricante, que comercializa o pão-de-ló há oito anos. E se o processo avançar, o produtor acredita que o doce não será visto "com tanta facilidade" fora de Ovar. "As cópias não são bem digeridas. Há gente que fica com uma má impressão e, se calhar, nunca chegou a provar o verdadeiro pão-de-ló", aponta. («Público»)

quinta-feira, março 30, 2006

Conclusões da reunião do MPCO com Grupos de Carnaval

Na reunião realizada no passado dia 24 de Março de 2006 pelas 21h30 na sede do grupo de Passerelle “As Palhacinhas”, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
Definição do método a utilizar para a escolha dos representantes dos Grupos e Escolas, no Conselho de Administração, no Conselho Consultivo e no Conselho Fiscal, conforme prevêem os novos Estatutos.

Outros assuntos que se julguem de interesse para o Carnaval de Ovar.

Estiveram presentes os seguintes Grupos e Escolas:
Bailarinos, Barulhentas, Catitas, Condores, Costa de Prata, Garimpeiros, Hippies, Joanas do Arco-da-velha, Levados do Diabo, Marados, Palhacinhas, Pierrots, Pinguins, Preto no Branco, Xaxas e Zuzucas.

Apesar de todos os Grupos terem sido devidamente convocados através de Carta, faltaram a esta reunião os seguintes Grupos e Escolas:
Charanguinha, Juventude Vareira, Kan-Kans, Melindrosas, Marroquinos, Vampiros, Pindéricus, Não Precisa, Carrucas e Axu-Mal.

Após o MPCO ter aguardado cerca de 30 minutos à hora inicialmente prevista, deu inicio à reunião, tendo sido feita a apresentação do tema e ter-se aberto o debate e discussão onde foram alertadas e discutidas todas as questões, julgadas pertinentes, inclusive o facto de existir um lamento colectivo, por nem todos os Grupos e Escolas estarem a participar neste momento de decisões tão importantes para todos e para o futuro do nosso Carnaval.

Assim no final da discussão decidiu-se por unanimidade o seguinte:

Escolha dos oito elementos para o Conselho Consultivo:

Esta escolha será efectuada por eleição parcelar da seguinte forma representativa:
2 Elementos eleitos pelas Escolas
2 Elementos eleitos pelos Grupos de Passerelle
4 Elementos eleitos pelos Grupos Carnavalescos

Assim cada Grupo e Escola, contacta as pessoas que julguem com o perfil adequado para estas funções, e após aceitação destas, apresenta no máximo 2 NOMES, acompanhado de uma foto e pequena apresentação curricular, ao MPCO no dia 10 de Abril, 2.ª Feira, pelas 21h30, na sede das Palhacinhas.

O MPCO, até ao dia 13 de Abril, faz chegar a todos os Grupos e Escolas as listas e boletins de votos, para que estes procedam à votação.
Grupos Carnavalescos – 5 pessoas
Grupos Passerelle – 3 pessoas
Escolas Samba – 3 pessoas

No dia 26 de Abril, entre as 21h e as 22h30, os representantes de cada Grupo e Escola, depositam o voto do seu Grupo/Escola na Urna de voto. Posteriormente serão contabilizados os votos e serão eleitas, parcialmente, as pessoas com maior número de votos, ou seja, 2 pelas Escolas, 2 pelos Grupos de Passarele e 4 pelos Grupos Carnavalescos. Em caso de empate o desempate será decidido parcelarmente, pelos delegados dos Grupos/Escolas presentes, face ao curriculum e apetências das pessoas em causa.
Ficou também decidido que os Grupos, Preto no Branco e Axu-mal, não nomeassem pessoas nem votassem para este órgão pelo facto de serem participantes extra classificação e porque não se enquadram em nenhuma das categorias existentes.


Escolha dos 2 elementos para o Conselho de Administração:

Esta Escolha será efectuada por eleição unificada.
Por se tratar de cargos de grande responsabilidade, julgou-se ser utópico a apresentação de vários nomes pelos grupos e Escolas, pois ninguém acredita que existam tantas pessoas disponíveis, e com competências para o desempenho destas funções. Assim cada Grupo / Escola, e caso pretenda, indicará apenas um nome, também comunicado ao MPCO no dia 10 de Abril, 2.ª Feira, pelas 21h30, na sede das Palhacinhas.
O MPCO, disponibilizou-se para ajudar os Grupos e Escolas, que pretendam, na abordagem e correspondente convite a efectuar às pessoas para pertencerem a este órgão.

O MPCO, até ao dia 13 de Abril, faz chegar a todos os Grupos e Escolas, (incluindo nesta indicação e votação os Preto no Branco e os Axu-Mal), as listas e boletins de votos, para que cada Grupo e Escola votem em 2 pessoas.

No dia 26 de Abril, entre as 21h e as 22h30, os representantes de cada Grupo e Escola, depositam o voto do seu Grupo / Escola na Urna de voto. Posteriormente serão contabilizados os votos e serão eleitas, as 2 pessoas com maior número de votos. Em caso de empate o desempate será decidido, pelos delegados dos Grupos e Escolas presentes, face ao curriculum e apetências das pessoas em causa.


Escolha do elemento para o Conselho Fiscal:

Face á recente Escolha, por unanimidade, do elemento representante dos Grupos/Escolas para este órgão da actual FCO, (Fernando Camelo dos Catitas) foi decidido por unanimidade, após aceitação do mesmo, a reeleição do mesmo pra a futura orgânica da Fundação.
_________________
MPCO - Movimento Pró-Carnaval de Ovar
(Com a devida vénia, daqui)
Rhodes e Taylor criam antologia 'late 70's'

Nick Rhodes e John Taylor prepararam uma compilação, a editar depois de amanhã, que tenta recordar o espírito pioneiro original de finais de 70 e inícios de 80, quando os Duran Duran surgiram e ambos, para ganhar alguns trocos, trabalhavam como DJ no Rum Runner, em Birmingham. Segundo Nick Rhodes, a compilação vai apresentar canções de artistas que o influenciaram, sobretudo, como músico. O disco chamar-se-á «Only After Dark» (título de um tema de Mick Ronson, de que os Human League gravaram uma versão em Travelogue) e será editado em conjunto com uma segunda edição do livro de fotografias de Paul Edmond, Duran Duran Unseen – 1978-1982, que recorda o grupo nesses primeiros dias, assim como o ambiente das noites por onde aflorava o movimento neo-romântico.

O alinhamento completo de Only After Dark inclui:
The Human League “Being Boiled”
Yellow Magic Orchestra “Computer Game”
David Bowie “Always Crashing In The Same Car”
Psychedelic Furs “Sister Europe”
Simple Minds “Changeling”
Mick Ronson “Only After Dark”
John Foxx “Underpass”
The Normal “Warm Leatherette”
Bryan Ferry “In Crowd”
Brian Eno “The Tree Wheel”
Tubeway Army “Are Friends Electric?”
Kraftwerk “The Robots”
Donna Summer “I Feel Love”
Wire “I Am The Fly”
Magazine “Shot By Both Sides”
Grace Jones “Private Life”
Iggy Pop “The Passenger”
Ultravox “Slow Motion”
O Segredo do «Código Da Vinci»



quarta-feira, março 29, 2006

Carlos Brás, em entrevista a «O Jogo»
"Os sócios só pensam nas contas"

A Direcção da Ovarense terá de arranjar 9.700 euros para liquidar os prémios dos seguros do plantel deste mês, caso contrário a equipa fica impedida de competir na Liga de Honra. O presidente Carlos Brás ainda não tem soluções, nem vislumbra um desfecho positivo para um clube que sobrevive com as parcas receitas de bilheteira e das quotas.

O JOGO | Que explicações deu aos jogadores e equipa técnica em relação à possibilidade de não conseguir liquidar os prémios dos seguros até sexta-feira?
CARLOS BRÁS | Contei-lhes o que se passou na Assembleia Geral do passado sábado e a situação que se gerou ante a impossibilidade de criar uma comissão de apoio à Direcção. Agora tudo ficou mais complicado, ao ponto de ponderar a hipótese de deixar a gestão corrente do clube.

P | Mas essa atitude não resolve a questão dos seguros e muito menos garante a continuidade da equipa na prova...
R | Pois... apenas prometi que iria fazer todos os esforços para resolver o problema. O plantel não se manifestou, conversando depois com o técnico Tulipa. Estou consciente que é difícil, para quem não recebe, lidar com esta situação, mas a culpa é dos sócios. Para mim a responsabilidade de ficarmos impedidos de competir será sempre deles, que não quiseram credibilizar a Direcção, negando a formação de uma Comissão Administrativa comigo e com Álvaro Teixeira. Isto porque a construtora Abrantina só avançará com o desenvolvimento do projecto imobiliário connosco.

P | Qualquer construtora deverá estar interessada neste projecto, mesmo com uma nova Direcção?...
R | Isso é verdade, mas nessa altura já será tarde, pois precisamos de dinheiro agora.

P | De que forma a tal comissão poderia dar o impulso necessário à Direcção?
R | Dar-nos-ia mais força de decisão, uma vez que estamos apenas em gestão corrente, o que nos impede de executar o projecto com a Abrantina. Só precisávamos de 15 dias para termos dinheiro para os seguros e para pagar três meses de salários em atraso. Mas os sócios preocuparam-se apenas com as contas...

P | Mas os sócios têm direito a exigir o Relatório e Contas...
R | Se Manuel Miranda, ex-presidente, considerava que 200 mil euros chegavam para manter a equipa na prova, então bastava que os sócios fizessem as contas...

P | Ninguém consegue avaliar a gestão de um clube assim, sobretudo quando também está em causa uma dívida de 6,7 milhões de euros à Caixa de Crédito Agrícola!
R | Não se trata de uma dívida, mas sim de uma conta onde eram depositados os empréstimos de particulares ao clube. E não sabemos por que razão o banco reclama esse dinheiro, quando em conta havia somente 1,89 milhões de euros.

P | Essa verba não incluirá as penalizações exigidas pelo banco em tribunal?
R | Sim, sim... Estamos já a trabalhar na contestação do processo, pois fomos notificados no dia 20. Mas continuamos a não perceber onde foram buscar tanto dinheiro, que dizem terem disponibilizado ao clube numa conta movimentada por Manuel Miranda.

P | Como conseguem fazer face às despesas correntes, se não há liquidez de caixa?
R | Através das receitas dos jogos e das quotas dos sócios. E desse valor ainda conseguimos uns bocadinhos para pagar os salários.

P | Mas não existem penhoras às receitas?
R | Existem, só que contornamos essa questão.
Casa Pia
Estado condenado a pagar 2 milhões
às vítimas de abuso sexual


O Estado foi condenado por um Tribunal Arbitral a pagar mais de dois milhões de euros de indemnizações a 44 vítimas de abusos sexuais da Casa Pia de Lisboa, noticia hoje a imprensa.
De acordo com o Diário de Notícias, trinta e nove vítimas vão receber, individualmente, 50 mil euros (a indemnização máxima estabelecida pelo Governo) e as outras cinco 25 mil euros.
A decisão foi tomada terça-feira pelo Tribunal Arbitral para as Vítimas de Abuso Sexual da Casa Pia - criado em 29 de Junho por decisão dos ministérios da Segurança Social, Finanças e Justiça.
Os juízes deram como provado que os jovens foram abusados sexualmente e que muitos desses abusos ocorreram por negligência dos responsáveis da instituição pública de ensino, escreve o DN.
Segundo o Correio da Manhã, entre as cerca de 50 vítimas que recorreram à comissão arbitral estão os ofendidos do megaprocesso Casa Pia, a decorrer no Tribunal Militar, e os queixosos dos casos autónomos dos ex-funcionários João Beselga e António Sanches.
Os três árbitros - o juiz Quirino Soares, o advogado António Maria Pereira e o médico Duarte Nuno Vieira - decidiram indemnizar em 25 mil euros os dois irmãos casapianos do processo de pedofilia do Parque Eduardo VII, que teve como principal arguido Pedro Inverno, condenado a 19 anos de cadeia.
O juiz Quirino Soares disse ao Correio da Manhã que das 50 petições recebidas, três foram rejeitadas, duas improcedentes, cinco julgadas parcialmente e 40 tiveram total provimento (50 mil euros).
O CM avança ainda que a decisão do Tribunal Arbitral é irrecorrível e independente dos processos judiciais em curso.
Por seu turno, o Diário de Notícias refere que com esta decisão, as vítimas ficam obrigadas a abdicar de interpor qualquer outra acção indemnizatória contra o Estado, mesmo que provando-se, em julgamento, que houve abusos sexuais e que os mesmos foram perpetrados por negligência dos responsáveis da Casa Pia.
Um dos juízes do tribunal arbitral, António Maria Pereira, disse ao DN que "segundo a jurisprudência, ninguém pode ser condenado duas vezes pelos mesmos factos".
Ana Vieira da Silva, a advogada que representou as vítimas da Casa Pia no Tribunal Arbitral, disse ao CM estar "muito satisfeita com a decisão".
"Independentemente dos números, o importante é que ficou inequivocamente provada a vitimização e o sofrimento destes jovens", afirmou a advogada ao jornal, frisando ainda que "a credibilidade das vítimas ficou demonstrada".
Entre as vítimas que reclamaram uma indemnização encontram-se as principais testemunhas do processo de pedofilia da Casa Pia, que incriminaram Carlos Silvino, Carlos Cruz, Jorge Rito, Ferreira Diniz, Hugo Marçal e Manuel Abrantes.
Segundo o CM, "Joel", o jovem que denunciou Bibi também recorreu ao Tribunal Arbitral, mas, na terça-feira, Adelino Granja ainda não tinha sido notificado da decisão do tribunal.
O Diário de Notícias escreve que embora o tribunal de tipo arbitral tenha agora condenado o Estado por negligência da Casa Pia, esta instituição apresentou também um pedido de indemnização civil contra os arguidos.
Considerando-se lesada no seu bom nome, a instituição exigiu ser indemnizada em 500 mil euros.
O Jornal de Notícias de hoje refere que o tribunal arbitral foi criado em Junho de 2004 por iniciativa do Governo de Durão Barroso.
Depois de rebentar o escândalo da Casa Pia, o governo da altura decidiu indemnizar as vítimas por abusos sexuais sofridos à guarda daquela instituição tutelada pelo Estado e criou o tribunal arbitral.
O JN recorda que este tribunal arbitral é presidido por Quirino Soares, juiz nomeado pelo Conselho Superior de Magistratura, por um represente da Ordem dos Advogados, António Maria Pereira, e por outro da Ordem dos Médicos, Duarte Nuno Vieira, que é presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal.

terça-feira, março 28, 2006

Um pedaço de mau caminho



A actriz Scarlett Johansson foi eleita a «Mulher Mais Sexy do Mundo», numa votação dos leitores da «FHM Magazine». Angelina Jolie quedou-se pelo segundo lugar, seguida por Jessica Alba, Jessica Simpson, Keira Knightley, Halle Berry, Jenny McCarthy, Maria Sharapova, Carmen Electra e Teri Hatcher.
Johansson, que integra o elenco de «Match Point», de Woody Allen, tinha sido a nona classificada em 2005, numa tabela liderada por Jolie.
As contas de Fundação do Carnaval de Ovar de 2004

Correspondendo ao pedido de várias famílias de foliões, satisfazendo a curiosidade de muitos outros, e depois de «mão amiga» (não confundir com «mão querida») nos ter feito chegar o documento, o «NdO» disponibiliza o Relatório e Contas de 2004 da Fundação do Carnaval de Ovar, assim bem como o Balanço Analítico e a Demonstração de Resultados.
Afinal, nada de especial, porque estas contas foram apresentadas, vistas e revistas, no seio do executivo e da Assembleia Municipal, há sensivelmente um ano. São públicas e devem ser mostradas a quem por elas solicitar interesse.
Refira-se, aliás, que a Fundação do Carnaval prepara-se para apresentar os mesmos documentos relativos ao evento de 2005. Aqui.

segunda-feira, março 27, 2006

Simão Santos deixa a Ovarense

Simão Santos deixou a Ovarense Aerosoles. É pena, porque Simão é um jovem cheio de potencial. É veloz, salta muito, possui boa técnica individual, é capaz de fazer várias posições, afunda, dá espectáculo e lança de fora.
Henrique Vieira não lhe deu oportunidades. Aconteceu a Simão o que já tinha acontecido a Luís Costa na Oliveirense, ou seja, só «explodiu» quando saiu de Oliveira de Azemeis e se transferiu para o Belenenses.
Compreende-se a saída de Simão Santos. Não jogava, por isso, não lhe restava outra alternativa. O jogador pode ficar a ganhar, a Ovarense perdeu um talento. («Desportoaveiro»)
A Caça

domingo, março 26, 2006



Imagem do Dia:
«Joanas» com «Tomates»

sábado, março 25, 2006

Amélia Muge nos 30 anos da ACERT

Se pensa que o nome lhe diz alguma coisa. Acertou. Amélia Muge nasceu em Moçambique numa altura em que o Conjunto Oliveira Muge, oriundo de Ovar, fazia muito sucesso. Tal como o próprio nome indica, ela é da família.
Partidária de rotas musicais que aliam a tradição com a modernidade, lembrámo-nos dela, porque Amélia Muge associa-se hoje aos 30 anos de actividade da ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela e é ua pena que tendo ela raízes vareiras, nunca a tenham a convidado para um espectáculo por cá...
A música de Amélia é um universo sonoro muito particular, percorrendo rotas que ligam o antigo ao moderno, o popular ao erudito, a música portuguesa às músicas do mundo. Um espaço e tempo que não segue as convenções de leitura habituais. Uma matéria musical em viagem, desafiando as fronteiras dos géneros e dos estilos.
A música de Amélia Muge recorre a ambientes sonoros desarrumados por uma inquietação que não se contenta em interrogar o “passado”, mas sobretudo a própria “modernidade” e as suas “novas tecnologias”, como se de um velhíssimo facto consumado se tratasse.
Tem composto canções para diversas actividades Culturais e Educacionais: Teatro, Poesia, Programas da Rádio e T.V., Campanhas de Educação Sanitária e de Preservação do Meio Ambiente, Alfabetização de Adultos, Ensino Primário, Formação Profissional e Dinamização Sócio-Cultural.
Tem musicado poemas de Camões, Pessoa, Cesário Verde, Grabato Dias, Ramos Rosa, Flávia Monsaraz, José Afonso e Carlos Drumond de Andrade; de poetas algarvios, vários autores moçambicanos (entre eles Mutimati), franceses, ingleses, galegos (como Rosalia de Castro), poesias de cancioneiros e dela própria.
Fez parte do agrupamento e participou na edição de discos de Júlio Pereira. Em 1992, lança o seu primeiro CD, "Múgica". Participa nos III Encontros Musicais da Tradição Europeia, em Portugal, e nas "Lusofonias", em Amsterdam. Em 1993, participa no espectáculo "Lisboa, Tejo e tudo" e nos Encontros Acarte; faz um recital integrado na "História e Cultura dos Portugueses em França" (Paris) e realiza também uma digressão nacional em circuito universitário.
Em 1994, dá três recitais no Instituto Franco-Português, intervém no V Festival Inter-Céltico no Porto, grava o seu segundo CD intitulado, "Todos os dias", e apresenta este trabalho em digressão pela Holanda e Bélgica.
Em 1995, realiza uma digressão nacional que termina no Centro Cultural de Belém. Juntamente com José Mário Branco e João Afonso, grava o álbum ao vivo "Maio Maduro Maio" com temas de José Afonso. Participou recentemente nos "Musicais de Bastia", na Córsega.
Em 1998 edita o disco "Taco a Taco" que a viria a consagrar em 1999 com o prémio José Afonso, o mais importante prémio da Música Popular Portuguesa.
"A Monte" é o novo CD de Amélia Muge, que foi lançado a 17 de Junho de 2005. Neste caso a cant'autora persegue as "vozes a monte", que acentuam os encontros poéticos, literários, teatrais e musicais do seu universo particular, a desvendar.
“A Monte” é uma edição conjunta Amélia Muge e a Vachier e Associados. Neste trabalho, Amélia Muge persegue as “vozes a monte” que a inspiram, acentuando os encontros e o cruzamento de referências poéticas, literárias, teatrais e musicais, na forma única da autora-compositora-intérprete.
Sucessor de “Taco a Taco”, este Cd intitulado “A Monte” é um conjunto de 18 temas intercalados por alguns textos que reúnem alguns dos autores e compositores mais marcantes no percurso artístico de Amélia Muge, os quais fez questão de invocar para poder oferecer um disco repleto de referências poético-literárias, teatrais e musicais (Grabato Dias, Drummond de Andrade, Fausto, José Afonso, Hélia Correia, Mia Couto, entre outros).
Com direcção musical e arranjos de António José Martins, participaram nas gravações, José Manuel David, Catarina Anacleto, João Lobo, José Manuel Neto, Rui Júnior, Yuri Daniel e o próprio José Martins. A presença destes músicos foi complementada pelas participações virtuais dos Gaiteiros de Lisboa, Cramol, Mário Viegas , "OÓQueSomTem" e as vozes búlgaras do Pirin Folk Ensemble.

Discografia

- Mugica (1992)
- Todos os Dias (1994)
- Participação em Maio Maduro Maio (1995)
- Taco a taco (1998)
- A Monte (2005)

sexta-feira, março 24, 2006

O homem passou-se...
«Fazer Pior

Passaram cerca de quatro meses desde a tomada de posse do novo elenco camarário. Embora os actores sejam do mesmo partido político, chamo-lhe novo elenco, porque está personificado em Manuel Oliveira, o novo presidente eleito, que para a campanha eleitoral optou por uma estratégia de corte com o executivo anterior (de que o próprio fazia parte!) e avançou com um fazer melhor, que de facto foi bastante para seduzir os ovarenses.
Ora, para quem pretende fazer melhor, o primeiro passo a dar seria, pelo menos, fazer qualquer coisa. Qualquer coisa que se visse. Ora, penso que por parte do executivo pouco ou nada tem sido feito. A exiguidade de novas ideias leva-nos a imaginar estarmos perante um executivo em gestão corrente. É deveras estranho que alguém que se candidata, pela primeira vez, para comandar uma Câmara Municipal não tenha uma ideia nova na manga para aplicar assim que seja eleito.
O que damos conta é que a maneira de actuar é a mesma, os actores são praticamente os mesmos, as ideias são as mesmas – quase nenhumas, até os buracos nas estradas continuam os mesmos. O que damos conta é que para além do famigerado Sportsforum, que, se não fosse a impulso da ADO Basquetebol e estivesse dependente da actuação da Câmara, provavelmente nunca seria realidade, nenhum outro investimento foi anunciado nos últimos anos em Ovar. É incompreensível como, sendo o partido político que manda em Ovar o mesmo que manda no país, não tenha sido canalizado para Ovar nenhum investimento de monta. Tendo em conta tudo isto, o marasmo em que mergulhou Ovar só pode ser explicado por uma razão: inépcia dos dirigentes locais.» (Ler mais)

quinta-feira, março 23, 2006

Um postal de Novi Vinodolski



Olhem só as belezas naturais que a delegação do Carnaval de Ovar vai encontrar na 26.ª Convenção da FECC. Se calhar também vão algumas de cá...
Por falar em discos
Momento marcante da História de Portugal



O cantor e compositor de Mogofores posou «nú-só-com um-disco-de-ouro-à-frente», nos idos de 90, para as páginas da revista «Nova Gente» e o nosso Portugal nunca mais foi o mesmo. Por um motivo: É que o país ficou a saber que também tínhamos um Tony Ramos, com a vantagem de ser cantor. Aliás, tem provavelmente algumas das cantigas mais inspiradas da música POPular (ligeira) portuguesa. Merece o nosso respeito por isso. A um devaneio todos temos direito. O José Cid também. Afinal é uma PopStar. À portuguesa, mas é.
(foto do «AfundaSão», enviada por mão amiga ;))

Doctor! Doctor!



O tempo costuma esquecer muitas das criações artísticas passadas, e para música é particularmente cruel, uma vez que acabam ignorados não só os nunca conhecidos ou os famosos por um dia, mas também autores de carreiras com um certo peso e alguns feitos em determinando momento.
É o caso dos Thompson Twins, trio pop britânico que, com carreira ao longo de toda a década de 80 (e visível sucesso global entre 1983 e 87), são hoje uma memória em quem viveu esses tempos e ilustres desconhecidos das novas gerações, sem descendências nem canções reinventadas por terceiros.
O grupo nasceu como um colectivo de formação variável na Inglaterra pós-punk de finais de 70, e só encontrou rumo definido em 1983 ao assumir-se como um esforço de apenas três pessoas: o fundador Tom Bailey, Allanah Currie e Joe Lewoy. Nesses primeiros anos editaram singles em etiquetas independentes e dois álbuns de discreta popularidade na Arista, nos quais partiram das heranças directas dos Kraftwerk e da loucura controlada de uns Talking Heads, juntando-lhes depois um toque de requinte e sofisticação ao jeito de uns Roxy Music, porém de personalidade claramente pop electrónica. Em 1983 encontram um som com personalidade no mais bem sucedido «Quick Step And Side Kick» e, um ano depois, com o delicioso «Into The Gap», são um dos grupos de maior popularidade dos dois lados do Atlântico, o que se constata pela carreira de singles como «Hold Me Now» e «Doctor! Doctor!»
Este último pode ser encarado como um dos melhores representantes do som dos Thompson Twins: uma pop electrónica eloquente, onde a presença de
elementos "alienígenas" como um cordeão, um trabalho delicado na construção de texturas cenográficas e o diálogo entre as vozes de Tom Baliey e Allanah Currie cria a diferença face aos companheiros do seu tempo.

THOMPSON TWINS: "Doctor! Doctor!" (Arista, 1984)
Lado A: Doctor! Doctor! (Bailey / Currie / Lewoy)
Lado B: Nurse Shark (Baliey / Currie / Lewoy)
Produção: Alex Sadkin e Tom Baliey
Posição mais alta na tabela britânica: 3
Editado em Portugal apenas na versão máxi-single pela Dacapo

quarta-feira, março 22, 2006

«Charanguinha» na Feira de Março



... ou quase. A Escola de Samba vareira «Charanguinha» vai actuar no âmbito da Feira de Março, cuja inauguração está marcada para o próximo sábado.
A animação carnavalesca chegará ao Estádio Municipal de Aveiro, no próximo domingo, dia 26, antes do jogo de futebol entre o Beira-Mar e o Portimonense, com actuação da escola de samba que apresentou o samba de enredo «Na Idade Média», alcançando um segundo lugar na classificação das escolas de samba de Ovar. (Foto: R.S.)

terça-feira, março 21, 2006

COMUNICADO
Movimento P'ró Carnaval de Ovar

Como é do conhecimento de todos os Grupos e Escolas de Samba do Carnaval de Ovar e população em geral, o Grupo de passerelle Joanas do Arco-da-velha foi penalizado pela Fundação de Carnaval de Ovar conforme carta enviada a todos os Grupos e Escolas de Samba.

Os motivos que levaram a Fundação a penalizar o grupo foi explicitado às Joanas do Arco-da-Velha, apenas ontem, dia 20 de Março, em reunião na qual o MPCO esteve presente na qualidade de observador.

A penalização, como anunciado na carta acima referida, aponta para o artigo 4º, alínea e) Comportamentos gravemente perturbadores dos desfiles: perda de 20% do subsidio dos elementos responsáveis pelos actos.

As razões apontam para o contínuo desrespeito do Grupo Joanas do Arco-da-velha, pelas indicações da organização no sentido de avançarem mais rapidamente durante corso, agravado por uma prolongada e injustificada paragem no final do percurso, desrespeitando assim também o Grupo que se lhes segue na Ordem do desfile, os Carrucas, os Preto no Branco e ainda o Rei de Carnaval. Assim sendo, todos os elementos são penalizados.

O MPCO não pretende ser um Sindicato de Grupos nem um Tribunal Arbitral, no entanto, e sem pretender desculpabilizar as Joanas do Arco-da-Velha nem irresponsabilizá-las do comportamento que lhes é apontado, cabe-nos, tecer as seguintes considerações:


1 - Tendo sido notória a resistência de vários grupos em manter um bom ritmo de desfile durante o corso deste ano, e não só, a tomada de decisão desta penalização nunca poderia ser pacífica. Devemos ser unânimes em considerar que as Joanas são apenas o pior de vários maus exemplos de comportamento em desfile. Comunicar às Joanas, ao mesmo tempo que a todos os Grupos/Escolas, a aplicação de uma penalização, sem a explicitação clara das razões que levaram à aplicação da sanção, apenas favorece a especulação, a calúnia e a maledicência. Por outro lado ninguém deverá ser punido sem ser formalmente acusado, através de notificação ou nota de culpa, tendo nessa notificação, a informação clara de um período razoável para se defender. Fornecer essa informação, de forma clara e inequívoca, mais de 10 dias após a notificação, apenas serve para agravar. De forma a proteger os implicados, seria aconselhável maior celeridade na resolução deste tipo de casos.

2 - A inexistência de um regulamento à altura da Festa é a maior lacuna da nossa organização. Foi essa lacuna que levou à criação do MPCO. Não podemos ver com bons olhos que se recorra, precisamente, a esse regulamento insípido, desajustado e, normalmente, ignorado para justificar a aplicação de uma penalização. Todos sabemos que a FCO viola, consecutivamente, vários artigos desse regulamento há anos sem que nada lhe possa vir a acontecer, pois não existia um órgão consultivo dentro da orgânica da própria Fundação, que possa emitir pareceres a alertar para tais incumprimentos.

Apesar de, em ano de transição, poder ter sido feita de outras formas igualmente eficazes e muito menos polémicas, não podemos deixar de perceber que esta penalização é uma forte chamada de atenção para um tipo de situação que, a continuar, poderá significar a morte do corso carnavalesco tal como o conhecemos: a sua duração.

A demora do corso é um problema que se arrasta há anos e que atingiu um ponto insustentável. Compete definir, com urgência, regras claras que reduzam a sua duração para METADE.


Foi uma vez mais, notória a falta de tacto com que a Fundação lida com os Grupos/Escolas, parecendo normalmente criar mais problemas do que aqueles que resolve. A falta de elementos conhecedores da realidade e que saibam lidar com a sensibilidade dos grupos, no Conselho de Administração faz-se sentir, nestas questões mais delicadas. Esperamos que, de futuro, a situação melhore com a participação dos Grupos/Escolas nos corpos sociais da Fundação.


Façamos votos para que, com este caso, todos tenhamos aprendido alguma coisa. A Fundação que deveria ter tido outra abordagem do problema, e os grupos que deverão dar ao respeito pela Festa, pelos outros Grupos e pelo público que nos visita, mais importância do que ao seu gozo pessoal.



Ovar 21 de Março de 2006
MPCO - Movimento Pró-Carnaval de Ovar (daqui)

Ai a Primavera!

Confirma-se?



Estas moçoilas foram as grandes responsáveis pelo descalabro organizativo do grande corso do carnaval de Ovar... Tomai lá que já almoçasteis, porque vocês andam muito magrinhas. Para desenjoar, ficam sem os 20 por cento do subsídio e p'ró ano calcem umas sapatilhas e uma t-shirt e corram, corram muito para só parar no Mercado Municipal. (Quem tiver calos e varizes fica em casa!)

segunda-feira, março 20, 2006

Se o Mário Mata,
a Florbela Espanca,
o Jaime Gama
e o Jorge Palma,
o que é que a Rosa Lobato Faria?
E, já agora:
Talvez a Zita Seabra para o António Peres Metello...

Chavez chama «bêbedo» a Bush



Isso é mentira! Ele não gosta nada...
26.ª Convenção da FECC é na Croácia



Para já, a comitiva vareira que estará presente na cidade croata de Novi Vinodolski, na Croácia, integra 14 elementos. A 26.ª Convenção da FECC começa no próximo dia 13 de Maio e termina no dia 21.
O programa completo das actividads previstas, uma mensagem do presidente da câmara local e muito mais, pode ser consultado aqui.

sábado, março 18, 2006

Alguém viu a Rita?

O Pai da Rita andou hoje em Ovar a colar cartazes com a foto da filha e com os contactos para os quais podem dar informações sobre o seu paradeiro. A Rita é de Matosinhos e está desaparecida desde as 9 horas de Sexta-feira, dia 17.
Nesse dia, devia ter apanhado um autocarro, mas não o fez. Se alguém a viu, contactem por favor um dos números que estão junto da foto. Por favor, divulguem a foto junto do pessoal jovem, que pode mais facilmente encontrar a Rita.
Quem sabe se não podemos ajudar esta família desesperada?

sexta-feira, março 17, 2006

Hostil?



Ó Belmiro, lança aí uma OPA sobre o Carnaval de Ovar! Mas uma OPA benigna, ouviste?

PS (Também tenho direito a um PS.): Hostil é que não! Já nos basta as hostilidades que por aí andam e que a caixinha de Pandora depois de aberta deixou à solta.
Era só esta nota, digamos que pacifista, àcerca do título deste post que pretende parodiar as OPAS e contra-OPAS a que temos assistido neste país. Sinais dos tempos.

quinta-feira, março 16, 2006

Movimento Pró Carnaval vai reunir

A postura do Movimento P'ró Carnaval de Ovar (MPCO) em face da polémica gerada em torno das «Joanas do Arco da Velha» é discutível. Goste-se ou não, eles vão aguardar.
Entretanto, e face à recente aprovação, por unanimidade, pela Assembleia Municipal da alteração proposta aos Estatutos da Fundação de Carnaval de Ovar, o MPCO convoca todos os Grupos e Escolas de Samba que desfilam no Carnaval de Ovar, os «Axu-Mal» e os «Preto no Branco», para estarem presentes numa reunião a realizar no próximo dia 24 de Março de 2006, pelas 21h30 horas, na sede do grupo de Passerelle «As Palhacinhas», para que se defina o método para a escolha dos representantes dos Grupos e Escolas, no Conselho de Administração, no Conselho Consultivo e no Conselho Fiscal, conforme prevêem os novos Estatutos.

O MPCO aguarda a presença de todos os representantes de Grupos e Escolas, para que, estes, possam transmitir e discutir as sugestões que venham a ser apresentadas no interior dos seus Grupos e Escolas, para posteriormente virem a ser rectificadas e aprovadas, numa nova reunião do MPCO.
Possivelmente, esta reunião vai mas é ser dominada pelo caso «Joanas». Vai uma aposta?

quarta-feira, março 15, 2006

Porquê??



Indignadas, tristes, incrédulas e ofendidas.
Estes são apenas alguns dos adjectivos que caracterizam o estado de espírito das “Joanas do Arco da Velha” no rescaldo do Carnaval 2006.
Sem aviso prévio, as Joanas viram-se confrontadas com uma carta de poucas linhas na qual a Fundação de Carnaval comunica ter decidido aplicar ao nosso grupo uma penalização que se traduz em subtrair 20% ao valor do nosso subsídio – um “castigo” que, dizem, se fundamenta num artigo do regulamento de carnaval que, diga-se em abono da verdade, a própria fundação prima por não cumprir.
E assim, sem mais explicações, nós, as visadas, recebemos exactamente a mesma carta que foi enviada para todos os grupos que integram o corso de carnaval vareiro. Assim, sem mais qualquer tipo de explicação, como se de um acto consumado se tratasse, sem nos dar qualquer hipótese de defesa – direito de qualquer cidadão por maior crime que tenha cometido.
Sumariamente julgadas e castigadas, a “pena” foi anunciada à comunidade carnavalesca de uma forma que consideramos vexatória e humilhante.
Somos um dos grupos mais recentes no corso vareiro mas nem por isso temos memória curta. Este é um facto completamente inédito na história do carnaval de Ovar.
Temos consciência de que damos o melhor de nós em prol do Carnaval com todo o sacrifício que isso implica para as nossas vidas pessoais; quotizamo-nos e desdobramo-nos em esforços para fazer brilhar na Avenida Sá Carneiro o subsídio que nos atribuem, proporcionando um bom espectáculo a quem nos vê. Essa sempre foi a nossa prioridade.
Não merecemos esta imensa falta de respeito. Não merecemos esta enorme humilhação pública e ataque à nossa dignidade.
Não somos pretensiosas. Não precisamos de puxar dos nossos galões. Temos o nosso estilo e temos orgulho do nosso percurso de 15 anos. Quem acompanha o Carnaval de Ovar sabe que fomos percursoras de um novo estilo nos grupos de passerelle.
Já ganhámos, já perdemos e já fomos injustiçadas em dias de carnavais cinzentos e chuvosos, mas sempre assumimos as nossas posições com honestidade e dignidade.
Nem tudo o que é carnaval é brincadeira. Há muito trabalho, muitas horas dedicadas a alimentar “um bichinho” que vive dentro de nós e que nada tem de racional. Só por ser assim é que vamos suportando e passando por cima de situações que noutros aspectos da nossa vida jamais admitiríamos.

Somos folionas. Não somos palhaços.
Não precisamos do Carnaval para brilhar.
E quando o Carnaval deixa de ser uma festa para ser uma guerra já não faz sentido!
Ainda pensamos que um destes dias vamos acordar e perceber que tudo isto foi um pesadelo.


Joanas do Arco da Velha

Daniela Mercury vem à Feira de Março

O programa de animação é um dos aspectos inovadores da edição 2006 da Feira de Março, de Aveiro, com os concertos de Daniela Mercury, The Gift, Cindy Cat e Rodrigo Leão.
Rodrigo Leão abre a Feira de Março, a 24 de Março, pelas 21:30h, no grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Aveiro e, no dia seguinte, à mesma hora, actuam The Gift.
No dia 26 de Março, às 15:00h, actua a Banda do Exército no Parque de Exposições e nos dias 1 e 15 de Abril, pelas 21:30h, os Cindy Kat e a Filarmónica do Gil, respectivamente.
Daniela Mercury encerra a Feira de Março 2006, num espectáculo para apresentação do seu novo disco, a 24 de Abril, às 21:30h. («OLN»)

terça-feira, março 14, 2006


(foto: PBr)

«O mar é a religião da Natureza»
Fernando Pessoa
Música
Cópias ilegais via Internet
serão alvo queixas-crime

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) vai apresentar, em breve, queixas-crime contra utilizadores da Internet que usem serviços ilegais de partilha de ficheiros de música, disse hoje o seu director-geral, Eduardo Simões.
O responsável falava em Lisboa, na apresentação de um Plano de Combate à Pirataria Digital, cuja primeira acção é o lançamento de um folheto-guia e a apresentação do site www.pro-music.com.pt que permite obter músicas "a um preço mínimo, de forma legal e segura".
Eduardo Simões não adiantou datas nem deu mais pormenores sobre as queixas-crime que serão apresentadas, mas frisou que "ninguém pense que através da Internet pode actuar sob anonimato".
Afirmando que "tudo será conforme a lei", Eduardo Simões realçou que a cópia ilegal de ficheiros é um crime público que qualquer um pode denunciar e "as autoridades começarão a tomar mais consciência do assunto".
O site hoje apresentado é uma versão nacional do www.pro- music.org internacional, disponibilizando 1,1 milhões de músicas que podem ser descarregadas ("download") de forma legal ao contrário da "troca ilegal de ficheiros de música via Internet conhecido como "P2P" ("peer-to-peer").
Este tipo de programas "P2P" permite que os utilizadores façam "downloads" e troquem material que se encontra protegido por direitos de autor.
Esta permuta via Internet colocou a indústria da música em Portugal numa "situação crítica", disse por seu turno David Ferreira, presidente da AFP e director-geral da EMI Music Portugal.
David Ferreira afirmou que de 2000 para 2005 o mercado da música gravada, em Portugal, desceu 47,2 por cento.
Em termos de vendas passou-se de 15.161.880 para 9.068.062 unidades vendidas.
As discográficas registaram assim uma queda na facturação de cerca de metade, isto é dos 106 milhões de euros em 2000 para 56 milhões de euros em 2005.
David Ferreira afirmou que tal situação coloca em risco a criação musical portuguesa, reduz postos de trabalhos e "torna o país ainda mais periférico".
A situação, esclareceu o presidente da AFP, afecta desde os artistas, músicos e letristas, aos produtores e retalhistas.
Na opinião deste responsável a situação tende a agravar-se com o aumento da adesão de lares portugueses à Internet de banda larga.
Segundo números oficiais citados hoje por David Ferreira, no quarto trimestre do ano passado 11,5 por cento dos lares portugueses tinham banda larga.
"A banda larga optimiza as condições de cópia, nomeadamente a ilegal e começamos a falar de clones em vez de cópias", explicou David Ferreira, referindo-se à fidelidade com que é possível copiar.
"Dizemos sim ao mercado digital mas não ao uso criminoso da tecnologia que há que combater", frisou David Ferreira.
O site hoje apresentado disponibiliza de forma gratuita o programa "filecheck" que permite "a cada utilizador identificar os ficheiros duvidosos que tem no seu computador e como solucionar o problema, nomeadamente através do bloqueamento da partilha de ficheiros", explicou Eduardo Simões.
Hoje foi também apresentado um folheto intitulado "Os jovens, a música e a Internet" que é um guia para os pais sobre a partilha de ficheiros e o "download".
Este ano a AFP irá ainda publicar dois folhetos-guias, um destinado a empresas e órgãos da administração pública, e outro para as escolas.
David Ferreira disse que o guia para os pais sobre a partilha de ficheiros e o "download" é não só um meio "de informar os pais sobre os que os seus filhos podem eventualmente fazer, como uma forma preventiva de evitar para que depois não digam que sabiam".
O folheto explica os riscos dos "downloads" ilegais e aconselha a utilização de "sites" legais para obter qualquer tipo de música de todas as épocas e nacionalidades.
Esta iniciativa tem merecido o apoio de vários artistas, para já as "caras" da campanha são, entre outros, Rita Guerra, D'Zrt, Paulo Gonzo, Rodrigo Leão, Zé Pedro (dos Xutos & Pontapés) e Pedro Abrunhosa.
David Ferreira afirmou que "o direito de autor é indissociável do conceito de democracia" e defendeu a sensibilização de todos para o facto de que "a cópia ilegal é um roubo".

segunda-feira, março 13, 2006

Please, don't go!


(foto «Guilhovai.net»)

As «Joanas do Arco-da-Velha» estão a ponderar desistir do carnaval, por causa do castigo aplicado pela Fundação do Carnaval... Ler mais aqui.
Gripe das Aves
Um quarto dos portugueses ficará
em casa durante pandemia


Uma pandemia causada pelo vírus da gripe deixará em casa entre 20 e 30 por cento da população, razão que levou hoje a sub-directora geral da Saúde a apelar às empresas para que elaborem os seus planos de contingência.
Graça Freitas falava durante uma sessão acerca de "Cenários sobre a gripe pandémica", durante a qual foram recordados os três cenários elaborados para o caso de uma pandemia de gripe em Portugal.
De acordo com as previsões do Observatório Nacional de Saúde (ONA), se a gripe afectar cerca de 25 por cento da população portuguesa, são esperados 7.975 mortos.
Se 30 por cento dos portugueses forem afectados pela gripe, o número de mortos provável é de 9.571 e de 11.166 mortos no caso de 35 por cento da população ser afectada.
A sub-directora geral da Saúde, Graça Freitas, alertou para as previsões actuais que apontam para 20 a 30 por cento da população em casa, "porque estarão doentes, têm de cuidar dos familiares doentes ou simplesmente porque têm medo".
Por esta "e outras" razões, as empresas devem estar preparadas e "planear os seus recursos para assegurarem o funcionamento normal da sociedade", disse.
"Como é que as empresas vão proteger os seus trabalhadores? E os seus clientes", questionou Graça Freitas que apelou às empresas para realizarem os seus planos de contingência contra uma eventual pandemia de gripe.
"Cada empresa, escola e até cada casa deve ter o seu próprio plano de contingência, de forma a conseguir funcionar com o mínimo de perturbação social", acrescentou.
Uma resposta possível está a ser elaborada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa que, em parceria com a DGS, desenvolveu uma "resposta portuguesa à gripe pandémica".
De acordo com o docente da ENSP Constantino Sakellarides, uma cidade atingida por uma pandemia de gripe é uma metrópole com "perdas humanas, um impacto económico negativo, algum egoísmo, mas também uma dose de solidariedade".
O especialista considerou que esta é "uma ameaça real, mas também uma oportunidade para inovar", pelo que a equipa da ENSP, num projecto apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, elaborou um modelo de cidade afectada pela pandemia, numa busca por respostas que ainda não está concluída.
A questão colocada é: "Como construir um modelo doméstico de interactividade que apoie os doentes e proteja os sãos?".
Para encontrar respostas a esta questão, especialistas de várias áreas apontam soluções. Por exemplo, para evitar que as crianças que não forem à escola percam o ano escolar, é proposto o ensino à distância.
A aquisição de alimentos pode passar por modelos tipo "MacDrive" (compra no carro).
A nível das empresas, a medicina do trabalho tem "uma oportunidade de ser mais útil do que habitualmente", de acordo com o médico especialista António Sousa Uva.
"As empresas devem saber que as pessoas são fundamentais", sustentou.
PENSAMENTO DO DIA

Naval, esse colosso do futebol mundial...
As novas DOCE?



As Nonstop venceram o renovado Festival RTP da Canção e vão representar Portugal em Atenas, na Grécia, com o tema «Coisas de Nada». Qualidade da cantiga à parte, mais de duas décadas volvidas Portugal surge no Eurofestival com um quarteto na melhor tradição «Girlsband». Coisa que, aliás, as «Doce» personificaram na década de oitenta quando ainda nem se falava em Spice Girls quanto mais em Nonstop. Será que foi preciso esperar tanto tempo para termos sucessoras para as intérpretes de «Bem Bom»?

domingo, março 12, 2006

A propósito do sorteio que juntou Benfica e Barcelona

O Ronaldinho Gaúcho pensa que é feio...



...isso é porque ainda não sabe quem lhe calhou na rifa...

Equipas prováveis para esta tarde

Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal).
Local: Estádio Marques da Silva, em Ovar.

Ovarense:
Rui Correia; Nélson, Edgar, António Carvalho e Luís Miguel; Hector, Hélder Bruno e André Serrão; Cadinha, Paulinho e Leandro.
Outros convocados: Armando, Tiago Leite, Sérgio Pirata, Zito e Marcelo Costa.
Indisponíveis: Marcelo Henrique (castigado).
Treinador: Tulipa.

Gondomar:
António Filipe; Zé Alberto, Tiago Valente, Vítor Fróis e Rómulo; Luís Miguel, Fernando Aguiar e Tiago Martins; Rui Manuel, Maciel e Nuno Sousa.
Outros convocados: Murta, Vitinha, Dani, Loukima, Nuno Rocha, Fumo e Mauro.
Indisponíveis: Rodrigão e Hugo (lesionados).
Treinador: Nicolau Vaqueiro.
O triunfo do anti-Santana
e do anti-Guterres



José Sócrates é um líder cioso da sua autoridade. No primeiro ano de Governo, só uma vez a sua palavra foi contestada em Conselho de Ministros e a audácia valeu a demissão ao temerário ministro. Entre as reticências de Campos e Cunha ao programa de investimentos do Estado e a aposta do primeiro-ministro nesse pacote pensado para relançar a economia e injectar optimismo no discurso, o chefe do Governo nem hesitou: ficou o programa e saiu o ministro. Foi Sócrates quem ganhou as eleições, é ele o epicentro da actividade governativa. É uma questão de feitio, mas também é uma marca política. Depois da montanha-russa que foi o consulado de Santana Lopes, era fundamental para o novo primeiro-ministro marcar as distâncias.
No dia em que tomou posse, com mais de 2,5 milhões de votos no bolso e 121 deputados no Parlamento, Sócrates assumiu a enorme expectativa que recaía sobre si. "O povo falou e falou claro. Por sua vontade, abre-se hoje um novo ciclo na vida política portuguesa." Não era apenas um novo Governo, note-se, mas "um novo ciclo", ambição alimentada por uma maioria absoluta e uma perspectiva de quatro anos de poder.
A responsabilidade traduzia-se numa nova forma de governar e num novo projecto político. Na forma, podia resumir-se o novo primeiro-ministro como o anti-Santana: contido, metódico, cultivando a distância que acrescenta gravidade ao poder. No conteúdo, era o anti-Guterres: resoluto, obstinado, pronto a assumir as guerras que escolhia.

O estilo

Foi o estilo que primeiro saltou à vista. Na sala do Palácio da Ajuda onde Santana tinha tomado posse com um discurso atabalhoado, saltan- do folhas e baralhando parágrafos, como se fosse um flash forward da sua governação, Sócrates fez um discurso incisivo, com um punhado de ideias fortes, numa cerimónia sem os salamaleques da praxe.
O texto fora escrito pelo próprio Sócrates, com a colaboração de Pedro Silva Pereira e de José Almeida Ribeiro, que viriam a ser, respectivamente, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e assessor político do primeiro-ministro. Terá havido outras achegas, mas no essencial foi um trabalho em petit comité, como Sócrates gosta. É assim o método socrático: os debates são em circuito fechado e o líder faz a síntese sem deixar que sobrem discussões para reuniões mais alargadas.
Sócrates dita prioridades, traça agendas, decide soluções, mas também é ele quem dá a cara pelas políticas. "O número dois do Governo é José Sócrates", brinca um dos seus colaboradores, para resumir uma evidência - ao longo deste ano, a preponderância do primeiro-ministro não deixou espaço para que qualquer outro governante se afirmasse como segunda figura, ao contrário do que acontecia com Durão ou Guterres. Talvez isso tenha acontecido com Campos e Cunha, quando o discurso do défice monopolizava o debate - mas acabariam por sair da ribalta (o ministro e o défice).
António Costa é o número dois na hierarquia, mas da única vez que ficou sozinho no palco, durante as férias de Verão do primeiro-ministro, saiu chamuscado com os incêndios. Silva Pereira é o braço-direito de facto, tem o estatuto de porta-voz, mas não o de número dois. Mesmo no PS deixou de haver essa segunda figura desde que Sócrates assumiu a coordenação da permanente, substituindo Coelho. Nem Cavaco Silva, que tinha essa fama, concentrou tanto poder - Fernando Nogueira era um verdadeiro número dois, Dias Loureiro era o homem do partido.

A agenda

Na tomada de posse, Sócrates apresentou uma agenda reformista que se propunha enfrentar "atavismos e bloqueios". Ficou como símbolo da nova agenda a promessa de pôr fim ao monopólio das farmácias na venda de medicamentos. Depois, na sua primeira ida ao Parlamento, acrescentou outra proposta com a mesma carga simbólica, a redução das férias judiciais para um mês.
A julgar pelas sondagens, ao fim de um ano Sócrates pode dar-se por satisfeito com o pouco desgaste que regista. O PS foi cilindrado em duas eleições - teve o seu pior resultado dos últimos 20 anos nas autárquicas e Mário Soares ficou-se pelos 14% nas presidenciais -, mas o Governo não parece beliscado.
Independentemente da aferição de promessas cumpridas ou por cumprir (ver páginas seguintes), uma parte deste bom resultado nas sondagens poderá atribuir-se ao desempenho mediático de Sócrates, que tem sabido capitalizar as boas notícias e gerir os maus momentos - umas vezes eclipsando-se, outras assumindo as dificuldades, como fez ao dar a cara pelo pacote restritivo apresentado em Maio.
Com raras excepções em que a actualidade lhe baralhou a agenda e o obrigou a expor-se mais do que gostaria - a demissão de Campos e Cunha, os incêndios de Verão, as nomeações de Fernando Gomes e Armando Vara, os fracassos do referendo ao aborto... -, o líder socialista seguiu quase sempre o guião preparado em São Bento, com timings e iniciativas pensadas para dar o maior impacto às prioridades do Governo.

O mediatismo

A melhor demonstração do sucesso desta estratégia é recente: depois de vários reveses com o célebre Plano Tecnológico, depois do calvário presidencial, à beira de receber as más notícias dos números do desemprego, o Governo esmagou o alinhamento noticioso com anúncios de investimentos estrangeiros e até puxou Bill Gates para a foto. Como se viu esta semana, é fértil a imaginação de Sócrates para protagonizar "números" mediáticos, com apresentações high tech e reluzentes frisos de notáveis.
O primeiro-ministro tem repetido que não governa para as sondagens e, em rigor, não pode ser acusado desse pecado. Pelo contrário, tem dado razões para greves e manifestações. Mas valeram a Sócrates a perda de influência dos sindicatos e a sua mestria a equilibrar protestos com outros de sinal contrário: a razão do descontentamento de uns era o motivo de satisfação de outros.
Por outro lado, o Executivo fez um grande esforço de pedagogia das reformas e dos sacrifícios, enquadrados pela crise internacional e embrulhados na promessa de que "desta vez toca a todos". Em método que ganha não se mexe - à beira do primeiro aniversário do Governo, a prenda do primeiro-ministro foi um aviso aos portugueses: "O mais difícil está por fazer." Jogar com baixas expectativas sempre foi uma das especialidades de Sócrates.

Filipe Santos Costa Rodrigo Cabrita in «DN»

sábado, março 11, 2006

Inquérito «NdO»
Palhacinhas foram as mais votadas

O grupo de passerelle «Palhacinhas» foi o mais votado do nosso anterior inquérito, com 182 votos (26%), logo seguidas dos carnavalescos Zuzucas, com 123 (18%). Nas posições imediatas, ficaram classificadas a Escola de Samba Costa de Prata, com 114 votos (16%), Pinguins, com 75 (11%), Joanas, com 50 (7%), Escola da Samba Charanguinha, com 46 (7%), e Hippies, com 45 votos (6%). Um pouco mais abaixo, surgem os Xaxas, que reuniram 32 votos (5%), Marados, com 30 (4%), e Levados do Diabo, com 3 votos apenas.
«Online» já se encontra um novo inquérito a propósito de habitual polémica em torno das classificações.

sexta-feira, março 10, 2006

Saíu a «fava» ao Barcelona!



O Benfica defronta o FC Barcelona a 28 de Março, no Estádio da Luz, na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões de futebol e visita Camp Nou a 05 de Abril, de acordo com as datas definitivas da eliminatória divulgado pela UEFA.
O Benfica vai encontrar pela terceira vez no historial da Taça dos Campeões Europeus de futebol, hoje Liga dos Campeões, o FC Barcelona, clube frente ao qual ganhou o seu primeiro troféu na competição.
Os actuais campeões português e espanhol vão defrontar-se nos quartos-de-final da "Champions", sabendo desde já que o adversário das "meias" será o vencedor da eliminatória entre os franceses do Lyon e os italianos do AC Milão.
Benfica e Barcelona apenas se defrontaram em duas edições, e em ambas cada um deles terminou como campeão europeu: o clube da Luz em 1960/61 na sua estreia numa final, e o Barcelona em 1991/92, embora tenha defrontado os "encarnados" logo na fase de grupos.
Na década de 60, o Benfica orientado por Bela Guttmann começava a brilhar na Europa e na sua primeira final - ainda sem a "estrela" Eusébio - faria história a 31 de Maio de 1961, em Berna, ao vencer o Barcelona por 3-2.
Uma equipa "encarnada" onde pontificavam nomes como José Águas, Mário Coluna, Cavém, Germano ou José Augusto e que seria enriquecida no ano seguinte - em que voltou a conquistar o troféu - com a chegada de Eusébio.
Com estreia tão auspiciosa na sua melhor década futebolística (anos 60), o Benfica só voltaria porém a encontrar a carismática equipa espanhola no início dos anos 90, quando a competição já incluía uma fase de grupos.
O Benfica - que vinha de duas finais perdidas (com o PSV Eindhoven em 1988 e AC Milão em 1990) - reencontrou os catalães em 1991/92, com os "encarnados", treinados pelo sueco Eriksson, a fazerem parte do grupo B, com "Barça", Sparta Praga e Dínamo Kiev.
Os "encarnados", que não passariam a fase seguinte, empataram primeiro sem golo na antiga Luz e depois, na última ronda do Grupo foram a Barcelona perder por 2-1, com Stoichkov e Bakero a marcarem para os catalães, e César Brito a apontar o único golo "encarnado".
Desse jogo, e como na primeira vez em que as equipas se encontraram, sairia o futuro campeão europeu, já que foi a Barcelona a chegar à final, em Wembley frente à Sampdória, e a conquistar a sua única Taça dos Campeões Europeus.
Na equipa pontificavam nomes como Michael Laudrup, Stoichkov, Bakero, Zubizarreta e o holandês Ronald Koeman, símbolo para o clube catalão e actualmente treinador do Benfica.
Foi, aliás, Koeman, o homem do triunfo na única conquista do troféu por parte do Barcelona, quando na final frente à Sampdória marcou já no prolongamento o único golo.


1960/61
31/05/61, Final (Wankdorf-Stadiom, Berna)
Benfica 3 - José Águas (30), Ramallets (31 pb), Coluna (55)
FC Barcelona 2 - Kocsis (20) Czibor (75)

1991/92
11/12/91, 2ª jornada do Grupo B (Estádio da Luz, Lisboa)
Benfica 0
Barcelona 0

15/04/92, 6ª jornada do Grupo B (Camp Nou, Barcelona)
FC Barcelona 2 - Stoichkov (12), Bakero (24)
Benfica 1 - César Brito (28)


Mainada!

quinta-feira, março 09, 2006

O que é isto? Por amor de Deus...

The Show Must Go On...

Este foi mais um ano de triste show de votações nos grupos de passerelle.
De facto, urge a necessidade de alterar o sistema de votação actual. Não porque o mais importante seja ganhar, mas porque há que contornar os vícios do sistema e melhorar o Carnaval.
No que respeita à categoria de passerelle, as vencedoras já nem comemoram abertamente há dois anos e realmente parece sintomático o recolher à base, após a vitória, longe dos olhares furiosos das pessoas que viram de facto o cortejo passar.
Sim, porque o júri foi o único que não viu, o único que não percebeu e provavelmente o único que não conhece Cervantes. É triste perceber a inutilidade de um júri que não percebe a história que se conta, que não sente a vibração do público e que não privilegia a originalidade e a riqueza das maquetas.
E aqui chegamos a um ponto essencial. Acima de tudo, o júri deveria ser previamente e devidamente esclarecido relativamente aos temas dos grupos. Isto, porque se verificou mais uma vez este ano, que o júri desconhece muitas vezes os pormenores dos temas, que desconhece as histórias que se contam e que muitas vezes nem sabem do que se trata. E obviamente que, para alguém que avalia, é extremamente desagradável não saber o que está a avaliar. A avaliação torna-se superficial, tendenciosa e corruptível.
Em segundo lugar, está mais que na hora de sairmos do provincianismo de querermos que os júris sejam da terra, quando estamos fartos de saber que são parentes de A, B ou C, que preferem o grupo X, Y ou Z, e que votam, não de acordo com o que vêem, mas de acordo com que o têm que ver para que ganhe o grupo que querem que ganhe.
Por isso, evoluamos, façamos a experiência, não tenhamos medo da opinião daqueles que realmente percebem o que significa isso do Brilho, da Cor, da Confecção, da Animação, do Conjunto, da Alegoria.
Se continuarmos a insistir nesta fachada, penso que nem valerá a pena haver votações, uma vez que já sabemos que a vitória tende sempre para o mesmo lado.
Seria com certeza um sinal de evolução num Carnaval cada vez mais profissionalizado. A tradição já não é o que era. O Carnaval já não é feito no centro, a passagem do Carnaval já não se faz em frente à Câmara Municipal, e no meio destas mutações, parece que a única evolução necessária – que é aquela da escolha dos júris – não se altera. Porquê?
Porque se defende que as pessoas de fora não entendem nada de Carnaval? Pelo contrário, quem vem de fora, está longe das preferências e terá uma opinião muito mais conscienciosa e profissional, muito mais concreta e real. Porque o Carnaval de Ovar não é só das pessoas da Ovar, mas de todas as pessoas que o vivem e que contribuem para ele, que vêm assistir e que têm curiosidade por ele.
Há que abrir os horizontes, ou as palas, conforme os casos, e aceitar a evolução, como quem abre uma janela sobre o mar.
O que me parece é que muito provavelmente isso iria incomodar muitas alminhas, especialmente aquelas que percebem mais de cabaret do que de Cervantes.

Ana Isabel Almeida (daqui)
Carnaval de Ovar internacional



Uma alegada foto do Carnaval de Ovar por aqui? Assim se atesta que o nosso carnaval já é cartaz além-fronteiras.
E já agora, fiquem a saber que stão em vigor as últimas horas de votação para o nosso inquérito carnavalesco. Amanhã é o último dia para votar!
Cavaco garante que vai acompanhar
o Governo com "exigência"


O Presidente da República, Cavaco Silva, garantiu hoje que acompanhará "com exigência" o Governo, num discurso de posse nunca aplaudido pelo Bloco de Esquerda e PCP e apenas apoiado de princípio ao fim pelo PSD e CDS-PP.
"De acordo com a leitura que faço dos poderes presidenciais inscritos na Constituição, considero que o Presidente da República deve acompanhar com exigência a acção governativa e deve empenhar-se decisivamente na promoção de uma estabilidade dinâmica no sistema político democrático", afirmou Cavaco Silva na parte final do seu discurso.
Cavaco Silva deixou ainda o aviso que não fará uma leitura passiva dos seus poderes quando advertiu que "estabilidade política não é um valor em si mesmo".
"A estabilidade é uma condição, não um resultado. E para que a estabilidade não se confunda com imobilismo, é necessário imprimir-lhe um sentido dinâmico e reformista", sublinhou.
As palavras de Cavaco raramente foram aplaudidas pela bancada do PS, mas os deputados socialistas tiveram o gesto de cortesia de se levantarem e baterem palmas ao novo Presidente da República no final do seu discurso de 28 páginas - atitude que não foi seguida por comunistas, bloquistas e "Verdes", que contrariaram uma tradição nas cerimónias de posse presidenciais.
Também o ex-Presidente da República Mário Soares rompeu a tradição e, no final da cerimónia, saiu da Assembleia da República sem se dirigir ao Salão Nobre para cumprimentar o novo chefe de Estado, que foi seu adversário nas eleições presidenciais de 22 de Janeiro.

Amália deu baile aos Beatles

O Nelsu é que tem razão. E nós também: ... e não é que se queimaram mesmo?
~
Aqui há mais para ler.

quarta-feira, março 08, 2006

COM ESSE CARTAZ...



Ainda dizem que a gente aqui gosta de música para cotas...
Hoje é Dia Internacional da Mulher



PS: Ok, mulheres como esta não existem...

Pode ser que ainda
acabem queimados...


O hotel onde o Benfica está instalado em Liverpool, Inglaterra, foi evacuado a noite passada devido a um falso alarme de incêndio, em véspera do jogo da Liga dos Campeões de futebol, mas a comitiva portuguesa permaneceu no complexo.
O alarme foi dado perto da hora do jantar e teve origem no terceiro piso da unidade hoteleira, segundo o assessor de imprensa do Benfica, Carlos Garcia, que considerou tratar-se de "um episódio normal" antes de jogos importantes.
Habituados a este tido de incidentes, os responsáveis do clube lisboeta recusaram-se a abandonar as instalações, mas todos os outros hóspedes e funcionários do hotel foram evacuados até ser declarado o falso alarme.
O Benfica joga quarta-feira a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões com o Liverpool, pelas 19:45 (hora de Lisboa) no Estádio Anfield, depois de há 15 dias ter derrotado os campeões europeus por 1-0 no Estádio da Luz, em Lisboa.

Bush de visita à Índia

AINDA A TEMPO
Jorge Sampaio convida Cavaco Silva para almoço hoje
- Convém, pois se o almoço fosse depois de amanhã já era Sampaio, o próprio, a pagar a lauta refeição.Marretas»)
UMA OPOSIÇÃO TOCA E FOGE, POIS CLARO

[344] -- O PSD, por intermédio de Fernando Negrão, criticou o aumento da taxas moderadoras, considerando que tal pode significar o «início da caminhada» para serem os utentes financiar um Serviço Nacional de Saúde que deve ser «tendencialmente gratuito.» (LUSA via PD, 7.3.2006).
Trata-se do mesmo PSD que, em Setembro de 2004, foi mais longe ainda e anunciou a intenção de criar uma taxa moderadora diferenciada, de acordo com o rendimento dos utentes (ver I e II).
Concordo com Constança Cunha e Sá (O ESPECTRO, 7.3.2006): realmente, este PSD é para levar a sério?
Não creio. Infelizmente, comprova-se que Vasco Rato (RR, 21.2.2006) sabia claramente do que falava quando criticou Luís Marques Mendes por fazer uma oposição «toca e foge».
[ADENDA, 20:24]
O PP, por intermédio de Teresa Caeiro, pelas mesmas razões, também perdeu uma boa oportunidade para ficar calado (LUSA via PÚBLICO, 7.3.2006).
Bloguitica»)
Saúde
Novas taxas devem-se à necessidade
de regular acesso a cuidados


O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, justificou hoje o aumento das taxas moderadoras com a necessidade de regular o acesso à utilização de cuidados de saúde e de fazer uma actualização anual destas taxas.
Em conferência de imprensa, Francisco Ramos disse que a valor médio do aumento das taxas moderadoras é de 2,4 por cento e está em linha com o valor da inflação previsto para este ano (2,3 por cento).
O governante sublinhou que a actualização das taxas moderadoras já devia ter sido feita há dois anos e rejeitou que o aumento sirva para financiar o Serviço Nacional de Saúde.
Relativamente ao aumento de 23 por cento nas taxas moderadoras das urgências dos hospitais centrais (um dos 373 itens da tabela incluída na portaria publicada hoje), o secretário de Estado disse que o objectivo é não fazer qualquer discriminação em função do tipo de urgências.
"É preciso moderar o acesso e a utilização, mas a questão das falsas urgências já é discriminada em termos de demora no acesso aos cuidados de saúde, através da triagem", precisou.
As falsas urgências representam 40 por cento num universos de seis milhões de urgências hospitalares anuais.
"O aumento maior nas urgências deve ser entendido como um sinal de que as urgências hospitalares não são a forma mais adequada de aceder aos cuidados de saúde", acrescentou o secretário de Estado.
Francisco Ramos disse que as pessoas vão às urgências por ausência de alternativas adequadas, mas frisou que o Governo tem em curso um programa que prevê a criação dessas alternativas, nomeadamente através da requalificação dos serviços existentes, da criação de unidade de saúde familiares, de um programa de cuidados a idosos e de uma linha telefónica de atendimento.
Além disso, sublinhou, mantêm-se todas as isenções "que abrangem cerca de metade dos portugueses", como as grávidas, crianças e a maioria dos idosos.
O secretário de Estado rejeitou a ideia de que o aumento das taxas moderadoras possa servir para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), já que representa apenas 0,5 por cento do total da despesa.
"O seu papel é nulo ou perto disso", declarou.
A portaria que estipula os aumentos nas taxas moderadoras nos serviços públicos de saúde foi publicada hoje no Diário da República e entrará em vigor no dia 01 de Abril.
As novas taxas moderadoras, que prevêem aumentos que chegam aos 23 por cento nas urgências dos hospitais centrais, foram actualizadas tendo em conta o "índice de inflação", segundo a portaria.
Assim, com a actualização das taxas, os utentes vão passar a pagar 8,50 euros nas urgências dos hospitais centrais (mais 1,60 euros do que pagavam).

terça-feira, março 07, 2006

Dubai: Um país de contrastes

Em 1991


Em 2006
Segundo os economistas
Cavaco trará estabilidade à política
económica do Governo


O novo Presidente da República deverá manter uma coabitação saudável com o Governo, num clima de estabilidade política que pode ajudar a economia portuguesa, consideram economistas contactados pela agência Lusa.
O economista Miguel Beleza acredita que Cavaco Silva, que será empossado quinta-feira, "não irá fazer o que quer que seja para ter más relações com o governo de Sócrates", pelo que há algum espaço para uma "confiança reforçada" por parte das empresas e das famílias.
"Gostaria de o ver a evitar erros grandes de política económica, como a Ota e o TGV, mas não o pode fazer directamente", admitiu o ex-ministro das Finanças.
No entanto, o Presidente pode influenciar o Governo e dispõe de instrumentos como a "persuasão, a influência e a possibilidade de se dirigir directamente à Assembleia da República" para fazer vingar as suas ideias.
Beleza está convencido de que "parte do eleitorado" que votou em Cavaco Silva nas presidenciais fê-lo "com a esperança de que ele mudasse qualquer coisa", embora os seus poderes directos sejam reduzidos.
Cavaco Silva é um "homem de Estado" e não vai causar dificuldades à governação e ao país, acrescentou o economista social- democrata.
Octávio Teixeira, economista e ex-deputado comunista, espera também que o novo Presidente da República dê cobertura a um conjunto de políticas do governo, mas para ele, essas políticas "não resolvem os problemas económicos". Vão antes agravá-los.
Dado que as concepções de políticas económicas e sociais de Cavaco Silva e José Sócrates são "muito próximas", Octávio Teixeira não espera "grandes confrontos" entre os dois responsáveis.
O comunista lembra que durante a campanha eleitoral, o "meio empresarial" português deu o seu apoio a Cavaco Silva, pelo que é natural que os empresários se sintam "mais motivados" e confiantes para tomarem as suas decisões de investimento agora que o novo presidente vai ser empossado.
Com mais confiança, a economia tem melhores condições para recuperar, admite Octávio Teixeira.
João Ferreira do Amaral, economista e ex-assessor de Jorge Sampaio no seu primeiro mandato, tem uma opinião diferente: "A confiança dos agentes económicos (consumidores e empresários) não se vai alterar" pela substituição do presidente.
Essa confiança pode aumentar simplesmente porque Portugal vai viver nos próximos anos um longo período de "estabilidade política", já que não estão agendadas eleições durante alguns anos, acrescentou o professor do ISEG.
Relativamente às presidências passadas, Ferreira do Amaral não antecipa grandes diferenças, pois acredita que a intervenção de Cavaco Silva será sobretudo de "apoio" à política económica do Executivo.
No domínio externo, o novo presidente deve repetir as passadas dos seus antecessores, integrando nas suas comitivas ao estrangeiro empresários portugueses com interesses na região, segundo o mesmo economista.
Aníbal Cavaco Silva, eleito nas presidenciais de 22 de Janeiro, vai substituir Jorge Sampaio como Presidente da República a partir da próxima quinta-feira.

segunda-feira, março 06, 2006

Enganou-a...

Um Sudanês foi forçado a casar com uma cabra depois de ter sido apanhado a manter relações sexuais com o dito animal. E ainda teve que pagar o dote ao dono da cabra.
Parece anedota mas não é. Está aqui a história.
Esteve em Ovar no Carnaval
Boss AC apresenta digressão de 2006
nos Coliseus do Porto e Lisboa


O "rapper" Boss AC vai apresentar a sua digressão de 2006 com espectáculos no Coliseu do Porto, no próximo dia 31, e no Coliseu de Lisboa, a 02 de Abril, anunciou hoje fonte da organização.
Nestes espectáculos, Boss AC terá a companhia de outros nomes do hip-hop nacional, como Berg, Gutto, Sam the Kit e Virgul, e ainda de Rui Veloso.
Depois da sua participação na colectânea de rap nacional "Rapública", em 1994, Boss AC gravou o seu álbum de estreia em 1998, intitulado "Mandachuva".
Seguiram-se "Rimar contra a Maré" (2002) e "Ritmo, Amor e Palavras", em 2005, discos que firmaram Boss AC como um dos principais nomes do hip-hop português.
Gripe das Aves
Dois gatos com vírus H5N1 na Áustria

As autoridades veterinárias austríacas confirmaram hoje que pelo menos dois gatos são portadores da estirpe mais perigosa da gripe das aves, o vírus H5N1, na província de Estíria, sul do país.
Os gatos, que ainda estão vivos, foram encontrados na mesma região onde, em meados de Fevereiro, se detectaram os primeiros casos de aves com a doença na Áustria.
Segundo os resultados das análises efectuadas aos gatos pela Agência de Segurança Sanitária e Alimentar austríaca (AGES), o vírus é do tipo H5N1, o mais perigoso para o homem, que já causou uma centena de mortos desde a sua aparição na Ásia.
Óscares
"Colisão" venceu 78/a edição dos prémios
contra todas as expectativas


O filme "Colisão", do canadiano Paul Haggis, causou domingo a surpresa da 78/a edição dos Óscares de Hollywood ao arrebatar o prémio de melhor filme ao favorito "O Segredo de Brokeback Mountain", de Ang Lee.
Nomeado em seis categorias, o filme "Colisão", centrado nos problemas raciais de Los Angeles, obteve mais duas estatuetas douradas: melhor argumento original, para Paul Haggis e Bobby Moresco, e melhor montagem.
"O Segredo de Brokeback Mountain", que conta a história de amor de dois cowboys homossexuais e estava nomeado para oito Óscares, também conquistou três estatuetas: melhor realizador, para Ang Lee, melhor argumento adaptado (Larry McMurtry e Diana Ossana) e melhor banda sonora original (Gustavo Santaolalla).
A entrega dos restantes prémios decorreu sem surpresas, tendo Philip Seymour Hoffman sido distinguido com o Óscar de melhor actor principal na longa-metragem "Capote", pelo papel do escritor homossexual Truman Capote, e Reese Witherspoon com a estatueta de melhor actriz principal, pela interpretação da cantora country June Carter Cash, na película "Walk the Line".
Por sua vez, George Clooney ("Syriana") e Rachel Weisz ("O Fiel Jardineiro") receberam os galardões de melhores actores secundários.
"A Marcha dos Pinguins" foi distinguido com o Óscar para o melhor documentário e a longa-metragem sul-africana "Tsotsi" venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.
Com o mesmo número de prémios que "Colisão" e "O Segredo de Brokeback Mountain" ficaram dois filmes de grande orçamento: "King Kong" e "Memórias de uma Gueixa", distinguidos em categorias técnicas.
O "remake" das aventuras do gorila gigante obteve os Óscares de melhores efeitos especiais, melhor som e melhor mistura de som, ao passo que "Memórias de uma Gueixa" foi galardoado pela direcção artística, guarda-roupa e fotografia.
De entre os outros galardões atribuídos na cerimónia realizada domingo à noite no Kodak Theatre, perante 3.300 membros da academia cinematográfica norte-americana e centenas de milhões de telespectadores, o Óscar de melhor filme de animação foi para "Wallace e Gromit: A Maldição do Coelhomem", do britânico Nick Park, e a equipa do filme "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa: As Crónicas de Nárnia" recolheu o prémio para a melhor caracterização.
Dois filmes que se encontravam entre os mais nomeados ficaram ausentes da lista dos vencedores: "Boa Noite e Boa Sorte", de George Clooney, sobre o combate de um jornalista contra o "McCarthysmo", nomeado em seis categorias, e "Munique", de Steven Spielberg, que tinha cinco nomeações.
Hollywood aproveitou também a ocasião da 78/a edição dos Óscares para prestar homenagem a duas das suas lendas octogenárias: Lauren Bacall, viúva de Humphrey Bogart, fez uma breve aparição em palco, ao passo que o cineasta Robert Altman recebeu um Óscar honorário pelo conjunto da sua obra.

domingo, março 05, 2006

Mourinho recebido em Barcelona
com "honras de tradutor"


Cerca de duas dezenas de adeptos do FC Barcelona receberem hoje José Mourinho com uma série de provocações, recordando o passado do treinador português de futebol como tradutor do inglês Bobby Robson.
A dois dias do embate entre catalães e Chelsea, na segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, Mourinho não se livrou de alguns impropérios na chegada ao aeroporto de El Prat, nos arredores de Barcelona.
Protegido por um cordão policial, Mourinho dirigiu-se rapidamente para o autocarro que aguardava toda a comitiva dos campeões ingleses, mas no caminho lá foi ouvindo os gritos dos adeptos do FC Barcelona: "tradutor, tradutor".
Apesar de ser considerado o treinador mundial do momento, José Mourinho não se livra do "espectro" de tradutor, pois foi para essas funções que foi contratado pelo Sporting, em 1992, para colaborador de Bobby Robson, que o levaria depois para o FC Porto e FC Barcelona.
Apesar do passado "catalão", os adeptos do "Barça" fizeram questão de receber o treinador dos londrinos com provocações, ainda recordados das peripécias da temporada passada.
Também nos oitavos-de-final da anterior edição da Liga dos Campeões, FC Barcelona e Chelsea mediram forças, numa eliminatória ganha pelos ingleses e carregada de polémica, sobretudo depois das acusações de Mourinho sobre um alegado aliciamento ao árbitro sueco Anders Frisk.
O jogo da primeira mão da presente temporada também deixou marcas e muitas críticas de Mourinho. O FC Barcelona foi a Londres vencer por 2-1, mas o treinador português não gostou nada do trabalho do árbitro norueguês Terje Hauge.
O principal motivo das críticas foi a expulsão de Del Horno, aos 37 minutos, depois de uma entrada sobre Messi, acusado por Mourinho de ter feito "teatro".
Mau tempo
Casas inundadas e telhados destruidos,
mas sem vítimas mortais


Quedas de árvores, telhados danificados e inundações em casas e lojas foram os efeitos até agora registados devido ao mau tempo, que colocou em alerta metade dos distritos de Portugal Continental, mas provocou apenas um ferido ligeiro.
Nove dos dezoitos distritos portugueses estão este fim-de- semana em situação meteorológica de risco moderado ou elevado, depois de o Instituto de Meteorologia ter anunciado a queda de neve e ventos com rajadas que poderiam atingir os 100 quilómetros/hora.
Até ao momento, há registo da destruição de uma vacaria que abrigava 450 animais em Monte Redondo, Leiria, e de várias estufas agrícolas atingidas pelos ventos fortes que afectaram a região.
Até ao momento, há apenas registo de um ferido ligeiro, no concelho de Leiria, provocado pelo mau tempo que derrubou uma árvore de grande porte e destruiu parcialmente o telhado de uma casa habitada.
Devido ao mau tempo que se fez sentir nas primeiras horas da manhã, registaram-se ainda, um pouco por toda a Região Centro, quedas de árvores, danos em telhados e inundações em lojas de habitações.
Mas, segundo informações dos Centros Distritais de Operações de Socorro (CDOS), estes acidentes não provocaram quaisquer feridos.
Também no Alentejo, dezenas de árvores caíram e várias residências foram inundadas, segundo relatos dos bombeiros locais que foram chamados a intervir em inundações ocorridas em casas nas zonas de Borba, Vila Viçosa e Redondo.
Segundo um responsável da Brigada de Trânsito da GNR, o vento forte prejudicou também as condições de circulação nas duas pontes de Lisboa, tendo sido limitada a velocidade na Vasco da Gama a um máximo de 80 km/hora.
Também no concelho de Leiria o trânsito esteve condicionado durante várias horas na estrada nacional 109, no sentido Sul-Norte, em Chaínça, na sequência da queda na via de linhas telefónicas.
Apesar do mau tempo, até meio da tarde a GNR não tinha qualquer registo de acidentes graves.
Em comunicado, o Serviço de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) apela aos condutores para que reduzam a velocidade e tenham "especial atenção aos lençóis de água que podem formar-se nas vias e à diminuição da visibilidade, que poderá aumentar o número de acidentes de viação".
O SNBPC recomendou ainda o encerramento de portas e janelas e pediu que fossem retirados os objectos soltos de varandas e peitoris de janelas, alertando ainda para o perigo de estruturas como andaimes, toldos ou tendas poderem ser afectadas por rajadas de vento ou queda de árvores e postes.
Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Viseu, Coimbra, Portalegre e Faro estão em alerta laranja, que corresponde a uma "situação meteorológica de risco moderado a elevado".
O alerta amarelo - situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica - abrange os distritos Porto, Aveiro, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Lisboa, Setúbal e Beja.
Apenas no distrito de Évora e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira não foram emitidos alertas.
O Instituto de Meteorologia prevê ventos moderados a fortes nas regiões Centro e Norte de Portugal Continental, especialmente no litoral, com rajadas até 90 Km/hora, e vento forte a muito forte nas terras altas, com rajadas até 100 Km/hora".
Oliveirense voltou a vencer vareiros

O Oliveirense venceu ontem no terreno da Ovarense por 86-84, em encontro da 19ª jornada da Liga que não defraudou as expectativas.
A equipa da casa, líder da Liga, dominou de início, com o estreante Ben Adams (23 pontos e 7 assistências) em evidência, mas falhou no último período, onde acumulou inúmeras perdas de bola, de nada valendo os bons desempenhos de Ben Reed (10 pontos, 10 ressaltos e 5 assistêncis) e Stanback (11 pontos e 10 ressaltos).
Os visitantes tiveram o seu melhor período na fase final da partida, com Huffman (24 pontos e 9 assistências) a ser fundamental, mais uma vez. Carlos Seixas (19 pontos) foi o seu fiel escudeiro na recuperação para o triunfo final do 3.º classificado do campeonato.(«Record»)

19ª jornada:
FC Porto - Benfica, 99-101
Ginásio - Belenenses, 79-68
Queluz - CAB Madeira, 87-81
Ovarense - Oliveirense, 84-86
Barreirense - Santarém, amanhã
Lusitânia - Aveiro Basket, amanhã

Classificação:
1. Ovarense, 15 vitórias/4 derrotas
2. FC Porto, 14/5
3. Oliveirense, 13/6
4. Belenenses, 12/7
. Queluz, 12/7
6. Benfica, 11/8
7. CAB Madeira, 10/9
. Ginásio,10/9
9. Barreirense, 6/12
. Lusitânia, 6/12
11. Aveiro Basket, 2/16
12. Santarém, 1/17

sábado, março 04, 2006

Basquetebol
Ovarense Aerosoles tem contas a ajustar

A Ovarense Aerosoles recebe, hoje (19h15, RTPN) a vizinha Oliveirense Caçarola e tem umas contas a ajustar com a rival depois de ter perdido a final da Taça da Liga. Por seu turno, a formação de Oliveira de Azeméis tenta a todo o custo assegurar o terceiro lugar, que para já partilha com o Beleneneses Montepio SR. Estes dérbis regionais têm sempre uma envolvência particular, esperando-se desde já um pavilhão a abarrotar de um público extremamente entusiasta.
Henrique Vieira deverá estrear o seu novo reforço, o base Ben Adams, um jogador de 26 anos e 1,85 metros, formado na Universidade de New Orleans e que chega a Portugal vindo do TB Weiden, da segunda divisão alemã. Adams vem assim colmatar a saída de Walter Jeklin. Mais uma mudança na posição 1 na formação vareira cujos resultados poderão já hoje ser avaliados.
Por seu turno, a Oliveirense vai a Ovar motivada pela recente vitória na Taça da Liga, precisamente sobre a Ovarense e ainda a tentar aproveitar o deslize dos vareiros em Belém. O «capitão» Carlos Seixas afirma que a equipa está bem e que este é apenas mais um jogo rumo ao objectivo do grupo, vencer.
“Nada temos a provar ou sequer a mostrar neste jogo. Temos sim é mais uma jornada do campeonato, em que vamos jogar com o primeiro classificado e, ainda por cima, em sua casa. Por tudo isto, espera-nos uma tarefa muito difícil. A Taça da Liga já pertence ao passado, o facto de a termos ganho à Ovarense é única coisa que nos obriga a lutarmos da mesma forma para tentarmos ter mais sucesso”, sustenta Carlos Seixas.